A HISTÓRIA DA IGREJA ,SOMOS OS CONTINUADORES

05/04/2016 21:59

A HISTORIA DA IGREJA,ONDE TUDO COMEÇOU

IGREJA DOUTRINA DOS APOSTOLOS EM SÃO TOME RN

 
 

HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ

Somos os continuadores

 

         A História da Igreja Cristã através  dos  mais de dois mil anos transcorridos desde que Jesus penetrou milagrosamente naquela reunião dos discípulos com as portas fechadas (João.20. 21-23) e anunciou o início do ministério do Espírito Santo no meio do Seu povo, ela tem sido estudada sob os mais diversos ângulos e retóricas. Cada estudioso procura enfocar o aspecto que mais lhe sirva ou aos interesses  de sua denominação ou grupo cristão. Assim, de acordo com quem esteja expondo, teremos sempre uma história incompleta, informada pela visão particularíssima de alguns. Com isso, tem sido muito difícil para nós os homens reconhecer-mos o ensino das escrituras que nos ilumina, mostrando-nos que a vontade e a obra de Deus para a Igreja e através dela, só pode obter êxito quando reconhecermos que a habilidade e capacidade nos é concedida pelo Espírito Santo através da Palavra (LOGOS) proferida pôr Deus. Isso é um fato que tem frustrado (e graças a Deus pôr isso)  o nosso desejo carnal de receber honra e louvor, glória e reconhecimento pelo que pensamos que fazemos para Deus.

       

        O objetivo do IBVIDA  é oferecer uma exposição bíblica, ainda que sucinta mas clara, dos acontecimentos que envolveram e continuam a envolver os cristãos nos tempos de espera pelo Sumo Pastor de nossas almas, para que esses dias de espectativa sejam também de edificaçãoexortação, e consolação (proféticas) I Co. 14 . 3 quando o Espírito de Deus continua  movendo-se, indicando a ascenssão  da Igreja aos Céus.

 

         Capítulo especial nesse estudo é dedicado ao tema Glossolália, quase sempre ignorado pelos autores ditos tradicionais, mas reconhecido como fenômeno comum em todas as épocas da história da Igreja Cristã, tanto pôr aqueles que o aceitam sem vacilações, como pôr outros, adversários ferrenhos do fato que acompanha o mover do Espírito Santo, seja como evidência do revestimento de poder concedido pôr Jesus, seja como indicação da operação carismática ou ainda pela oração no Espírito (At. 1. 8  –  I Co. 12. 10 – Ef. 6. 18).

 

         Dedicamos espaço embora diminuto, ao tema que tem sido tratado sob a jocosa epígrafe de Evangelho de Toronto, pelos adversários do mover do Espírito Santo, a saber, as manifestações físicas da unção sobre as pessoas. O fenômeno precisa ser esclarecido sob o ponto de vista bíblico e histórico, vez que não se trata de uma novidade dos tempos atuais mas de fatos que têm acompanhado a vida do povo de Deus na velha aliança como também os avivamentos sob o poder

Profético da Nova Aliança.

 

          Finalmente uma advertência: é necessário distinguir bem duas expressões que têm sido tomadas como sinônimas mas que têm-se revelado cada vez mais desiguais; uma coisa é a Igreja Cristã, outra completamente diferente é a Igreja de Cristo: a primeira refere-se a diversos corpos institucionais  governados pôr homens bem intencionados ou não;  a segunda é o Corpo de Cristo, governado pelo Senhor Jesus, soberanamente, pôr que Ele deu a Vida, Poder e Autoridade, e a guardará para Sí na eternidade. Este módulo pretende que você possa distinguir claramente as duas situações, dedicando esforço no sentido de estudar a Igreja Cristã com ênfase  para o quanto está ela vinculada à Igreja de Cristo, até porque estudar a Igreja de Cristo é tarefa  impossível  no que ela representa: multidão incontável de pessoas, reunidas num só corpo que tem cada um, uma história individualizada e típica. Seria impossível contar a história de toda essa multidão. Enfim, estudaremos a história cristã, procurando relaciona-la  a Igreja de Cristo.

 

          Esta é a contribuição que o IBVIDA quer ofertar aos que desejam conhecer mais do que o Senhor tem feito no mundo através de Sua igreja, a qual, da perspectiva meramente histórica tem mais de dois mil anos de existência mas que é tão antiga quanto o conselho de Deus Pai  de que nos falam as escrituras na carta aos Efésios Cap. 1. 11 e aos Colossenses 1. 24-26, a saber, a Igreja o mais bem guardado segredo de Deus, agora patente em nós que somos integrantes dessa revelação que tem impactado o mundo em todos os séculos. Amem!

PLANO DE AULA

Aula I

I  Jo. 3. 10-12

I. Igreja Cristã: Diversos corpos institucionais, governados pôr seres humanos, bem intencionados

   ou não.

II. Igreja de Cristo:  “ O corpo de Cristo”,  governado, guiado, submetido  ao  Senhorio de Jesus,

    que  reconhece a  Sua  soberania e o valor do sacrifício feito pôr Ele para redenção deste corpo.

    Mt. 10.24;  16.24;  At. 14.2;  II Co. 4. 10-11

III. Apresentação da matéria: 20 séculos da Igreja Cristã.

 

1.     A necessidade de aprender para a defesa da fé: I Pd. 3.15 – A importância do estudo histórico.

2.     A visão correta do que é a igreja hoje e porque ela é assim.

3.     A igreja como propósito de Deus (Ef. 1.11) e como instrumento de redenção.

4.     A igreja no contexto social, político, econômico e religioso de cada povo alcançado. I Co. 9.20-23

5.     Fontes da História da Igreja: fontes bíblicas e extrabíblicas.

6.     A linha do tempo e outros recursos: mapasbibliografiastransparênciasfitasenciclopédias e outros. A contagem do tempo no calendário atual.

 

Obs: O estudo da História da Igreja e ferramenta fundamental para compreensão dos fatos atuais e para a defesa da fé. Ajuda-nos a valorizar a contribuição do passado como alicerce para o futuro.

 

HISTÓRIA DA IGREJA

Aula II

   I. O mundo onde Cristo nasceu.

  II. A Plenitude dos Tempos – Ef. 1.10 – Mc. 1.15 – Gl. 4.4

 III. O Império Romano.

 

1.     O governo romano chefiado pôr César Augusto.

2.     O Tempo favorável pela contribuição romana.

 

a)     A unidade da espécie sob uma lei universal e garantia de cidadania romana para os

não romanos.

b)    A Pax romana: facilitando os movimentos dos diversos povos entre as fronteiras

internacionais.

c)     O sistema de estradas.

 

d)    O Papel do exército romano na divulgação das idéias e integração dos diversos povos em

em suas fileiras.

e)     O ceticismo (descrença) religioso dos diversos povos subjugados pôr Roma, facilitando o

preenchimento do vazio pôr parte do cristianismo.

f)     A língua grega: universal e comum.

 

3.     O Tempo favorável pela contribuição judaica:

a)     A esperança messiânica.

b)    O elevado padrão ético do povo judeu.

c)     O Antigo Testamento traduzido para o grego (Septuaginta).

d)    A sinagoga e seu papel na unidade religiosa dos dispersos e na propagação do evangelho aos povos.

e)     O Monoteísmo judeu.

  

 4. CONCLUSÃO: O calendário de Deus é perfeito. Sua soberania sobre a condução da história

        da humanidade e de Sua Igreja é notória em todas as coisas e fatos. “Sobre esta pedra

        edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.    

 

 

ESBOÇO GERAL DA HISTÓRIA DA IGREJA

Aula III

 

 

I. A História da Igreja costuma ser dividida em seis grandes períodos pôr um grupo de historiadores, a saber:

 

1.     A Igreja Apostólica – Ap. 2.1-7.  A partir da ascensão de Cristo (cerca de 33 d.C.) até a morte de João (pôr volta do ano100 d.C.). – A igreja cristã torna-se independente do judaísmo. At. 15

2.     A Igreja perseguida – Ap. 2. 8-11 – (A partir da morte de João ano 100 d.C.) até o edito de Milão (ou edito de Tolerância, em 313 d.C.)

3.     A Igreja Imperial – Ap. 2.12-17 – (igreja envolvida com o governo). Do edito de Milão (313 d.C. até a queda de Roma (476 d. C.). Âmbito Ocidental. (espada como instrumento de juizo).

4.     A Igreja Medieval – Ap. 2.18-29 – Da queda de Roma em (476 d.C.) até a queda de Constantinopla em (1.453 d.C.). Predominância do sistema papal que assume também o poder político – inquisição – islamismo – Cristãos Nominais. Is. 4.1

5.     A Igreja Reformada – Ap. 3. 1-6 – Da queda de Constantinopla (1.453 d.C.) até ao final da Guerra dos Trinta anos, (1.648 d.C.). Fato histórico: ampla divulgação das escrituras.

6.     A Igreja Moderna – Ap. 3. 7-13 – Do final da Guerra dos Trintas anos (1.648 d.C.) até o século XX.  Fato histórico: Missões mundiais iniciadas pela igreja católica. “...uma porta aberta...”

7.     A Igreja pós-Modernismo – Ap. 3. 14-21 – (igreja secularizada). Mudanças profundas na hinódia. (letras lindas mas que negam os fatos bíblicos).O santo e o profano juntos.

 

II. As grandes divisões do cristianismo:

 

1.     Protestantes: predominam na Europa Ocidental e América do Norte. Onde o protestantismo é maioria há prosperidade. EUA, CANADÀ, ÀSIA  - Sl. 35. 27

 

2.     Católicos Romanos: predominam no Sul da Europa e na América do Sul onde há os maiores focos de pobreza. (Maldição: voto de pobreza proposto aos católicos pela igreja).

 

3.     Católicos Gregos: predominam na Europa Oriental e Sul Oriental.

 

OBS: Estas divisões do cristianismo originam-se de dois grandes fatores dentro do sistema eclesiástico da igreja, dentre tantos outros:

 

a)     A ambição papal, predominante no século IX d.C. para apoderar-se de toda igreja.

b)    A Reforma protestante entre os séculos XV e XVI.

 

Características das grandes divisões da igreja cristã:

 

 

1.     A igreja Ortodoxa Grega: É o resultado do cristianismo primitivo + paganismo Greco-Oriental

 

2.     Catolicismo Romano: resulta do cristianismo primitivo + paganismo Greco-romano.

 

3.     Cristianismo protestante: É o esforço para o restabelecimento do cristianismo primitivo puro, só baseado na Palavra de Deus.

