O Toque de Midas Kenneth E. Hagin

07/04/2016 18:00
O Toque de Midas
Kenneth E. Hagin
Traduzido por Natan Rufino
RHEMA Brasil Publicações
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Todos os direitos reservados
Introdução
“Ele tem o toque de Midas” é uma expressão que as pessoas às vezes usam quando
querem descrever alguém ambicioso e aparentemente bem sucedido.
Usualmente esta expressão é proferida demonstrando admiração, quase invejosa, ao se
reconhecer a habilidade e bom êxito de uma pessoa em alcançar alvos financeiros e em
amontoar possessões materiais.
Segundo a mitologia Grega, Midas era um rei que morava na Frígia no século oito AC.
Ele era muito rico e tinha mais ouro que qualquer outro no mundo. Ele armazenava as
moedas e barras de ouro em enormes cofres no subsolo do seu palácio e gastava muitas
horas cada dia manuseando e contando o seu tesouro.
Mas não importava quanto ouro Midas juntasse e guardasse em seus cofres, nunca era
suficiente. Ele sempre queria mais, e ele gastou grande parte do seu tempo sonhando em
como obter ainda mais ouro.
De acordo com a lenda, uma dia um ser vestido de branco apareceu a Midas e concedeu
a ele um desejo. O rei instantaneamente desejou o “toque de ouro” -- que tudo que ele
tocasse virasse ouro.
Na manhã seguinte quando Midas acordou, ele percebeu que a roupa de cama de linho
na qual ele dormia havia se transformado em um *tecido de ouro fino! *finely spun gold!
Ele arfou com espanto e pulou da cama. Então tocou o espelho da cama, e este se
transformou em ouro. “É verdade,” ele gritou. “Eu tenho o toque de ouro!”
Ele correou pelo palácio, tocando em paredes e mobílias pelo caminho no qual passava,
e todas estas coisas transformavam-se em ouro ao seu toque. No jardim, ele foi de arbusto a
arbusto, tocando rosas e flores, sorrindo ao vê-las transformar-se em ouro.
Esta é a parte da lenda que a maioria das pessoas lembram. Muitas pessoas parecem
ficar fascinadas com a idéia de serem capazes de produzir ouro -- riqueza ilimitada -- ao
toque de um dedo. Obviamente, é isto o que as pessoas tem em mente quando falam sobre o
“Toque de Midas.”
Mas a estória de Midas não termina neste ponto com todos vivendo felizes para sempre.
Se Você Conseguir o Que Quer,
Você Vai Querer o Que Conseguiu?
Finalmente, cansado da aventura de tocar vários itens e de vês transformar-se em ouro,
Midas sentou-se para ler enquanto esperava pelo café da manhã. Mas o livrou que ele pegou
imediatamente transformou-se em ouro. Então, quando ele tentou comer uma pera, uma
colherada de migual de aveia, e um pedaço de pão, cada um deles transformou-se em
pedaços de ouro maciço! Até mesmo a água em seu copo transformou-se em ouro.
O rei ficou alarmado. “Se até mesmo minha comida se transforma em ouro, como eu
poderei comer novamente?” Preocupou-se.
Neste momento, a filha de Midas, Aurélia, entra na sala. Ela era a única coisa que ele
tinha amado tanto quanto o seu ouro. Aurélia correu até o seu pai, o abraçou, e o beijou.
Mas para o espanto de Midas, ela ficou estranhamente paralisada e deixou de ser uma
garotinha sorridente e amável para transformar-se em uma fria estátua de ouro.
O rei gemeu de angústia, tomado pelo horror do que estava acontecendo diante dos seus
próprios olhos.
Ele tinha conseguido o que queria, mas surpreendentemente estava compreendendo que
ele não queria o que tinha conseguido.
Felizmente, este ainda não é o fim da estória de Midas.
Ainda há uma outra parte da estória.
Redescobrindo as Verdadeiras Riquezas
O ser vestido de branco subitamente reapareceu e perguntou, “Ora, rei Midas, você não
é o mais feliz dos homens?”
“Oh, não,” lamentou o rei, “Eu sou mais miserável de todas as criaturas.”
“O quê? Eu não concedi a você o seu desejo pelo toque de ouro?”
“Sim, mas isto é uma maldição pra mim agora,” Midas chorou. “Tudo que eu amava de
verdade agora está perdido.”
“Você quer dizer que preferiria uma casca de pão ou um copo de água a ter o dom do
toque de ouro?” Perguntou o ser de branco resplandecente.
“Oh, sim!” Midas exclamou. “Eu me desfaria de todo ouro do mundo se apenas minha
filha me fosse restituída.”