 

·         Origem do paganismo (práticas diabólicas) – Ninrode. Gn. 10. 8-10

·         Sincretismo religioso – Dn. 5

·         Culto a outros deuses. II Ts. 2. 1-13 (Jr. 7. 18)

 

 

 
LIBERTADOS DO IMPÉRIO DAS TREVAS

 

1.    Arrependimento significa: Mudança de mente, atitude, conduta diária, disciplina.

                                                    Rm. 12. 1-3

2.    O arrependimento faz parte da conversão . At. 20. 21

3.    Arrependimento e perdão faz o crente avançar. Fl. 3. 13-14 – At. 20. 24

 

a)    A conversão é inspirada pela força(unção) da Palavra(revelação). Sl. 19. 7

b)    O novo nascimento na alma é todo dia. Sl 51. 12

-          diariamente nascemos em uma área

-          o exercício da meditação na Palavra traz mudanças na mente, atitudes. Js. 1.8

 

c)    É  gravado  em  nosso  coração  a  Lei   Moral  de Deus. I Co. 3.3. Isso é feito pelo

pelo  Espírito Santo. I Jo. 3. 14, evidência do novo nascimento.

-          O filactérios e a orla das vestesMt. 23. 5 – Dt. 6. 8 – Nm. 15. 38-39

-          Motivação errada. Mt. 23. 3-7

-          Vida de fé. Mt. 9. 20 – 14. 36

d)    Mt. 18. 3 – crianças – At. 3. 19

e)    A Salvação em  três  tempos: Rm 1. 16 – Nota

 

A IGREJA IMPERIAL – (313 a 476 d.C.)

Ap. 2. 12-17  -  cristãos nominais.

 

O favor imperial provoca  declínio na igreja.

 

- A igreja caindo em descrédito

·         Maioria pagã com vida reprovável (não se combatia o pecado).

·         Com isso, o nível moral cristão arrasta-se pelo chão

·         Negligência na disciplina prescrita pelos apologistas(Orígenes).

·         As denúncias contra autoridades. I Tm. 5. 19

·         A disciplina com o pecador praticante. I Tm. 5. 20

·         Uma alerta ao pecado oculto. I Tm. 5. 24

 

A DISCIPLINA NA IGREJA

 

-  Atos julgados imorais tomavam penas severas.

 

·         Para quem praticou

·         Para quem sabia e escondeu da igreja

 

- Ofensas menores realizava-se penitências.

 

·         Confissão pública

·         Jejuns e orações

·         Faltas imperdoáveis gerava excomunhão.

 

OBS: Devido a esses fatos veio o surgimento do Monaquismo (monges) separados do mundo.

 

 

HISTÓRIA DA IGREJA

Aula IV

Condições geográficas, religiosas e intelectuais.

 

Introdução: O estudo da história da igreja primitiva deve levar em consideração fatores de tempo, tempo, lugar, condições políticas, econômicas e outros tantos que determinam os acontecimentos humanos. Assim, ignorar tais circunstâncias tornariam incompletas as nossas observações. Claro está que, pela exiguidade de tempo será impossível abordar todos os fatores mas  faremos um esforço para resumir os principais.

 

1.     Aspectos geográficos – A igreja nasceu e expandiu-se na bacia do mediterrâneo, certamente o mais importante de todos os mares do mundo. A cidade de Jerusalém, o centro irradiador da igreja não foi, porém, um núcleo missionário, destacando-se apenas como o lugar onde os Apóstolos do Senhor permaneceram pôr mais tempo e pôr causa de sua autoridade apostólica e pelo fato de terem estado com o Senhor, exerciam forte influência sobre as demais igrejas que foram surgindo.

2.     Condições religiosas.

a)     O desprestígio da mitologia clássica

b)    A religião romana com o seu culto aos imperadores.

c)     Religiões legalizadas

d)    O surgimento das ideologias, filosofias, heresias

e)     O surgimento do Poder e ação do Espírito Santo.

Jesus – Lc. 4. 16-21;  5. 17-26;  13. 10-17 -  (libertando os prisioneiros espirituais) 

Paulo – I Co. 2. 1-1

3.     As condições intelectuais

3.1  O Epicurismo.  (At. 17.18) – Surgiu  cerca de 300 anos antes de Cristo. Seus mais influentes divulgadores e estudiosos foram Epicuro  (fundador), Teodoro e Hegesios. Eram deístas, isto é, criam na existência de um ou vários deuses. Achavam, entretanto que (esse deus ou deuses) não tinham compromisso com o homem e portanto não estavam envolvidos num processo histórico de relacionamento com ele. Não criam na existência da vida além túmulo. Possuíam conduta pessoal discreta.

3.2  O Estoicismo. Zenon  (300 ªC) , ensinavam que todas as coisas emanavam de Deus, inclusive o bem e o mal e portanto o mal é bom porque procede de Deus. Não viam diferença alguma entre uma vida humana e um objeto qualquer, uma vez que, tudo tinha a mesma importância pois a essência de todas as coisa vinha de Deus.

3.3  O resultados desses ensinos. Filosóficos e de baixo nível moral gerava no povo insatisfação com a vida, sentimento de cansaço  entre os homens pôr não acharem a luz que desejavam, especialmente os mais inteligentes e envolvidos.

4.   Os resultados da influência de Jesus e do cristianismo. Embora só tivesse tido 3 anos para

     desempenhar sua missão aqui na terra e assim mesmo atuando num território geograficamente

      diminuto,  (cerca de 29.000 Km2),  Jesus  Cristo  deixou  fortíssima  influência  entre  os de seu

      tempo poderosa ainda nos dias atuais a ponto de Ter determinado a mudança do calendário ou

      seja, a contagem do tempo no ocidente  (e pôr  força do processo econômico, no mundo inteiro

      Capacidade, natureza de seu caráter, unidade e intensidade de propósitos.  Dr.  James Stalker

      escrevendo  a  respeito  dessa  influência  de  Cristo  em  nossas  vidas  afirma:   “È geralmente

       admitido   que   Jesus   apareceu  como  homem  em  público, em cuja mente as idéias se achavam

       inteiramente   desenvolvidas   e   coordenadas;  em  cujo  caráter havia uma perfeita determinação,

       em  cujos  desígnios  não  havia   a   menor  sombra  de incerteza. A razão disto deve estar em que

       durante  os  trinta  anos   que  antecederam   sua  apresentação  em  público, suas idéias, caráter e

       desígnios   passaram   pôr   todos   os   períodos  de  um  desenvolvimento cabal. Para quem tinha

       todo   poder  à  sua  disposição,  trinta  anos  de  afastamento   e   reserva  representam  um  longo

       período.  Não houve  n’Ele  mais sublimidade  e  majestade,  do  que   aquele  retraimento, tanto no

       falar como no agir, que o caracterizava”.

4.     Conclusão:  As condições  religiosas e intelectuais da população faziam arder uma esperança

pôr novidades (At. 17. 21). Disto os propagandistas cristãos puderam aproveitar-se para pregar a nova fé que os romanos e gregos criam fosse uma nova seita derivada do judaísmo.

 

 

                                                  HISTÓRIA DA IGREJA

Aula  V

A Expansão da Igreja

 

1.     Introdução: O ministério de Jesus limitou-se apenas à Judéia  e Galiléia. Além de algumas incursões pôr regiões vizinhas. Nenhuma viagem  de estudos ou de negócios. Ao deixar ordenanças para seus discípulos e apóstolos disse que não se ausentassem de Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Lc. 24. 49).

2.     Século I

2.1  O início em Jerusalém. A principal fonte histórica dessa fase da igreja é o livro de Atos dos Apóstolos, escrito pôr Lucas pôr volta do ano 61 d.C.

2.2  Principais relatos: Mensagem de Pedro no dia de pentecostes; a cura do paralítico na Porta Formosa; a Segunda mensagem (At. 3. 12); as primeiras perseguições à igreja; a organização da igreja local; a assistência social aos mais carentes; diáconos  e ministros da Palavra (At. 6.1-7); a morte de Estevão.

3.     A Dispersão.  Com a morte de Estevão e o início da primeira perseguição à igreja, termina a primeira fase histórica da igreja em Jerusalém. A maioria da comunidade foi dispersa e ia pôr toda parte pregando a Palavra. (At. 8. 4)

 

ALÉM DE JERUSALÉM

 

1.     Introdução:  Duramente perseguidos os seguidores de Jesus Cristo foram forçados a abandonar a cidade de Jerusalém. Com isto, outras cidades vizinhas especialmente Samaria, foi atingida. Mas o relato de Lucas nos fala de Saulo indo a Damasco para justiçar crentes. Logo, a perseguição os lançou para longe.

2.     A pregação em Samaria: Filipe

3.     A pregação na estrada de gaza: A África é alcançada. O Eunuco  (At. 8. 26-40)

4.     Os primeiros esforços evangélicos não foram da igreja em Jerusalém e sim dos dispersos. A Fenícia, Chipre e Antioquia foram atingidas (At. 11. 19)

5.     Saulo de Tarso. Após sua conversão não ficou em Jerusalém onde não era bem visto pelo colégio apostólico. Veja-se que Barnabé  fora busca-lo em sua terra natal, Tarso. (At. 19. 25).

6.     Em Antioquia foram os do caminho, pela primeira vez chamados de cristãos (At. 11. 26).

7.     Confins da Terra. Refere-se a terra dominada pôr Roma e seu império como também as terras que viessem a ser conquistadas (Palavra profética de Jesus). At. 1. 8

8.     O Comissionamento de Saulo e Barnabé foi iniciativa do próprio Espírito Santo (At. 13). Selêucia, Chipre, Antioquia,  da Pisídia, Galácia, Derbe, Listra, (Paulo e Barnabé são confundidos com deuses romanos , Mercúrio e Júpiter), Licaõnia, Icônia e outras cidades. Em Listra Paulo foi apedrejado até morrer (ou quase morrer).

9.     O Primeiro Concílio da Igreja: Jerusalém. At.15. A questão da circuncisão e outras doutrinas.

10.  O Destino dos Apóstolos. Pouco se sabe do fim deles, pois o Novo Testamento não se ocupa desta matéria. As informações nos chegam através da tradição e assim mesmo algumas informações desencontran-se. João foi talvez o único que morreu de velhice.

 

 

A VIDA DA IGREJA PRIMITIVA

 

INTRODUÇÃO – Espalhando-se pelo império a igreja foi confundida como uma seita ligada ao judaísmo, sendo que Roma considerava o judaísmo como religião legal. Isto trouxe alguns problemas para uns e outros,  pois enquanto os judeus eram acomodados e bem comportados, os cristãos transtornavam o mundo, conforme descrição de Lucas.

  

1.     Composição Social – A igreja em todos os lugares onde estabeleceu-se não distinguia ricos de pobre; escravos ou livres nem raças ou outras distinções.

 

2.     Governo – As igrejas locais eram autônomas, não havendo autoridade de uma congregação sobre outra. Os Apóstolos tinham autoridade doutrinária e eram respeitados como liderança espiritual, principalmente pelo fato de terem estado com o Senhor. Existiam apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. O pastor era a principal autoridade na igreja local e com o passar do tempo eram chamados de papai. Eram conhecidos também pelo título de bispos, presbíteros, anciãos, de acordo com a época que se queira estudar.

 

3.     A Comunhão na Igreja – Era marcante e fazia distinção entre cristãos e pagãos o fatos dos crentes tratarem-se como irmãos e irmãs. Isto não era apenas formalismo mas a prática real. Cuidavam dos órfãos e viúvas. As mulheres experimentavam de muito prestígio no seio da igreja e muitas delas se destacavam. At. 2. 41-47.

 

4.     Os Cultos – Uma vez que o Domingo não era separado para o descanso, os cultos eram realizados à noite e na madrugada do Domingo quando semanalmente era celebrada a Ceia. Na verdade a ocasião era aproveitada para uma celebração onde todos comiam e ceavam. Os batismos no primeiro século não eram realizados nos lugares de reunião e sim nos rios.

 

5.     A Alegria da Igreja – O cristianismo gozava de forte influência no primeiro século, especialmente pôr causa do padrão espiritual de seus seguidores. Pregavam e praticavam a comunhão no Cristo ressurreto, desconheciam as tristezas e os horrores de uma vida morna, vazia e sem sentido o que os tornava diferentes de seus vizinhos. Os crentes tinham qualidades morais que recomendavam o cristianismo.  Ef. 4. 17-32

 

6.     A Crença da Igreja – No primeiro século ainda não havia um conjunto de doutrinas estabelecidas num credo. No entanto a Palavra era ensinada e as igrejas conheciam determinados padrões doutrinários reconhecidos e seguidos pôr todos:

 

6.1   Criam em Deus, o Pai, o Filho, Jesus Cristo e no Espírito Santo. A Trindade era ponto doutrinário consciente.

 

6.2   Criam no Perdão dos pecados uma vez confessados a Deus. I Jo. 1. 9

 

 

6.3   O Amor a todos os homens era um padrão que seguiam. I Jo. 4. 20

 

6.4   Criam no retorno de Jesus para julgar os ímpios e conduzir os seus seguidores ao céu. Mt. 24. 27

 

6.5   Criam na ressurreição dos mortos e na intercessão de Cristo junto ao Pai. I Ts. 4.16-17

 

6.6   Todas as idéias centravam-se na pessoa do Filho.

 

7.     A  vida  da  igreja  no primeiro século era portanto um contraste entre um padrão simples, puro,

equilibrado  e  ético causando uma desproporção grande que os distinguia do modo de vida do

Povo pagão. Isto fazia com que as pessoas não cristãs fossem atraídas para essa novidade surgida num espaço de tempo relativamente curto, diferentemente dos padrões ensinados pelos filósofos gregos que não tinham explicações para as angustiantes perguntas humanas, seja sobre a razão de suas vidas, seja sobre o futuro além túmulo. Essas respostas o cristianismo oferecia e continua oferecendo

 

HISTÓRIA DA IGREJA

Aula VI

A Igreja Perseguida

 

1.     Introdução – As  Perseguições contra a igreja até pôr volta do ano 64 d.C. eram provocadas pelos judeus, geralmente fanáticos, com o apoio das autoridades locais, não havendo qualquer indicação de que o império tivesse qualquer envolvimento na violência proporcionada contra os crentes.

2.     Perseguições Imperiais.

 

2.1  Nos  primeiros  anos  de  seu  governo a igreja gozou de paz. No entanto após uma série de

assassinatos de iniciativa do próprio imperador Nero (de seu irmão Britâncio de sua mãe Agripina e de sua esposa Otávia) temeu-se pela loucura do governante. Então em  64 d.C. foi ordenada pôr ela o incêndio de Roma que se tornou célebre pôr Ter sido atribuído aos cristãos. Segundo as melhores fontes, dentre as quais o historiador Tácito, que afirma serem levados milhares de cristãos à morte, muitos dos quais queimados, estraçalhados pelas feras no Coliseu romano e também transformados em tochas humanas no jardim da casa de Nero, para iluminar seus passeios noturnos enquanto cantava ao som do gemido dos cristãos.

 

      A   essa  perseguição  localizada  em  Roma,  os  crentes  passaram  pôr  outras,  seguidas  de

      relativos  períodos  de  calmaria  até  a última delas já no século IV, quando foram baixados os

      editos de Tolerância e o de Milão, pondo fim às perseguições.

 

O FIM DOS APÓSTOLOS

 

     Não há registros bíblicos a respeito da morte dos apóstolos, com exceção das de Estevão e Tiago (irmão de João) noticiadas em At. 7 e 12, respectivamente. As demais nos são trazidas pela    tradição. Em seguida o resumo de alguns desses registros:

 

1.1  – Mateus – Morto à espada na Etiópia.

1.2  – Marcos – Em Alexandria, Egito, amarrado a um animal e arrastado até a morte.

1.3  – Lucas – Enforcado na Grécia, numa árvore.

1.4  – João – Lançado num tacho de óleo fervente, sobreviveu. Foi exilado em Pátimos

morrendo no ano 100 d.C. de causas naturais em Éfeso.

1.5  – Tiago irmão de João – Decaptado em Jerusalém, pôr Herodes.

1.6   - Tiago o Menor – Lançado do pináculo do templo em Jerusalém. Acabaram de matá-

lo a cacetadas.

1.7  – Filipe – Enforcado na Frígia, na cidade de Hierápoles.

1.8  – Bartolomeu – Esfolado pelo chefe de uma tribo bárbara (armênios).

1.9  – Tomé – Amarrado a uma cruz. Lá ficou testemunhando do evangelho até morrer.

  1.10 –André – Traspassado pôr uma lança.

  1.11 –Judas – Morto a flechadas.

  1.12 –Simão o Zelote

  1.13 –Matias – Apedrejado e decapitado.

  1.14 –Pedro – Crucificado numa cruz em forma de X, de cabeça para baixo.

  1.15 –Paulo – Depois de passar dois anos em Roma, preso, foi libertado e depois preso e

decapitado.

 

QUADRO DA PERSEGUIÇÕES IMPERIAIS

(64 d.C  a  305 d.C)

 

Nero – No  ano  de  64. d.C.,  determinou a destruição de Roma (com o intuito de reconstrui-la) e

            culpou os cristãos. Ordenou então dura perseguição aos crentes. Nessa perseguição teria

            Sido decapitado o Apóstolo Paulo, pôr volta do ano 68/69 d.C.

 

Domiciano – (96 d.C.).   Perseguição que se propagou pôr toda a Itália na qual morreram milhares

                      de líderes  cristãos. A acusação era de que os crentes eram ateus, pôr se recusarem

                      a prestar   culto aos imperadores. Registram-se as mortes de Flávio Clemente, primo

                      do imperador  sendo que a esposa deste foi exilada. Foi nessa época que o Apóstolo

                      João foi exilado na ilha de Patmos, no mar Egeu.

 

Trajano – (98-117 d.C.).   Apesar  de  Ter  sido  um  dos  bons  imperadores  romanos,  promoveu

                 perseguição  a   igreja,  pois era tida como uma organização secreta, o que era ilegal. A

                 perseguição  não  foi  provo cada  diretamente  pôr   ele, mas se alguém denunciava um

                 crente perante uma autoridade  judiciária, esta tinha a obrigação de interrogar o acusado

                 e  a  maioria  recusava-se  a  adorar  o  imperador  ou  apostatar da  fé. Registram-se as

                 mortes  de  Simão,  irmão  do  Senhor,  bispo  de  Jerusalém,  crucificado em 107 d.C. e

                 Inácio, segundo bispo da cidade de  Antioquia da Síria, martirizado em Roma, jogado às

                 feras em 110 d.C.

 

Testemunho de Plínio – Plínio enviado pôr Trajano como governador à Ásia Menor, com o propósito seviciar os cristãos recalcitrantes, escreveu ao imperador: “Eles (os magistrados), afirmam que o seu erro se resume nisto: costumam reunir-se num dia estabelecido, antes de raiar o dia, e cantam, revezando-se um hino a Cristo, como a um deus; obrigam-se a não roubar, nem furtar, nem adulterar; nunca faltar à palavra, nunca ser desleal, ainda que solicitados. Depois de fazerem isto, cantam e falam um código, uma língua que não pude entender. Acho que ai é onde está o problema. Depois reúnem-se em torno de mesas para uma refeição em comum”.

 

Adriano -  (117 – 138 d.C.). Nessa  época  os  cristãos  alcançavam  prestígio, riqueza e influência

                 social.  A  perseguição  embora  branda, atingiu a Telésforo, bispo da igreja em Roma, o

                 qual, juntamente com muitos irmãos foram mortos.

 

Antônio, o Pio – (138 – 161 d.C.)  Nesse  período  Policarpo,  discípulo  de  João  e  um dos mais

                            destacados  pais d a  igreja,  foi martirizado  juntamente com muitos cristãos pois

                            continuava  em  vigor  a  lei  que obrigava o culto aos imperadores. A perseguição

                            foi branda.

 

Marcos Aurélio – (161 – 180 d.C.) Estimulou a perseguição aos cristãos. Nessa fase foi

martirizado o Apologista Justino dentre milhares. A perseguição foi cruel ao sul da Gália. Dentre os mártires a história da escrava Blandina é exemplar. Ao ser supliciada exclamou: “Sou cristã! Entre nós não se pratica nenhum mal!” Os crentes morriam sem nenhuma demonstração de medo.

 

Séptimus Severus – (193-211 d.C.) A cruel perseguição atingiu com mais intensidade o norte da

África, inclusive o Egito, onde os cristãos mais sofreram. Leônidas, pai de Orígenes (um dos Pais da Igreja), foi martirizado nessa quadra. Dezenas eram queimados diariamente, bem como crucificados ou degolados. Na cidade de Cartago martirizaram a Perpétua (senhora da nobreza) e seu escravo Felicidade, os quais deram eloquente testemunho ao serem lançados as feras.