Segundo a estória, o ser vestido de branco disse que Midas fosse banhar-se em uma
determinada fonte de água, que por sua vez, anularia o seu “toque de ouro”. Ele também
deveria trazer um pouco de água para jogar sobre sua filha e sobre qualquer outro objeto
que ele desejasse fazer voltar a sua forma original.
Assim o legendário rei Midas alegremente se desfez do seu toque de ouro e se regozijou
na restauração das coisas simples da vida -- família, alimento, e beleza natural. Midas
compreendeu que estas são as coisas que tem mais valor que o ouro.
A verdade é que nós não vivemos em um mundo de “conto de fadas”. O “Toque de
Midas” não existe, bem como nenhuma fórmula para o sucesso material. Mas há
oportunidades para aqueles que estão querendo ser diligentes e fiéis ao trabalharem com
suas mentes e mãos. Também há princípios bíblicos relacionados a prosperidade e a
bênção aos quais Deus honra de acordo com sua Palavra.
O ser vestido de branco subitamente reapareceu e perguntou, “Ora, rei Midas, você não
é o mais feliz dos homens?”.
Encontrando Equilíbrio no Meio do Extremismo
Durante mais de sessenta e cinco anos de ministério, tenho sempre tratado sobre o
assunto da prosperidade para os crentes, enfatizando insistentemente uma abordagem
equilibrada e bíblica. Tenho observado muitos ensinamentos e práticas que tanto tem
ajudado como prejudicado o Corpo de Cristo. Tenho visto alguns homens de Deus fiéis, que
permanecem no caminho certo e avançam com a verdade da Palavra e o Espírito, resultando
em grande bênção para uma multidão de crentes. Infelizmente, também tenho visto muitos
outros se desviarem por meio do extremismo, acabando em naufrágio de seus ministérios e
ferindo e desiludindo muitas pessoas ao longo do processo.
Em minha experiência tenho descoberto que com praticamente todo assunto bíblico, há
uma estrada principal de verdade com uma vala de erro em ambos os lados da estrada. A
Igreja não tem sido boa motorista, sempre tendo dificuldade de permanecer no meio da
estrada. Em qualquer assunto da Bíblia, você vai encontrar pessoas na vala de um dos lados
da estrada.
Através da História da Igreja, tem havido aplicações extremistas de quase toda verdade
ou doutrina básica, inclusive assuntos tais como batismo, ressurreição, a trindade, os dons
do ministério, cura divina, e o viver pela fé. A questão do dinheiro e da prosperidade não é
exceção. Existem aqueles que estão em um dos lados da estrada que ensinam que Jesus
viveu em miséria absurda, que o dinheiro é uma coisa ruim, e que a prosperidade bíblica
não tem nada a ver com coisas materiais. E do outro lado da estrada, estão aqueles que
pregam que ficar rico é o principal objetivo da fé, que a principal preocupação de Deus é o
seu bem-estar material, e que o dinheiro é a verdadeira medida de espiritualidade. Onde está
a verdade? É encontrada bem longe destes dois extremos, em base muito mais sólida.
Neste tempo de riquezas e abundância, há uma preocupação crescente entre líderes
cristãos responsáveis quanto ao aumento assustador de confusão, erro, e extremismo com
respeito a mensagem da prosperidade. Sinto-me compelido a falar a igreja de uma forma
geral sobre estes assuntos e especialmente sobre finanças e ofertas. Este livro é um esforço
empreendido no sentido de trazer clareza e compreensão àqueles que honestamente
procuram encontrar o caminho da verdade concernente a prosperidade bíblica.
Acredito que existem muitas pessoas -- cristãos e não-cristãos também -- que, como o
rei Midas da estória, descobriu que não há alegria duradoura nas coisas que o dinheiro pode
comprar e que a prosperidade sem um propósito eterno conduz a decepção e ao
descontentamento.
Quero compartilhar com você as verdades que tenho aprendido através de cuidadoso
estudo e aplicação da Palavra de Deus e também por ouvir diligentemente a voz do Espírito
Santo. Oro para que as verdades neste livro ajudem você a adquirir uma compressão
equilibrada, prática e biblicamente saudável sobre o assunto da prosperidade e que também
lhe ajudem a manter o equilíbrio citado anteriormente a medida que você percorre a estrada
do melhor de Deus para sua vida.
Capítulo 1
“Envia-nos a Prosperidade”
Salmo 118.25
25 Ó Senhor, salva, nós te pedimos; ó Senhor, nós te pedimos, envia-nos a
prosperidade. (revisada)
Eu creio em prosperidade.