 

Maximino – (235-238 d.C.) Perseguição muito intensa. Conta-se que Orígenes conseguiu escapar,

escondendo-se.

 

 

Décio – (249-251 d.C.) Cipriano, cronista da época, informa diante da crueldade da perseguição

aos crentes: “O mundo inteiro está sendo devastado”. A perseguição estendeu-se pôr todo o império e milhares de pessoas foram mortas mediante torturas tanto em Roma como no Egito, África e Ásia Menor.

 

 

Valeriano – (253-260 d.C.) Décio havia decidido destruir o cristianismo e não conseguiu. Valeriano

resolveu ser mais decidido que o seu antecessor. Muitos líderes das igrejas cristãs foram mortos, dentre os quais Cipriano, bispo de Cartago.

 

 

Diocleciano –  (284-305 d.C.) A mais severa de todas as perseguições acontece nesse tempo.

Durante cerca de dez anos os cristãos foram literalmente caçados onde estivessem: florestas, cavernas e outros esconderijos. A perseguição estendeu-se  pôr todo o Império. Foi um verdadeiro esforço do inferno com o intuito de destroçar a Igreja onde quer que ela estivesse, visando sua simples abolição. Cria Diocleciano que aos cristãos, com sua teimosia, provocava a ira dos deuses e pôr isso Roma ia de mal a pior. Foi a última perseguição geral aos cristãos.

 


HISTÓRIA DA IGREJA

AULA VII

OS PAIS DA IGREJA

 

1.    Introdução – Num período expressivamente longo da História da Igreja (entre o 1º e o 4º século), pontificaram as lideranças de destacados homens de Deus. Esse destaque procedia principalmente pelo fato de alguns deles (os primeiros), terem estado diretamente ligados aos Apóstolos e discípulos do Senhor, convivido e aprendido com eles. Outros, mais tardios, conviveram e aprenderam, pôr sua vez, com os primeiros pais e assim formavam uma sucessão de líderes que guardavam de perto os ensinamentos apostólicos, transmitido cada vez para mais longe no tempo e tradição cristã. A estima e o respeito da Igreja para com esses homens fizeram com que fosse conhecidos como os Pais da Igreja. Destaquemos alguns deles.

 

2.1. Inácio – (67-110 d.C.) Foi discípulo do apóstolo João. Bispo de Antioquia. Foi sentenciado a morte pôr Trajano, pessoalmente, na mesma cidade onde ministrava. Escreveu uma extensa missiva aos cristãos em Roma pedindo para não implorarem pôr clemência, pois entendia ser uma honra morrer pelo nome do Senhor. E assim foi.

 

2.2. Policarpo – Também foi discípulo de João. Bispo de Esmirna. Preso durante uma perseguição ordenada pôr Antonino, Pio, foi-lhe oferecida a liberdade se amaldiçoasse a Cristo. Recusou-se respondendo: “Oitenta e seis anos faz que só me tem feito bem. Como poderei eu agora, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?” Foi queimado vivo.

 

2.3. Papias – (70-155 d.C.) Também discípulo do apóstolo João. Bispo de Hierápolis, cidade próxima cerca de 150 km de Éfeso. Ele e Inácio formam a ligação entre a era apostólica e a seguinte.

 

2.4. Justino – (100-167 d.C.) Nascido em Siquém (Neápolis) coincidentemente quando ocorre a morte de João. Filósofo. Convertido foi um missionário e apologista. Escreveu ao Imperador Antonino, Pio, na defesa dos cristãos. Um dos homens mais cultos da Igreja. Foi martirizado em Roma. É atribuída a ele a expressão: “Não há raça de homens que não faça orações em nome de Jesus”, querendo assim afirmar que em todos os lugares havia seguidores do Senhor.

 

2.5. Irineu – (130-200 d.C.) Discípulo de Policarpo. Viveu algum tempo em Esmirna. Foi bispo na Igreja em Lião (Gália). Notável apologista, combatia o gnosticismo, tendo sido martirizado aos 70 anos de idade.

 

2.6. Tertuliano - (160-220 d.C.) É chamado de “O pai do cristianismo latino”. Advogado. Convertido usou seus dotes de oratória na defesa dos princípios cristãos. Qualificou-se pelo pensamento ágil, fértil e vigoroso. Era satírico. Tinha um senso de moralidade muito aguçado. Muito influente, defendeu com seus escritos contra as falsidades que se espalhavam contra os cristãos.

2.7. Orígenes – (185-254 d.C.) Foi preso e martirizado na perseguição empreendida pôr Décio. Notável escritor, viveu em Alexandria. Relata-se que sua produção literária era tão fértil que as vezes mantinha 20 amanuenses a quem ditava suas obras. O Novo Testamento foi copiosamente citado em suas obras (cerca de metade). Viveu na Palestina depois de fugir da perseguição no norte da África.

 

2.8. Eusébio – (264-340 d.C.) Bispo de Cesáreia quando Constantino era Imperador em Roma e desfrutava de prestígio junto a este. Escreveu a obra “História Eclesiástica” e é assim chamado o Pai da História  Eclesiástica.

 

2.9. Jerônimo – (340-420 d.C.) Viveu em Roma durante muito tempo onde foi educado passando a viver em Belém (Judéia). Tradutor da Bíblia para o latim numa versão conhecida como Vulgata Latina, foi a única largamente autorizada pôr muitos séculos pela Igreja Católica.

 

2.10. Santo Agostinho – (354-430 d.C.) Jovem pervertido. Sua mãe uma mulher de oração que velava pela conversão de seu filho. Tinha um amigo que deu a Agostinho uma cópia da carta de Paulo aos Romanos. Lendo o capítulo 13.13-14, decidiu-se pôr Jesus Cristo.

 

2.11. João Crisóstomo - (345-407 d.C.) Boca de ouro (habilidoso em retórica e ágil no falar). Nacionalidade (África) patriarca de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente. Os pré reformadores da Igreja.

HISTÓRIA DA IGREJA

LIÇÃO VIII

A IGREJA MEDIEVAL

 

 

1.    COMO A IGREJA CRISTÃ TORNOU-SE CATÓLICA – Apocalipse 2.18-29

 

Mesmo com a expansão da Igreja pôr várias regiões do Império, alcançando os

mais diferente povos, raças, nações e línguas, preservou-se milagrosamente a unidade da fé e sua mensagem transformadora tal como fora ensinada pelo Senhor, a saber, a vocação do Evangelho para responder as maiores questões e desafios do mundo de então. Esse ensino evangélico constitui hoje o corpo doutrinário formado a partir do 1º século. Até o início do 4º século não havia distinção relevantes entre as centenas, talvez milhares de igrejas locais espalhadas pelo mundo. Pergunta-se então: Como surgiu a atual Igreja Católica Apostólica Romana, diferindo da orientação reinante (igrejas autônomas constituídas em núcleos independentes mas com unidade de crenças?) Diferindo das demais em grandiosidade mas também incorporando cada vez mais elementos de culto e de ensinos que destoam do Novo Testamento, o catolicismo começa a surgir no 4º século como resultado não de um mas de vários fatores os quais alinhamos a seguir:

1.    A ambição do bispo de Roma para exercer autoridade sobre os demais bispos, o que resultou na criação de um núcleo de poder religioso-político nessa cidade, centro do Império;

2.    O declínio político do próprio Império, cedendo espaço ao núcleo de poder religioso-político sediado em Roma, constituído pela Igreja local e o seu clero;

3.    A necessidade cada vez mais urgente de um comando centralizador de onde partissem as orientações de combate aos movimentos heréticos que iam aparecendo em vários lugares;

4.    A necessidade de um esforço missionário visando alcançar outros povos, aí incluídos os bárbaros;

5.    A influência da cultura pagã e do modelo imperial de governo no seio da Igreja em Roma;

6.    A divisão do Império em 395 em Império Romano do Ocidente e do Oriente, surgindo uma forte Igreja em Constantinopla que rivalizava com a de Roma em poder e prestígio, lançando dúvidas sobre a liderança do clero romano;

7.    A iniciativa do bispo de Roma que, em 440 d.C. proclamou-se Papa com o título de Leão I.

 

Conclusão – O espaço político deixado pelo vazio de poder temporal, a chegada das invasões bárbaras e o crescente prestígio da Igreja em Roma, além dos demais fatores já listados, com o tempo fez surgir um núcleo de obediência na Igreja de Roma. Assim, o bispo desta igreja, no ano 440, proclamou-se Papa com o título de Leão I, prosseguindo o processo de consolidação do papado e definindo o caminho que desaguou no cisma Ortodoxo de 1054 e na Reforma Protestante de 1517.

 

 

ADENDO A LIÇÃO

ALGUNS CONCÍLIOS

 

Concílios são reuniões que tem como finalidade resolver as grandes questões de interesse da Igreja, suas controvérsias e tentam dar a cristandade um padrão de comportamento diante de heresias e ensinos doutrinários divergentes. O primeiro Concílio de que temos noticia está registrado em Atos 15 e foi realizado por volta do ano 48 d.C., em Jerusalém. Este Concílio reuniu os Apóstolos e outros líderes eclesiásticos da igreja de Jerusalém e de Antioquia vieram Paulo e Barnabé, desconhecendo-se se tenha ou não atraído líderes de outras congregações, mas provavelmente isto tenha acontecido, em virtude do fato de que algumas igrejas importantes já estavam estabelecidas em várias regiões àquela altura.

Os demais concílios, como o de Nicéia, realizado em 325, que foi convocado pelo Imperador Constantino, demostra que a Igreja estava sofrendo uma crise de identidade iniciada após o fim das perseguições decretado através do Edito de Tolerância em 311 e confirmado pelo Edito de Milão em 313 d.C. A intervenção do Imperador com a finalidade de tentar controlar a questão ariana foi legítima , dando que os bispos das principais metrópoles cristãs de então (Antioquia, Constantinopla, Roma e Alexandria), estavam de alguma forma tão engajados com o poder secular e agradecidos ao grande benfeitor do cristianismo (Constantino), que não tinham e não queriam resistir à interferência Imperial nos assuntos eclesiásticos. A Igreja Oriental, organizada como uma Igreja de Estado (assim como a Igreja Anglicana, na Inglaterra), continua a entregar seus desígnio ao poder temporal, político. A Igreja Católica Romana, ao contrário, mudou esse posicionamento após muitos séculos de estreitas ligações com o estado e hoje mantém um nível de relação eqüidistante com ele, muito embora dele recebendo as benesses, como ainda acontece em vários países.