Sim, com isto quero dizer bem estar espiritual e saúde física. Mas eu também quero
dizer bênçãos materiais e financeiras. Quando o apóstolo João declarou, “Amado, acima de
tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (3 João
2), eu creio que sua intenção era fazer referência a três áreas distintas da vida -- material,
física, e espiritual. Seu desejo intenso era que fôssemos realizados, produtivos, ou
prósperos, em cada aspecto de nosso ser. Esta é a devida aplicação do termo prosperidade --
equilibrada, saudável, completa, e até mesmo enfatizada.
Algumas pessoas tem dito que a frase “faço votos por tua prosperidade” não significa
prosperidade financeira. Eles afirmam que a frase não era nada mais que uma saudação
comum usada naquela época, ou expressão do idioma, e que não significava nada mais do
que “Espero que tudo te vá bem.”
A palavra Grega traduzida “prosperidade” ou “próspera” no texto é euodoo. Euodoo é
constituída de duas palavras hodos que significa “uma estrada,” e eu que significa “boa”.
Portanto, a palavra Grega euodoo (traduzida “prosperidade”) significa literalmente “uma
boa estrada” ou “uma boa viagem”. Então, mesmo que neste momento a palavra não
significasse especificamente prosperar financeiramente, pelo menos significaria ter uma
viagem boa e próspera.
Eu tenho muita dificuldade em conseguir entender como é que alguém poderia ter uma
viagem boa e próspera se ele não tivesse provisões adequadas para a viagem -- se ele
estivesse duro, com necessidades, e na miséria a cada passo da jornada.
Além disso, esta palavra traduzida “prosperidade” é a mesma palavra Grega que o
Apóstolo Paulo usou em Primeira Coríntios 16.2 quando ele instruiu os crentes em Corinto
a separar algum dinheiro cada semana *na proporção do que Deus os havia feito prosperar.
Com certeza, e sem dúvida alguma, a palavra prosperar pode ser usada, e é usada nas
Escrituras, em referência a prosperidade financeira.
A Pobreza Não Produz Espiritualidade
Como eu disse na introdução, a igreja parece ter dificuldade em permanecer no meio da
estrada em quase todos os assuntos da Bíblia. Quando nos deparamos com o assunto da
prosperidade, as pessoas da igreja na minha época ficaram na vala de um dos lados da
estrada. Elas tinham sido ensinadas que a pobreza produzia espiritualidade e que Deus não
queria que o seu povo tivesse coisa alguma.
Sempre ouvi pregadores dizerem, "Eu não quero nenhum destes bens mundanos,"
porque eles pensavam que havia alguma coisa errada com os bens deste mundo.
Mas o Salmo 50 prova por que não é errado ter os bens deste mundo.
Salmo 50.10,12
10 Pois são MEUS todos os animais do bosque e as alimárias ao milhares sobre
as montanhas.
12 Se eu tivesse fome, não to diria, pois O MUNDO É MEU e quanto nele se
conté.
Marque estes versículos em sua Bíblia. Medite sobre eles e confesse-os.
O Senhor mostrou-me estes versículos porque ele teve que endireitar a minha forma de
pensar. Eu pensava que era errado ter qualquer coisa. Eu pensava que uma pessoa tinha que
viver com o fundo das suas calças desgastado, a parte de cima do seu chapéu estragada, e os
solados do seus sapatos cheios de buracos, morando no final da Rua Indo-de-Mal-a-Pior ao
lado do Beco da Murmuração.
Este é o tipo de pensamento que muitas pessoas no mundo cristão tem hoje. Mas elas
não estão pensando em linha com a Palavra de Deus.
Infelizmente, cristão demais (inclusive pregadores) lembram-me pequenos passarinhos
que acabaram de nascer, sentados no ninho, com os olhos fechados e a boca escancarada,
esperando que a mamãe venha e os alimente. Eles engolirão qualquer coisa que for
empurrada na boca deles. Muitas pessoas na igreja passaram por uma lavagem cerebral
religiosamente em vez de terem sido ensinadas à luz do Novo Testamento. Sem saber o que
a Bíblia diz, e tendo um discernimento espiritual limitado, eles são agitados por todo vento
de doutrina.
Assim, com o tempo, até mesmo ensinamentos errados transformam-se em tradições
que não são mudadas facilmente. Elas são transmitidas de uma geração para outra, e a nova
geração aceita o erro sem questioná-lo porque "foi assim que nós sempre acreditamos".
Aprenda a Pensar em Linha Com a Palavra de Deus
Você vê, muitas vezes, o nosso pensamento está errado. Não está em linha com a Bíblia.
E se o nosso pensamento está errado, então nossa crença será errada. E se nossa crença
estiver errada, então nossa maneira de falar será errada.
Você tem que ter os três -- seu pensamento, sua crença, e sua fala -- sincronizados com
a Palavra de Deus.
Deus nos deu sua Palavra para que endireitemos nossa maneira de pensar. No meu caso,
Deus sabia que meu pensamento estava errado, porque, como eu disse, na denominação da
qual eu fazia parte, nós éramos ensinados que era errado ter qualquer coisa. Eu comecei
meu ministério nesta denominação em particular, e eles eram excepcionais ao orarem pelo
pastor: "Senhor, você o mantém humilde, e nós o manteremos pobre. Amém." E eles
pensavam que estavam fazendo um favor a Deus!
Então em 1937, eu fui batizado no Espírito Santo e falei em outras línguas. Eu recebi o
"pé esquerdo da comunhão" por parte da minha denominação e vim para o meio do povo
pentecostal. Estes eram dobrados em usa maneira de orar pelo pastor. Em outras palavras,
eles oravam duas vezes mais dizendo: "Senhor, você o mantém humilde, e nós o
manteremos pobre. Amém"!
O Que a Palavra de Deus Diz?
A idéia de que Deus quer os seus filhos pobres, sem ter bens materiais, é totalmente
antibíblica. A Bíblia tem muito a dizer sobre dinheiro -- sobre o seu recebimento para suprir
necessidades pessoais e para ofertar no suporte da obra de Deus e abençoar outras vidas.
É significativo que por toda a Bíblia muitos servos de Deus tenham sido ricos. Eu
também não estou falando simplesmente sobre ser espiritualmente próspero. Eu quero dizer
rico financeiramente! A Bíblia diz que "Era Abraão muito rico; possuía gado, prata e
ouro" (Gênesis 13.2). Este versículo não requer muita interpretação, requer?
Primeira Reis capítulo 10 nos conta da rainha de Sabá que veio para visitar o Rei
Salomão para ver se ele era tão sábio e grandioso como ela tinha ouvido falar. Depois de
testá-lo, fazendo-lhe muitas perguntas difíceis, ela disse: "Eu,
contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos. Eis que
não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi" (!
Reis 10.7).
Jó também era muito rico. a Palavra de Deus diz: "Possuía sete mil ovelhas, três mil
camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numero o
pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente" (Jó
1.3). Durante as provas e sofrimentos que ele passou, Jó perdeu sua grande riqueza. Mas
Deus restaurou as riquezas de Jó! Como eu sei? A Bíblia diz: "Assim, abençoou o Senhor o
último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil
camelos, mil juntas de bois e mil jumentas" (Jó 42.12).
Em Segunda Crônicas 26.5, nós lemos que enquanto o Rei Uzias buscou o Senhor, Deus
o fez prosperar. Parece claro que Deus não é contra a prosperidade; se não fosse assim, ele
estaria violando os seus próprios princípios quando prosperou a Uzias e outros.
É importante compreender que Deus não é contra a riqueza e a prosperidade. Mas ele é
contra o fato de as pessoas serem avarentas.
Qualificações Para se Andar em Prosperidade
Deus quer fazer seus filhos prosperarem. Ele está preocupado conosco e quer que
tenhamos coisas boas na vida. Ele disse em sua Palavra: "Se quiserdes e me ouvirdes,
comereis o melhor desta terra" (Isaías 1.19). Mas Deus não quer que ponhamos o "comer o
melhor desta terra" em primeiro lugar.
Moisés foi um exemplo de alguém que não pôs as coisas materiais em primeiro lugar.
Por exemplo, Moisés, que fora criado por uma Egípcia, recusou ser chamado filho da filha
de Faraó quando ele cresceu.
Hebreus 11.24-26
24 Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha
de Faraó,
25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres
transitórios do pecado;
26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os
tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.
Pense sobre o que Moisés recusou! Ele era o filho da filha de Faraó -- e ele estava na
fila para o trono! Moisés tinha prestígio, honra e riqueza. Ele tinha todas as coisas que o
mundo tinha a oferecer. Contudo, Moisés considerou o opróbrio de Cristo por maiores
riquezas do que os tesouros do Egito. Moisés via uma diferença entre o povo de Deus e o
povo do mundo.
Algumas pessoas estão mais interessadas em ganhar dinheiro do que em servir a Deus.
Mas as coisas espirituais devem vir em primeiro lugar se você quer ser espiritual. Você
deve estimar as coisas de Deus - as coisas espirituais - mais do que as coisas terrenas.
Uma qualificação para se prosperar é estimar as coisas terrenas superficialmente. Você
não pode por as coisas terrenas acima das coisas espirituais e esperar prosperar como Deus
deseja que aconteça com você.
Não, não é errado ter dinheiro. Errado é o dinheiro ter você. É errado que o dinheiro
seja seu dono ou senhor, ou que você consuma o dinheiro em suas próprias cobiças.