Os concílios costumavam-se reunir-se em cidades diferentes. À partir de 869, com o rompimento entre os cleros romanos e oriental, que originou a crise de 1054 (cisma ortodoxo), os concílios católicos têm-se reunido em Roma e, a partir desse cisma, cada um dos referidos ramos cristãos tem tratado seus problemas isoladamente até hoje.

Quanto ao ramo protestante, pelas suas próprias características (descentralização eclesiástica, variedade de denominações etc), não há concílios e cada um dos grupos tem sua própria orientação administrativa, sendo que as doutrinas e ensinamentos são mais ou menos homogêneos, variando apenas quanto às orientações tradicionais ou históricas, fundamentalistas e neo-protestantes.

Existem grupos d que nem são católicos nem protestantes (evangélicos), embora sejam confundidos com estes. Poderíamos adotar a nomenclatura que alguns, inclusive a imprensa lhe têm concedido: são os para-evangélicos (testemunhas de Jeová, adventistas etc), dentre outros. Estes nem mesmo fazem questão de serem identificados como evangélicos.

A seguir alguns concílios e o principal tema debatido durante suas reuniões:

01–  Concílio de Jerusalém em 48 – Discutida a questão da salvação somente para os

        circuncidados e obediêntes a lei de Moisés.

02 – Concílio de Nicéia em 325 – Arianismo – Doutrina contraria a trindade (Jesus adotado)

03 – Concílio de Constantinopla em 381 – Apolinarismo – Maria a genitor Deus. (Teotokos)

04 – Concílio de Éfeso em 431 – Nestorianismo;

05 – Concílio de Calcedônia em 4451 – Euliquianismo;

06 – 1° Concílio de Constantinopla em 553 – Monofismo;

07 – 2° Concílio de Constantinopla em 680 – Doutrina das duas vontades –Humana - Divina

08 – 2° Concílio de Nicéia em 787 – Sancionado o culto às imagens;

09 – 3° Concílio de Constantinopla em 869 – Rompimento entre a Igreja Oriental e a Ocidental;

10 – Concílio de Trento, de 1545 a 1563 – contra-reforma;

11 – Concílio de Roma em 1123 – Bispos nomeados pelo Papa;

12 – Concílio Vaticano de 1869/1870 – Declarou a infalibilidade do Papa;

13 – Concílio Vaticano II, de 1963/1965 – Reforma da Igreja para torná-la mais tradicionalmente

 questão do envolvimento de clérigos com as questões sociais.

 

 

Conclusão – No que pese o Senhor da Igreja não haver deixado nenhum, corpo doutrinário para seus seguidores, entendemos que a Igreja deva ser suficientemente sábia para resolver suas questões. Se a cristandade não tem sabido faze-lo talvez seja porque hoje está distanciadas dos propósitos e da autoridade conferida pelo Mestre, conforme registro de João 20.19-23.

 

HISTÓRIA DA IGREJA

Aula IX

A IGREJA MEDIEVAL

TEMA DIVERSOS

 

 

MONATICISMO – Vida Solitária

O MONACATO – Uma forma de Clausura

 

Com o mundanismo penetrando na Igreja muitos crentes resolveram afastar-se para uma vida contemplativa e ascética, nascendo então o espírito monástico, em terras do Egito. Seu fundador foi Antão, em 320. Viveu muito tempo em uma caverna. Teve muitos imitadores.

Uma outra forma de ascetismo foi adotada pelos santos das colunas. Seu imitador foi Simeão Estilista (423). Viveu 37 anos na Síria, sendo que uma dessas colunas possuía 18 metros de altura.

Da Ásia e África o movimento espalhou-se para a Europa, embora de forma mais lenta. Neste continente originaram-se os mosteiros, como forma mais evoluída de reunir os ascetas. A mais conhecida foi a ordem dos Beneditinos, fundada por São Bento.

 

AS FRAUDES PIAS

 

Durante a Idade Média a Igreja romana divulgou uma série de “fraudes” que não tinha a menor substância probatória e tinha o fulcro de manter o prestígio e autoridade da Igreja. Algumas delas:

a)    A Doação de Constantino: Muito depois da queda de Roma circulou um documento que afirmava Ter Constantino dado ao bispo de Roma à época (Silvestre I), autoridade suprema sobre todas as províncias do Império. Objetivo: obter obediência da autoridade civil dos vários governos europeus.

b)    Decretais Pseudo-Isidorianas: publicado em 850. Afirmava-se que eram decisões adotadas pelos bispos de Roma desde a época dos Apóstolos. Suas reivindicações principais: supremacia absoluta da Papa de Roma sobre a Igreja universal; a inviolabilidade do clero em todos os aspectos.

 

O CATIVEIRO BABILÔNICO

 

A decadência do papado culminou com o chamado “Cativeiro Babilônico” (1305 a 1377). Havia papas e antipapas em diversos países. O governo francês controlava a sede do papado que fora transferido para Avignon (Sul da França). Essa fase só termina com o Concílio de Constança para decidir depor os quatro e nomear um novo fora daqueles. Desde então o clero romano tem sempre alimentado pretensões elevadas, no entanto não tem mais sido capaz de colocá-las em vigor.]

 

O APARECIMENTO DO ISLAMISMO

 

O aparecimento da religião maometana (muçulmano, maometismo, islamismo etc.). Maomé é a principal figura. O ano de fundação é 622. Crêem num só Deus que se chama Alá. Crêem que todos os acontecimentos, bons ou maus são preordenados por Deus. Chegou a conquistar quase toda a Europa e a Índia, sofrendo oposição e derrota apenas no Sul da França por Carlos Martelo. Tem uma cidade santa chamada Meca aonde todo maometano está obrigado a ir pelo menos uma vez na vida. Têm uma doutrina simples. Não adoram imagens. Conquistam adeptos pela violência. Confundem o poder religioso com o poder civil. Crêem numa vida eterna inteiramente despojada de espiritualidade, dedicada portanto à sensualidade. Degradam a mulher. Não são capazes de estabelecer governos justos.

 

 

AS CRUZADAS

 

As Cruzadas – Foram em número de sete. Muitas outras cruzadas de relevância menor foram organizadas. Pretendiam retomar a cidade de Jerusalém aos muçulmanos e ainda obtiveram êxito durante o período de 1099 a 1187, quando fundaram o Reino de Jerusalém. As Cruzadas, apesar de seu fracasso, tiveram a virtude de despertar o descontentamento e preparar o caminho para o levante contra a Igreja Católica Romana. ESSE LEVANTE denominou-se REFORMA PROTESTANTE.

 

 

 

 

 

A IGREJA MEDIEVAL

LIÇÃO X

ASCENÇÃO DO PAPADO. O CISMA ORTODOXO – PEDRO O 1° PAPA? Mt. 8.14-17

 

Introdução – A ascensão de Leão I à partir de 440 d.C. como bispo da Igreja em Roma considerada por muitos eruditos como o início do papado não é aceita por outros que defendem a origem desse importante segmento da Igreja quase dois séculos depois. As maiores oposições procedem especialmente do patriarca de Constantinopla (hoje Ancara, na Turquia). Esse poder e pretensão do bispo romano continuará pelo século seguinte, até o primado de Gregório I à partir de 590. Foi durante esse primado que o Patriarca João, o Jejuador reivindicou o título de bispo ecumênico (universal). Uma revolução colocou no poder em Constantinopla o Imperador Focas, e Gregório procurou aliar-se a ele, o qual prontamente aceitou de direito mas exerceu de fato.

       Entre os pontificados (palavra que se origina de Sumo Pontífice (Pontifex Muximus, em latim, que por sua vez era um título pagão adotado pelo imperador romano e conservado pelo Papa Católico até hoje!) de Leão I (440 d.C.), passando por Gregório VII, Inocêncio III, Hidelbrando e outros menos famosos, o poderio papal chega ao seu apogeu em 1085, consolidando-se, para Ter as feições semelhantes às atuais. Para essa consolidação, dentre muitas causas destaca-se a relativa independência entre o clero romano e o poder temporal, o que não acontecia em Constantinopla.

      Sabe-se que a Igreja Católica Romana reivindica a origem do papado mediante sucessão apostólica, a Qual teria sido iniciado com Simão Pedro por recepção da autoridade do Senhor (Mt. 16.18 e segs.). Uma observação até mesmo superficial das fontes históricas desautoriza essa versão e aponta para o papado sendo estabelecido à medida que a igreja aproxima-se de um estado romano em decadência no ocidente, enquanto que o bispo e a Igreja em Roma acabam por ocupar o espaço deixado pelo estado. Assimilando a cultura do Império romano e assenhoreando-se de seu espólio, a Igreja põe em prática a maneira similar governar os problemas eclesiásticos, colocando em marcha o estabelecimento de uma hierarquia religiosa centralizadora, reflexo do estado que lhe acolheu.

 

O CISMA ORTODOXO

 

        A Igreja Ortodoxo Grega surgiu em 1054 em razão de divergências entre o bispo de Roma e o Patriarca de Constantinopla. Essas divergências não surgiram numa mesma ocasião mas desenvolveram-se historicamente, acentuando cada vez mais o abismo intransponível que se criou em virtude delas e pelas reivindicações de primazia que cada uma dessas autoridades fazia para proveito de seu cargo. É reconhecida – repita-se – a vocação da Igreja Oriental para aceitar a ingerência estatal em seu negócios, características que surgiu nos primórdios da implantação da Igreja e da cidade que sedou a Capital do Império do Oriente: a Igreja Oriental e o Império oriental tiveram origens debaixo das asas acolhedoras do poder civil. Diferentemente da Igreja em Roma, que conviveu – repita-se ainda – com os estertores do Império que adormecia sem sucessores a não ser os bárbaros.

Enumeram-se a seguir os principais motivos da divisão:                                                                                                                                                                    

1.     Visão teológica ortodoxa da igreja ocidental em contraposição da visão filosófica da teologia oriental. A igreja oriental, por exemplo, não adotava a cláusula filioque, inscrita no credo Niceno de 325; Que dizia: O Espírito Santo é uma pessoa advinda do Pai e do Filho.

2.     Divergências a respeito das datas de celebração da Páscoa;

3.     Divergências quanto ao celibato obrigatório, não admitido no oriente; (Constantinopla)

4.     A igreja oriental não admitia que seus clérigos raspassem a barba;

5.     A controvérsia iconoclasta (imagens e esculturas). Foram abolidas dos templos ortodoxos, para evitar acusações de idolatria advindas dos muçulmanos e limitar o poder dos monges;

Conclusão  -  Por essas e outras razões que, tomadas de per si talvez não tivesse causado o rompimento, mas que no seu conjunto perfez um desgaste suficiente para que em 1054 o emissário do bispo de Roma afixasse uma bula de excomunhão da Patriarca de Constantinopla na catedral de Santa Sophia, o qual em represália anatematizou o Papa de Roma. Essa excomunhão mútua somente foi removida em 7 de dezembro de 1965 pelo Papa Paulo VI e pelo Patriarca Atenágoras, numa tentativa de reaproximação depois de séculos de afastamento. 


HISTÓRIA DA IGREJA

Aula XI

A REFORMA – Pv. 20.5; 18.4

 

-       OS BENEFICIOS DA PALAVRA REVELADA

-       A CAPACIDADE DADA POR DEUS AO HOMEM – Dt. 8.18 – Rm. 1.17

 

Introdução – Três fatores criaram as condições vitais para o início da Reforma Protestante: I) Renascimento;  II) As grandes invenções;  III) O sentimento nacionalista na Europa.

 

I)              O Renascimento fez a humanidade acordar do sono milenar que foi a Idade Média, reacendendo o interesse pela cultura clássica, a pesquisa científica e literária com o uso da língua grega que, por sua vez, possibilitou o acesso dos estudiosos da Bíblia nas Línguas originais;

II)             As grandes descobertas e invenções possibilitaram, primeiro que o europeu entrasse em contato com outros povos e civilizações. Vieram as viagens marítimas intercontinentais, as descobertas geográficas e principalmente invenção da imprensa por João Gutemberg em 1450 em Mogúncia, popularizando assim as idéias dos Reformadores com enorme velocidade, assim como o texto da Bíblia que era semeada em volumes considerável para a época. Era a semeadura da verdade em meio ao cipoal de ensinos falsos e crenças pagãs, fazendo o povo descobrir quão distanciados estavam dos ensinos e da simplicidade do evangelho e dos princípios cristãos;  -  A penetração num estudo profundo no N.T. ali o povo viu deslumbrado o ideal de Deus, para sua igreja e seu povo. (As comparação)

III)            O sentimento nacionalista. A lado de tantos desvios, a Igreja e seu clero impunha obrigação financeiras cada vez maiores a outros estados europeus, indiretamente por causa das elevadas somas e transferências para Roma. Isto causou revolta pela ingerência indevida nos negócios estrangeiros. Esses fatos geraram vários conflitos na Alemanha, França e Inglaterra principalmente, caso do levante pela pregação de John Wicliff neste último país.

Conclusão  -  Não se pode esquecer também que, ao lado desses fatores há um outro: o Papado experimentou, no pontificado de Nicolau V, um importante envolvimento com o Renascimento europeu, passando por alguma renovação, embora atingindo camadas culturalmente selecionadas da população que excluía o povo mais simples. Esse conjunto de circunstâncias favoráveis aguardou o advento da Reforma.

 

 

HISTÓRIA DA IGREJA

A REFORMA

 

Martinho Lutero (1483-1546) – Seus pais, no principio eram muito pobres. Freqüentou a escola por contas de esmolas que pedia, mas depois consegui o apoio de Úrsula Cota, podendo freqüentar a Universidade, onde estudou direito. Foi polemista e musicista. Formou-se antes de tempo. Ingressou no monastério após um voto que fez a Santa Ana numa viagem conturbada. Vivia atormentado por causa do medo que tinha de Deus e de Jesus, por causa de seus pecados. Sua conversão deu-se após a leitura e meditação de Romanos 1.17 (O justo viverá da fé). Libertou-se. Foi professor de Witenberg até sua morte.

 

Começou a chamar atenção após seu retorno de Roma, quando entrou em contato com o clero corrupto. John Tetzel, vencedor de indulgências, foi o seu grande adversário. Em 30.10.1517, fixou as 95 Teses em Witenberg. Em 1521 foi chamado pelo Imperador Carlos V (Sacro Império Romano: Alemanha. Áustria, Espanha, Países Baixos) à Dieta de Worms composta das seguintes pessoas: o Imperador, o Delegado do Papa, 6 eleitores, 25 Duques, 8 Arquiduques (marqueses), príncipes alemães, 30 cardeais e bispos, 7 embaixadores, deputados de 10 cidade e muitos barões, ou seja, toda a divina pomada da época.

Lutero foi, contra a vontade dos amigos, que insistiam que as garantias imperiais nada valiam, lembrando-lhe de Huss (que foi condenado e morto na fogueira 100 anos antes, no Concílio de Constança). No caminho para Worms cantou ao passar de carruagem pelas ruas o hino de sua autoria Castelo Forte. As multidões o acompanhavam, curiosas por conhecer o frade que desafiara o Papa. Este exigia sua retratação (porque ele queimara a Bula de Excomunhão). Naquele parlamento, ao Ter oportunidade de apresentar suas razões, declarou publicamente: “Não acredito em papas, nem nesse tipo de reuniões. Se é evidente que mais das vezes já se enganaram e contradisseram entre si, a minha consciência tem que acatar o poder de Deus. Não posso arrepender-me de nada, pois não é justo nem seguro atuar contra consciência. Se eu tivesse mil cabeças eu as daria. Consumado está. Deus me ajude. Amém”.

 

Foi condenado mas recebeu a ajuda do Príncipe da Saxônia, que simulou um seqüestro, levando-o para o Castelo de Wartburg onde ficou cerca de um ano, e onde continuo a escrever seus livros, incentivando a reforma da Igreja, cujos resultados são de todos conhecidos.

 

OBS: O nome e o sentido dados a reforma são condicionados pela visão do historiador. O historiador Católico Romano entende apenas como uma revolta de protestantes contra a Igreja Universal. O historiador protestante considera-a como um projeto que fez a vida religiosa voltar aos padrões do V.T. O historiador secular interpreta-a como um movimento Revolucionário.

 

 

 

HISTÓRIA DA IGREJA

CONTRA – REFORMA E GUERRA DOS 30 ANOS

 

Depois de iniciado o movimento reformador na Europa, a Igreja católica ou aquilo que restou dela inicia esforços visando recuperar o espaço perdido, destruir os resultados alcançados pela fé protestante e também para incentivar o movimento missionário aos povos estrangeiros. Esse movimento foi denominado de Contra-Reforma.

Em 1545 o Papa Paulo III convoca o Concílio de Trento“principalmente com o objetivo de investigar os motivos e por fim aos abusos que deram causa à Reforma. O Concílio reuniu-se em datas diferentes e lugares diversos, porém a maioria das vezes em Trento, na Áustria, a 129 quilômetros ao norte de Veneza. O Concílio era composto de todos os bispos e abades da igreja (católica), e durou mais de 18 anos, durante os governos de quatros papas, de 1545 a 1563. Todos esperavam que a separação entre católicos e protestantes teria fim, e que a igreja ficaria outra vez unida. Contudo, tal coisa não sucedeu. Fizeram-se, porém, muitas reformas na igreja católica e as doutrinas foram definitivamente estabelecidas. Os próprios protestantes admitem que depois do Concílio de Trento os papas se conduziram com mais acerto do que os que governaram antes do Concílio. O resultado dessa reunião pode ser considerado como uma reforma conservadora dentro da igreja católica romana”. (Hurlbut, p. 153 / 154).

Aspectos da Contra-Reforma – 1. Reuniões atraentes com bons pregadores

                                                      2. Educação – treinamento para serem bons católicos.

 

01.  Fundação da Ordem dos Jesuítas ou Companhia de Jesus. 1534, pelo espanhol Inácio de Loyola, mais tarde canonizado como santo católico. Apesar de Ter sido fundada antes do Concílio de Trento, teve grande impulso em função dos objetivos missionários que abraçava. Lealdade à fé católica. Possuía métodos de trabalho conhecidos e secretos. Em 1773 foi proibida de funcionar por decreto do Papa Clemente XIV. Foi banida de vários países da Europa, inclusive de Portugal, com reflexos na colônia do Brasil. No entanto continua a funcionar secretamente, voltando a ser reconhecida pelo Papa em 1814.

 

02    . A perseguição ativa – 1. Político – Facilidades aos Governantes Católicos 

                                                    1.1. Perseguição aos Protestantes (financiados)

Foi outro instrumento da igreja católica romana contra os protestantes. Um dos mais poderosos instrumento de perseguição foi a INQUISIÇÃO. A acusação para matar e saquear os bens dos protestantes era sempre a mesma: heresia. Crentes eram torturados e queimados vivos. O governo espanhol, católico, resolveu matar todos os suspeitos de abraçarem a heresia protestante nos Países Baixos (Holanda e Bélgica). Na França o episódio mais sangrento ficou conhecido como a Noite de São Bartolomeu (24.08.1572), matança que se prolongou por várias semanas quando, segundo alguns historiadores, morreu entre 30 mil e 70 mil protestantes. Na própria Espanha e na Boêmia, como resultado das perseguições católicas, o movimento reformador extingui-se.

03. O esforço missionário. Reconheça-se que o catolicismo romano foi muito ativo nas missões que objetivaram divulgar sua fé entre povos de todos os continentes. Foram alcançados muitos povos nativos do México, da Índia, da América do Sul e Canadá. Muito antes dos protestantes chegarem aos povos pagãos, os católicos  já faziam sua catequese.

04. A Guerra dos Trinta Anos. Como resultado do inevitável confronto de interesses e propósitos entre os estados protestantes e católicos da Alemanha, iniciou-se então uma guerra em 1618 (cem anos após a Reforma). Envolveu quase todas as nações européias. Não somente adotavam a mesma fé, apoiavam partidos contrários, como por exemplo o imperador Fernando (da Stíria) e Maximiliano, duque Bavária que se colocou ao lado dos católicos, enquanto a nobreza alemã estava ao lado dos protestantes. “Toda a Alemanha sofreu seus efeitos terríveis”.

O começo das hostilidades deu-se na cidade de Donauwort, de maioria luterana, onde o protestantismo perdeu a batalha, apesar da formação da União Evangélica em 1609, por iniciativa dos príncipes alemães.