Deus quer que você prospere financeiramente! Mas sua prosperidade depende da sua
atitude em por as primeiras coisas primeiro. Existem algumas qualificações envolvidas.
No Antigo Testamento, Deus disse aos Israelitas para guardarem seus estatutos e
andarem em seus mandamentos (Deuteronômio 28). Deus deseja o mesmo para nós hoje.
Por a Palavra de Deus em primeiro lugar e andar na verdade é prosperidade espiritual.
Sob a inspiração do Espírito Santo, João escreveu: "Amado, acima de tudo, faço votos
por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma" (3 João 2). Nos próximos
dois versículos, João continua dizendo que não tinha maior prazer do que ouvir que o povo
de Deus está de fato andando na verdade da Palavra de Deus.
Deus disse aos Israelitas: "Dai ouvido aos meus mandamentos e guardai os meus
estatutos. Façam o que é reto à minha vista, e eu tirarei as enfermidades do meio de vós, e
o número dos teus dias eu cumprirei" (Êxodo 15.26; 23.26). Ele está falando sobre
prosperidade física ou cura divina e saúde.
O Senhor também falou com os Israelitas sobre os seus "cestos e sumprimentos" serem
abençoados, seus celeiros serem cheios, e sobre eles serem cabeça e não calda
(Deuterônomio 28.1-14; Provérbios 3.10). Isto é prosperidade material. Mas observe que a
prosperidade física e material deles dependeria de sua prosperidade espiritual.
3 João 2
Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é
próspera a tua alma
João está falando sobre prosperidade financeira ou material, prosperidade física, e
prosperidade espiritual. Observe que a prosperidade material e física são dependentes da
prosperidade espiritual.
Ponha as Primeiras Coisas Primeiro
O Salmo 1 é tão bonito e ainda por cima confirma que Deus quer que seu povo
prospere.
Salmo 1.1-3
1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2 Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo,
dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem
sucedido.
Então, você vê, Deus quer que nós prosperemos. Contudo, temos a necessidade de
avaliar as coisas como devem ser avaliadas - estimar as coisas terrenas superficialmente e
por as primeiras coisas primeiro.
As pessoas poderiam ter fé para cura ou para qualquer outra coisa que a Palavra de
Deus promete - prosperidade, uma família saudável e feliz, longa vida - se eles
simplesmente colocassem as primeiras coisas primeiro.
Determine em seu coração de por as coisas espirituais em primeiro lugar e de estimar as
coisas terrenas superficialmente. Ponhas Deus primeiro, mesmo antes de você mesmo. Você
será abençoado espiritualmente, fisicamente, e de todas as formas - você e sua família
também.
O Melhor Desta Terra
Eu deixei minha última igreja em 1949 e entrei no que chamamos de ministério de
campo. Eu ia de igreja em igreja realizando conferências de reavivamento. Já estava neste
ministério por um ano, quando me apossei *I got hold of do versículo que diz, "se quiserdes
e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra" (Isaías 1.19). Mas, rapaz, com certeza eu não
estava comendo o melhor desta terra!
Eu tinha acabado com meu carro de tanto usá-lo. Tive que vendê-lo para a sucata. Eu
tinha três dívidas (*three notes) com três bancos diferentes, e ao vender o carro eu consegui
apenas o suficiente para pagar as dívidas (*to pay the interest on the notes), renová-las, e
comprar para as crianças algumas roupas novas.
Eu escrevi tudo isso em um papel, e me dirigi ao Senhor em oração sobre minha
situação financeira. Eu estava longe de casa ministrando em um evento. Eu estava jejuando,
e todo dia eu falava com o Senhor sobre a minha situação.
Eu disse, "Senhor, você sabe que eu te obedeci quando você me disse para deixar aquela
igreja que eu estava pastoreando e entrar no ministério de campo. Eu fiz o que você disse
para fazer. E você disse: Se você quiser e me obedecer, você comerá o melhor desta terra."
"Ora, Senhor, aqui está o que minha igreja me pagava, além disso eles mobiliaram a
casa pastoral - a melhor casa pastoral na qual já moramos. Todas as despesas domésticas
eram pagas, e provavelmente metade do que comíamos já estava pago porque as pessoas
constantemente traziam alimento para nós na casa pastoral."
E então eu disse ao Senhor, "Eles também nos enviavam para toda convenção que
precisávamos ir. A igreja pagava nossa ida e nossa volta, e muitas vezes, eles compravam
um terno novo para mim e um vestido novo para minha esposa." Eles queriam que
fôssemos para aquelas convenções com boa aparência porque nós éramos seus
representantes.