Na atual Boêmia, hoje Tchecoslováquia, houve um episódio conhecido como a defenestração de Praga promovida pelos parlamentares protestantes reunidos em Dieta (nome dado a uma reunião do Parlamento) e jogaram pela janela os conselheiros do imperador Fernando, tendo continuidade a luta que haveria de dilacerar toda a Europa central.

A guerra termina com o Tratado de Westfália em 1648, na Suécia, após severas batalhas chefiadas por Gustavo Adolfo, rei deste país, o qual deu muitas vitórias à causa protestante. O tratado fixou os limites dos estados católicos e protestantes, limites esses que, com algumas variações, perduram até hoje, a despeito do desrespeito papal que considerou nulo o acordo e estava pronto para descumprí-lo, tão pouca era a consideração que tinha pela paz na Europa. Historicamente o movimento da Reforma termina com esse tratado.

 

HISTÓRIA DA IGREJA

A IGREJA MODERNA

À PARTIR DA GUERRA DOS TRINTA ANOS.

 

INTRODUÇÃO

 

Serenados os ânimos guerreiros na Europa católico-protestante com o fim de guerra dos Trinta Anos, a Igreja Protestante inicia um novo período que dura ininterruptamente até os dias atuais. É claro que do Século XVII até hoje muitos acontecimentos marcaram esta última fase que marcaram a expansão da fé protestante para os outros continentes. Por outro lado, à partir da Reforma vários grupos protestantes surgiram sob as mais diversas orientações em muitos países, dando origem a um sem número de denominações cristãs hoje conhecidas genericamente como evangélicos, especialmente no Brasil. Na impossibilidade de examinar cada uma dessas denominações no âmbito exíguo deste trabalho, dedicaremos algum espaço às chamadas denominações históricas, ficando a critério de cada aluno fazer sua pesquisa pessoal a respeito de seu próprio grupo.

O Movimento puritano

No âmbito da Reforma na Inglaterra havia três grupos: os romanistas, que tendia a uma reaproximação com a igreja católica romana; os anglicanos , sob a liderança oficial do Rei Henrique VII e o grupo protestante, radical que também existia em outros países. Este último por volta do ano 1654 ficou conhecido como puritanos. Dentro do próprio movimento puritano havia dois outros grupos: os presbiterianos e os congregacionais. Posteriormente, dentro do movimento puritano surge na Suíça uma terceira dissidência que originou a denominação Batista.

O Avivamento Inglês

João e Carlos Wesley. Jorge Whitfield. João era o líder do movimento. Carlos foi poeta sacro e Jorge um pregador poderoso. João, clérigo da igreja anglicana, começou a impressionar-se com o marasmo e decadência da igreja em seu país. Em 1789 começou a pregar sobre o “testemunho do Espírito” com um conhecimento pessoal interior, que resultou num conhecimento experimental de uma vida espiritual. O movimento espalhou-se indo atingir os Estados Unidos da América. Foram chamados de “metodistas” ou “metodistas wesleyanos”. É, após os Batistas, a mais numerosa denominação norte-americana. Durante muito tempo Wesley considerou-se como integrante da Igreja anglicana da Inglaterra. Somente depois que o metodismo estabeleceu-se nos Estados Unidos é que as duas igrejas se distinguiram fortemente.

A Igreja nos Estados Unidos

Originalmente ocupado por católicos romanos, o povo norte-americano foi depois influenciado pela fé protestante, em razão de alguns fatores, um deles a imigração holandesa, alemã e inglesa, além de outros fatos como a anexação de grandes extensões territoriais onde hoje existem os estados da Flórida até Califórnia, áreas originalmente colonizadas por espanhóis. Também o método espanhol de conquistar os nativos pela violência da escravidão não consegui bons resultados, em face da maneira cordial adotada, por exemplo, pelos colonizadores franceses, os quais também se estabeleceram na América. Por sua vez, as colônias inglesas no leste americano eram protestantes com exceção de uma . Por volta do ano de 1790 a população católica eram protestantes com aproximadamente 50 mil pessoas, engrossada posteriormente  por uma grande corrente migratória de maioria católica por volta de 1845. Atualmente representa cerca de 1/3 da população americana do norte.

A Igreja Episcopal

Foi a primeira do ramo protestante a estabelecer-se nos Estados Unido. Ano de 1579, com a realização de um culto sob a direção de Sir Francis Drake, mas só em 1607 estabeleceu-se permanentemente.

Presbiterianos e Congregacionais

Durante muito tempo presbiteriano e congregacionais eram um e o mesmo grupo no Estados Unidos, pois aceitavam ambos a confissão de Westminster, tantos que seus ministros podiam ministrar indistintamente em ambas as igrejas. Somente à partir de 1852 é que os dois grupos dividiram-se, progredindo mais rapidamente os congregacionais .

Igreja Reformada

Inicialmente na região da Ilha de Manhatan estabeleceram-se colonos holandeses, de origem protestantes e que na Holanda eram ligados à Igreja Protestante Reformada Holandesa. Fundaram a cidade de Nova Amsterdã. Com a ocupação inglesa a fé oficial passou a ser a Episcopal. No entanto os cidadãos de ascendência holandesa continuaram em sua própria congregação à qual deram o nome de Igreja Reformada da América. Possuem hoje cerca de 250 mil membros.

Batistas

Contam com mais de 25 milhões de membros nos Estados Unidos. Originários da Reforma Suíça, espalharam-se pela Alemanha e Holanda. Já foram chamados de Anabatistas e na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos alguns grupos ainda se chamam menonitas. Na América do norte iniciou-se com Roger Williams, em Rhode Island em 1644. Possuem várias convenções.

“Quacres”

Inicialmente chamados de “Filhos da Luz” e depois “Sociedade dos Amigos”, originou-se das idéias de Jorge Fox, dissidente da Igreja da Inglaterra. Sensibilizaram milhões de pessoas as doutrinas não dogmáticas de Fox de que o corpo de crentes não devia Ter sacerdotes; que qualquer dos  crentes podiam falar, segundo a inspiração do Espírito Santo etc. Muitos foram perseguidos e martirizados na Inglaterra e então vieram para a Rhode Island (foram também perseguidos na colônia da nova Inglaterra). São democratas, anti-escravajistas e muito disciplinados. São cerca de 80 mil nos estados Unidos.

Luteranos

Em 1638 luteranos suecos estabelecem-se constróem o primeiro tempo em Lews. Posteriormente vieram luteranos alemães e se estabelecem em Nova Iorque e na Pensilvânia. A imigração em massa no início do Século XVIII fez com que hoje os luteranos superem a cifra de mais de 10 milhões de membros naquele país. Adotam a Confissão de Augsburg e as doutrinas defendidas por Lutero: justificação pela fé, batismo e ceia como meios de graças e não apenas símbolos.

Presbiterianos

Têm duas origens nos Estados Unidos: a presbiteriana escocesa, reformada por John Knox em 1560, que espalhou-se para a Irlanda do Norte. O outro grupo tem origem no movimento puritano na Inglaterra de tendência presbiteriana, cujos pastores (mais de 2 mil), foram expulsos de suas paróquias, muitos dos quais foram para a América. Foram os presbiterianos escoceses,  irlandeses e ingleses que ajudaram a forma a Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos. A data inicial é 1648 em Snow Hill, numa reunião presidida pelo Ver. Francis Makemie (Irlandês). Foi um presbiteriano (João Witherspoon) o único evangélico a assinar a Declaração de Independência. São cerca de 5 milhões e aceitam a confissão de fé de Westminster, de influência calvinista. O governo da Igreja é composto de um conselho (pastor e presbíteros). As igrejas formam presbíteros e estes o Sínodo e finalmente a Assembléia Geral.

Metodistas

Surgiram na América do Norte por volta de 1766 quando foi realizado o primeiro culto numa casa residencial. Somente dois anos depois João Wesley dois missionários, Ricardo e Tomás a fim de inspecionarem a obra e cooperarem na sua expansão. São de confissão arminiana, sustentando a doutrina do livre-arbítrio, oposta à doutrina calvinista da predestinação e dão ênfase ao conhecimento pessoal da salvação de todo crente. Possuem mais de doze milhões de membros.

Outros grupos

“Igreja dos irmãos Unidos em Cristo”, a “Igreja Cristã”, a “Igreja Unitariana” a “Ciência Cristã” (igreja herética), além de mais de 300 denominações diversas.

Mais recentemente a sociedade norte-americana vem sendo influenciada pelo paganismo oriental (principalmente da Índia, Japão, Nepal,  etc) e pelas seitas muçulmanas. Outro que vem crescendo e que representa um grande desafio para a Igreja Evangélica ali é o satanismo que vem sendo pregado abertamente na maior sociedade livre de todos os tempos. 

 

HISTÓRIA DA IGREJA

GLOSSOLÁLIA

 

A História da Igreja comumente escrita por autores tradicionalistas, faz poucos registros do fenômeno da glossolália (expressões vocais em línguas estranhas). Queremos resgatar parte dessa lacuna nesta lição e inicialmente registramos que o fenômeno sempre esteve presente ao longo dos vinte séculos de história do cristianismo, ligado aos reavivamentos. Depois, o Espírito Santo não é história e sim uma pessoa, operando sempre quando quer e onde quer. (Fazer um retrospecto bíblico com os textos de Atos, 1 Co 12, 13, 14, e 1 Ts 5.19.

 

Registros Históricos

 

01.  Dicionário da Bíblia (autor não anotado)  -  Através dos séculos a glossolália reapareceu freqüentemente entre os grupos cristãos. Um homem conhecido como J.B. Cuten foi autor de um livro com vários exemplos sobre o fenômeno do falar em línguas. O fenômeno reacende durante os reavivamentos em todas as épocas.

02.  Enciclopédia Britânica  -  Expressões miraculosas apresentam-se nos avivamentos cristãos de todas as épocas. A glossolália esteve sempre na Igreja.

03.  M. Philips, um repórter, disse: “Orar em línguas voltou a apresentar-se sempre a intervalos durante a era Cristã”.

04.  Dicionário da Bíblia Harpex  -  “Este fenômeno não está restrito aso cristianismo primitivo, é reconhecido universalmente. Vão reconhecer universalmente aqueles que querem reconhecer. O Espírito Santo continua se derramando conforme Joel 2”.