Eu mostrei ao Senhor o quadro que eu tinha escrito. "Mas agora, Senhor," eu continuei,
"está é minha renda bruta para este ano (*gross income for this year). Aqui está cada
centavo que recebi este ano." Era U$ 1.200 a menos em dinheiro vivo (*actual cash) do que
eu tinha recebido no ano anterior.
Além disso, agora eu tinha que pagar minhas despesas de viagem, meu próprio aluguel,
e despesas domésticas unicamente do dinheiro que eu recebia dos eventos em que eu
ministrava no campo. Além disso, eu tinha que pagar por minhas despesas para ir as
convenções que eu precisava participar.
Então, você vê, tudo isso tirava um bom pedaço do meu salário - quase a metade dele
Eu acrescentei, "Senhor, você vê quão melhor eu estaria se tivesse permanecido onde eu
estava? E eles queriam que eu ficasse. A diretoria da igreja disse: Irmão Hagin, se você
permanecer conosco, nós faremos uma votação para que você seja o pastor indefinidamente.
Simplesmente fique por aqui até Jesus voltar."
Realmente, eu teria gostado de ter feito isso, porque nós estávamos na situação mais
confortável que já tínhamos experimentado em todos os nossos anos de trabalho pastoral.
Estávamos morando na melhor casa pastoral. Estávamos recebendo o maior salário que
já tínhamos tido. A igreja estava indo bem. Mas o Senhor disse: "Saia, " então eu sai.
Eu disse, "Agora, Senhor, eu te ouvi, eu te obedeci. Se você não tivesse falado comigo,
eu estava perfeitamente satisfeito do ponto de vista natural em permanecer onde eu estava."
(Eu disse do ponto de vista natural, não do ponto de vista espiritual, porque quando somos
espirituais, nós queremos obedecer a Deus. Mas a carne nem sempre está querendo.)
Eu disse ao Senhor, "Eu te obedeci. Mas agora nós estamos morando em um
apartamento de três quartos. Meus filhos não estão acomodados adequadamente. Eles não
estão vestidos adequadamente. Eles não estão se alimentando adequadamente. Com certeza,
não estamos comendo o melhor desta terra."
Você Deve Querer e Obedecer
Eu estava dizendo isto ao Senhor e citando Isaías 1.19. E por volta do terceiro dia, o
Senhor falou comigo exatamente da mesma forma que ele fala com outros crentes - nós a
chamamos de voz mansa e suave. Ele disse: "A razão pela qual você não está comendo o
melhor desta terra é que você não está qualificado."
Eu disse, "O que você quer dizer com, eu não estar qualificado? Eu te obedeci. Aquela
passagem diz que se quiserdes e me ouvirdes....."
"É isto o que ela diz," o Senhor respondeu. "Você está qualificado na questão da
obediência, mas você não está qualificado no que diz respeito ao querer. Então você não
está qualificado."
Não me importo de dizer-lhe antecipadamente que a Palavra de Deus é sempre
verdadeira! A Bíblia diz que, "...seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem..."
(Romanos 3.4). E se você não está comendo o melhor desta terra, deve ser porque você está
qualificado.
Então o Senhor me disse: "Sim, você me obedeceu, tudo bem, em deixar aquela igreja,
mas você não estava querendo."
Agora não venha me dizer que leva muito tempo para ficar querendo. Eu sei que não!
Quando o Senhor me disse aquilo, eu fiquei querendo em dez segundos! Eu simplesmente
fiz um pequeno ajuste em meu espírito. Então eu disse, "Senhor, agora eu estou pronto.
Estou pronto para comer o melhor desta terra. Estou querendo. Eu sei que estou querendo.
Você sabe que estou querendo. E o diabo sabe que estou querendo."
Claro, que uma das partes de se estar querendo e ser obediente é manter o seu coração
puro. Deus vê o coração do homem, e ele sabe quais atitudes o estão motivando (1 Samuel
16.7). Se a motivação de uma pessoa não for correta, ele precisa se arrepender e fazer os
ajustes necessários. Deus não irá abençoar alguém cujos motivos são impuros. Não, essa
pessoa tem que estar querendo e ser obediente e ter as motivações corretas.
Eu arrumei a parte do querer e obedecer. E eu sabia que tinha a motivação correta. Mas
por outro lado, se fosse para eu comer o melhor desta terra, o Senhor ainda tinha que mudar
minha forma de pensar. Meus pensamentos tinham que ser endireitados e ficar em linha
com o que a Palavra diz sobre o assunto da prosperidade.
Estas são algumas das razões porque as pessoas não estão comendo o melhor desta
terra. E poderia ser simplesmente porque elas não estão permanecendo na Palavra de Deus -
o Livro que as diz como fazer isso!