05.  Tertuliano e Irineu  -  Registram em seus escritos a presença do fenômeno.

06.  Crisóstomo  -  Aparentemente desapareceu.

07.  Eusébio de Cesaréia  -  (260-340) Ferrenho opositor das línguas.

08.  Dr. Philips Schaff  -  Faz longo depoimento a respeito.

09.  Dr. Alban Butler  -  Idem.

10.  Orígenes  -  Como um dos pais da Igreja, revela o fenômeno em seus dias.

11.  Agostinho  -  Era contrário ao falar em línguas.

12.  Basileu, o Grande  -  (Séc. IV) – Mestre. Ensinou a respeito da glossolália.

13.  Ambrósio  -  (340-397) Era favorável e registra em seus escritos.

14.  Hilário de Poitrês  -  (Séc. IV) Possuidor de expressivo conhecimento bíblico.

15.  Leo, o Grande  -  Escreveu “Sermônico”. Disse que o Dom de línguas continua vivo.

16.  Ronald Knox  -  Era católico romano. Disse que não se pode negar a evidência do falar em línguas.

17.  Vincent Ferrer  -  Em 1419 pregava a multidões. Só falava espanhol mas era entendido por platéias de outros indiomas, inclusive judeus e maometanos que converteram-se aos milhares em suas ministrações.

18.  Na Reforma descobriu-se a dimensão espiritual da piedade.

19.  Burton Scott  -  Captou o espírito do movimento.

20.  Martinho Lutero  -  Foi chamado de evangelista, profeta e falava em línguas e interpretava.

21.  Calvino  -  Reconheceu a glossolália.

22.  David Smith  -  Escocês, presbítero, professor e escritor. Pregou nas montanhas da França. Expressava-se em línguas.

23.  John Wesley  -  Fundador do metodismo. Falava em línguas estranhas.

24.  Os Canissards  -  (Séc. XVIII). Tinham reuniões afastadas da cidade, à noite, devido as perseguições. Fluiam em profecias e línguas.

25.  Adam Clarck  -  Wesleyano. Estabeleceu o metodismo nas ilhas Sheetland. Fazia menção das línguas.

26.  O Século XVIII foi encerrado com avivamentos na Inglaterra e América do Norte.

27.  O Século XIX conheceu vários avivamentos em várias partes dos Estados Unidos da América. Em Kentuck, EUA, multidões entre 20 mil e 25 mil pessoas de várias denominações se reuniam. William Burke disse: “Debaixo da palavra centenas caem. Na minha presença ficam em agonia, influenciados pelo Espírito Santo as pessoas gritavam de triunfo quando alguém se arrependia.

28.  Bernard Weisberger  -  Idem.

29.  Carmem Roigi  -  Idem. O falar em línguas sempre esteve em todo Avivamento, como uma evidência não somente na América mas também na Inglaterra.

30.  Edward Irving  -  (1834) Prebítero escocês, teve uma visitação espiritual quando uma mulher teve tísica. Quando receberam o Dom de línguas a mulher foi curada pelo poder de Deus.

31.  Conferência de Albury  -  (1830) Aprovaram o seguinte: “É nosso dever orar pelo avivamento, os dons manifestos na Igreja, as línguas, profecias, interpretação...” etc.

32.  Meyers  -  (1849) As línguas colocadas em operação, debaixo do poder do Espírito Santo, por si falam.

33.  Frèderc Louis  -  (1900) Suiço. Teólogo. “Deus usa uma vida rendida através das línguas.

34.  Henry Ripley & Richard Lenski  -  (1864-1936) Luteranos alemães. Mestre e pasto, respectivamente. Continuamente apoiavam o falar em línguas como instrumento para ganhar almas para Cristo.

35.  Kentuck, Carolina do Norte, Tenessee  -  (1896) Continuamente caiu o fogo do Senhor em grandes reuniões de avivamento.

36.  Início do Sec. XX  -  Em Topeka, Kansas (1901) Avivamento na rua Azuza. Logo depois na Coréia, Suécia, Africa do Sul, Chile e outros países a chuva serôdia começou a cair com manifestações de profecias e línguas.

37.  Texas (1902) Milhares de pessoas recebiam o batismo no Espírito Santo em mover que se prolongou-se até 1906.

38.  Movimento Carismático  -  Anos 60. O avivamento chegou às igrejas católicas com manifestações do falar em línguas, inclusive. A glossolália nunca terminou. É uma benção ver como o poder de Deus se derrama e.....o Espírito de Deus continua se movendo.

 

 

HISTÓRIA DA IGREJA

BREVE HISTÓRIA DA CURA DIVINA

 

Introdução  -  (Ex. 23.05)  -  Quando Deus tirou seu povo do Egito não ocorreram enfermidades naquela multidão calculada em mais de 2 milhões e 600 mil pessoas. Vemos em Nm. 21.9, o poder sarador trabalhando. Sl. 103.1 e 2, a afirmação de que é Ele quem sara todas as enfermidades, assim como em Is. 53.4 e Jr. 33.6. Na Nova Aliança a vontade de Deus é a cura para seu povo (Mt. 8.16,17). Jesus é a Palavra enviada (Sl. 107.20). Durante a história da Igreja os crentes continuaram beneficiando-se com o poder miraculoso da cura divina.

 

01.  Irineu  -  110 (110 d.C.) “Homens saram os enfermos pela imposição de mãos”.

02.  Justino, Màrtir – Muitos são curados em nome de Jesus.

03.  Orígenes  -  Homens têm o maravilhoso poder para curar pelo simples invocar o divino nome.

04.  Ambrósio  -  Testemunhou de um açougueiro que cegou e foi curado pelo Senhor.

05.  Macário de Alexandria (375-390) Um homem estava secando. Foi ungido com óleo e em nome de Jesus, levantou-se e foi embora para casa, cantando e bendizendo a Deus.

06.  Agostinho  -  (426) Os milagrea que os pagãos atribuem a seus ídolos não são comparáveis aos que os mártires cristãos produzem em nome de Jesus.

07.  Bepwegan  -  Pregador. Foi fazer uma oração junto ao túmulo de Cuthbert. Sentiu como uma mão comprida o tocasse. A doença que tinha foi embora e ele saiu glorificando a Deus pela cura.

08.  As Canonização  -  A Igreja Católica passou a canonizar pessoas, mas para que o procedimento seja aprovado é necessário que seja atestada a realização de pelo menos duas curas.

09.  São Francisco de Assis  -  Curas aconteceram, havendo registros até excessivos.

10.  Os Valdenses  -  Discípulos de Pedro Valdo, na França. Conviviam diariamente com curas. Muitos voltaram à sua vida por meio deles.

11.  Martinho Lutero  -  Experiência com seu Secretário Melachton, que foi curado pela imposição de suas mãos e pela oração da cura.

12.  John Wesley  -  Registrou 240 casos de cura em seu ministério.

13.  Uguenotes  -  Protestantes franceses. Oravam até por seus animais, sendo comum a cura através daqueles que se desatavam sua fé.

14.  John Knox, Calvino, Zwinglio  -  Reformadores. Cerca de 10 mil pessoas ficaram curadas durante os ministérios desses homens.

15.  Durante os anos 1500/1600 (época da Reforma), a cura divina sempre esteve em voga, segundo escreve A.B. Simpson da Aliança Cristã Missionária.

16.  Reverendo Andrew Murray  -  Trabalho na África do Sul e foi muito usado nas curas.

17.  John Jylacke  - (1907) Afirmou: “Eu acredito que meus olhos viram mais curas de que qualquer outro homem”.

18.  Inglaterra (início deste século). Curas aconteciam freqüentemente nas reuniões na Igreja.

19.  John de Cronstabt – (1908)

20.  Jonh A. Dowie  -  Chicago, Estados Unidos. Ministrou centenas de curas.

21.  F.F. Bosworth  -  (1925) Ele e seu irmão tiveram u ministério de cura divina.

22.  Raymond Richey  -  (1a Guerra Mundial) Numa epidemia de gripe entre os soldados ele orava e os soldados eram curados.

23.  Aimeè Semple McPearson  -  Fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular, trabalhou com um ministério de cura.

24.  Dr. Charles Price  -  Pregava quatro vezes ao dia para reuniões de até 15 mil pessoa. O poder de Deus se movia. Milhares caiam e eram curados pelo poder da Unção do Espírito Santo.

25.  Avivamento de Cura Divina (1947-1958) Estados Unidos da América.

26.  Avivamento Carismático  -  (1958-1974) Estados Unidos. Também com manifestações de cura divina.

27.  Avivamento da Palavra Revelada  -  (1974 até os anos 80) – Estados Unidos. Mestres foram levantados em todos os lugares. Foi a base para o avivamento que está começando acontecer agora.

28.  William Bruner  -  Fundou o movimento “Só Jesus”, um “vento doutrinário”. Antes disso foi muito usado na cura.

29.  Oral Roberts  -  Cobria o movimento carismático nos Estados Unidos e testemunhou o mover da cura.

30.  Gordon Lindsay  -  Usado para trazer unidade na Igreja.

31.  T.L. Osborn  -  Escreve livros e faz cruzadas em todas as partes do mundo. Muito usado nas curas.

32.  Tomy Rycks  -  Avivamento na Argentina.

33.  Lester Humbert  -  teve uma visão e começou seu ministério com apenas 17 dólares no bolso. Atingiu vários continentes curando. Conheceu Smith Wigleswort, o qual levantou 33 mortos, inclusive sua própria esposa.

34.  Kenneth Hagin  -  Profeta e Mestre. Foi curado quando tinha 17 anos de uma enfermidade considerada incurável.

35.  John Osteen  -  O diabo quis matá-lo mas o Senhor o levantou no texas onde dirige uma congregação para mais de 10 mil pessoas.

36.  Khatryn Kullman  -  Levantada nos Estados Unidos para curar.

37.  Morris Cerullo – Idem.

38.  Reinhard Bonke  -  África. Dirige cruzadas denominadas “Uma África banhada pelo Sangue” (de Jesus)

39.  Romy Chaves  -  Costa Rica. Grandemente usado por Deus para curar os enfermos naquele país.

Conclusão  -  Deus quer continuar a levantar os cincos dons ministeriais. Teremos igrejas cheias; povo ungido com o poder que ninguém impedirá. O Senhor quer restaurar a Igreja. Atos 3.21 é uma realidade poderosa pela ação do Espírito Santo, não pela força humana. Deus quer restaurar todas as coisas neste tempo. (Oração final pela unidade da Igreja em Cristo).   

 

 

 

 

FONTE DE PESQUISA:

APOSTILA DO RHEMMA

APOSTILA IBVC

APOTILA IBVIDA

LIVROS:

HISTÓRIA DA IGREJA ATRVÉS DOS SÉCULO