Capítulo 2
Nossa Autoridade na Área das Finanças
A medida que espeara diante do Senhor no que diz respeito as minhas fianças, gastando
tempo na Palavra com oração e jejum, ele me disse: "Volte para o livro dos começos".
Agora que eu estava querendo e ouvindo, ele estava me mostrando como endireitar
meus pensamentos. Eu sabia o que ele queria dizer quando falava livro dos começos - ele
estava falando sobre o livro de Gênesis.
O Senhor continuou a dizer-me que ele fez o mundo e toda a sua plenitude. Ele o criara.
Ele me disse: "Então, eu criei o meu homem, Adão". E o Senhor viu que não era bom para o
homem ficar só, então ele criou Eva.
O Senhor disse a eles: "Dou-vos domínio sobre todas as obras das minhas mãos"
(Genêsis 1.26,28). Sobre quanto? Sobre todas as obras das suas mãos!
Genêsis1.1,26-30 (pág. 18)
26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; TENHA ELE DOMÍNIO sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e SOBRE TODOS OS
REPTÉIS QUE RASTEJAM PELA TERRA.
27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou.
28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e
sujeitai -a; DOMINAI sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e SOBRE
TODO ANIMAL QUE RASTEJA PELA TERRA.
29 E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se
acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê
semente; isso vos será para mantimento.
30 E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da
terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E
assim se fez.
Depois que o Senhor mostrou-me estas passagens no Salmo 50.10-12 e Gênesis capítulo
1, ele disse: "Há outra passagem que diz, Minha é a prata, meu é ouro, diz o Senhor dos
Exércitos" (Ageu 2.8). Então ele falou: "São todos meus, não porque estão em minha posse,
mas porque eu os criei".
"Mas para quem você acha que eu criei as alimárias aos milhares sobre as montanhas?
Para quem você acha que eu criei a prata e o ouro?"
"Para quem você acha que eu criei o mundo e toda a sua plenitude? Para o diabo e sua
turma? Não. Eu os criei para o meu homem, Adão."
"Mas", o Senhor continuou, "meu povo tem um pensamento errado."
Veja, o diabo pode possuir uma boate, e ele e sua turma não se importam de gastar
milhares de dólares para por uma placa de anúncio iluminada para deixar que todo mundo
saiba o que aquilo é. Mas se alguém poe um anúncio bem feito no prédio da igreja, logo
aparece gente para falar contra isso. O diabo os tapeou.
Como o diabo e a sua turma pode ter a maior parte da prata e do ouro já que o Senhor os
fez para Adão? Você alguma vez já se questionou quanto a isso?
O Senhor disse, "a prata e o ouro não estão aqui para o diabo e sua turma. Eu criei todo
ouro e prata para o meu homem, Adão, mas, então, ele cometeu alta traição contra mim".
Adam vendeu-se! Cometeu traição. Ele entregou tudo a Satanás.
Lucas 4.5-8 (pág. 20)
5 E, elevando-o [a Jesus], mostrou-lhe, num momento, TODOS OS REINOS DO
MUNDO.
6 Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos,
PORQUE ELA ME FOI ENTREGUE, e a dou a quem eu quiser.
7 Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.
8 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele
darás culto.
Quando o Senhor criou Adão, Adão em certo sentido, era o deus deste mundo, porque
Deus criou o mundo e toda a sua plenitude e então o entregou ao domínio de Adão (Gênesis
1.26,28).
Mas nós lemos em 2 Coríntios 4.4 que Satanás é o deus deste mundo. Ora, só pra
começar, Satanás nem o deus deste mundo era. Então, como ele se tornou o deus deste
mundo? Adão cometeu traição e vendeu-se a ele. Adão não tinha o direito moral de
desobedecer a Deus e vender-se a Satanás, mas ele tinha o direito legal de fazer isso.
Observe Lucas 4.6 e 7. Sabemos que Adão entregou seu domínio a Satanás porque
Satanás disse a Jesus: "...Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, PORQUE
ELA ME FOI ENTREGUE, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares,
toda será tua."
Algumas pessoas dizem, "Ora, aquilo não era nem de Satanás para que ele pudesse dar."
Mas se não fosse de Satanás, aquilo não teria sido uma tentação para Jesus. E se não era
uma tentação, então por que a Bíblia diz que ele foi tentado (Lucas 4.2) ?
É ridículo pensar que Jesus não fora realmente tentado pelo diabo. Embora saibamos
que Jesus seja Deus, devemos também compreender que em sua humanidade, ele foi
tentado (Hebreus 4.15). Satanás mostrou a Jesus todos os reinos do mundo em um pequeno
instante e disse-lhe: "Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me
foi entregue." Quem a entregou a ele? Adão fez isso!
O Senhor disse-me tudo isso e o relacionou com fé para finanças. Enquanto eu estava
orando e esperando diante dele, ele me falou pelo Espírito Santo: "O dinheiro que você
precisa está aí embaixo na terra. Não está aqui em cima no céu. Eu não tenho um dólar
americano sequer aqui em cima. Não vou fazer chover dinheiro algum daqui do céu, porque
se eu o fizesse, seria falsificado."
Lucas 6.38
38 dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida,
transbordante vos darão; porque com a medida com que tiverdes
medido vos medirão também.
Você sabe que quando os homens dão a você Deus está por detrás disto, tudo bem,
mas o versículo diz, "... (os homens) vos darão..." Por isso o Senhor falou, "O dinheiro
que você precisa está aí embaixo. Não vou fazer chover dinheiro algum daqui do céu. Eu
não tenho dinheiro algum aqui em cima. Se eu fizesse chover dinheiro do céu, ele seria
falsificado. E eu não sou falsificador".
Depois o Senhor mostrou-me isto, ele disse, "O que quer que você precisar, é só
reivindicar (chamar a existência)."
Recebemos Autoridade em Cristo
A razão pela qual temos o direito de reivindicar o suprimento das nossas
necessidades, é que Jesus veio a terra e derrotou Satanás. Estamos no mundo, mas não
somos do mundo (João 15.19), contudo ainda temos que viver neste mundo. Então
devemos usar a autoridade que Deus nos deu para reforçar a derrota de Satanás e para
desfrutarmos as bênçãos de Deus que temos em Cristo, incluindo prosperidade
financeira.
Colossenses 1.12
12 dando graças ao Pai, que vos fez idôneos (ou capazes) À PARTE
QUE VOS CABE DA HERANÇA DOS SANTOS NA LUZ.
Esta é uma coisa que pertence a nós nesta vida!
Agora observe o próximo versículo. Aqui nesta vida é que está a herança dos santos
na luz que o Pai oferece como resultado da derrota de Satanás por Jesus.
Colossenses 1.13
13 Ele (o Pai) NOS LIBERTOU DO IMPÉRIO DAS TREVAS, e
NOS TRANSPORTOU PARA O REINO DO FILHO DO SEU
AMOR.
Veja que a passagem diz, "...nos LIBERTOU...." Em outras palavras, Jesus não irá
nos libertar; ele já nos libertou.
O resto daquele versículo diz, "...do PODER das trevas, e nos transportou para o
reino do filho do seu amor." Há várias palavras gregas diferentes que são traduzidas
como "poder" no Novo Testamento. Esta em Colossenses 1.13 significa autoridade.
Em outras palavras, Deus nos libertou da autoridade ou domínio das trevas. Ora, o
que é a autoridade ou o domínio das trevas? O reino de Satanás. Lembre-se do que Jesus
disse através do Apóstolo João em 1 João 5.19, "...o mundo inteiro jaz no maligno." Ele
está falando sobre morte e trevas espirituais.
Nós estamos no mundo, tudo bem. Mas nós não somos do mundo. O mundo inteiro
jaz no maligno, mas Deus nos libertou do poder das trevas, e nos transportou para o reino
do seu filho amado (Colossenses 1.13)! Esta é nossa herança!
Agora vejamos Colossenses capítulo 2.
Colossenses 2.13-15 (página 24)
13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela
incircuncisão da vossa carne, vos deu vida [ou fez viver] juntamente com ele
[Cristo], perdoando todos os nossos delitos;
14 tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de
ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na
cruz;
15 e, despojando [*put to nought ou reduzindo a nada] os principados e as
potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.
Aleluia! Nós somos os que triunfam por causa do que Jesus fez. Ele não fez isso
para ele mesmo; ele não precisa disso. O que Jesus fez, ele o fez por mim. Ele o fez por
você. Ele o fez por nós! Ele tornou-se o nosso Substituto. Ele tomou o nosso lugar. E
quando ele derrotou o inimigo, louvado seja Deus, foi creditado a nós que nele, nós
derrotamos o inimigo. Portanto, nós temos a autoridade para mandar Satanás tirar suas
mãos daquilo que nos pertence --- incluindo nossas finanças.
Contudo, tem gente por aí falando sobre a Igreja "Guerreira". Eles não sabem que
Jesus já arrasou Satanás!
"Sim," alguém disse, "mas você não sabe que Paulo disse a Timóteo para ser um bom
soldado (2 Timóteo 2.3)? Portanto, somos soldados, e estamos no exército."
Sim, mas este é um exército de ocupação! Em outras palavras, nós simplesmente
entramos em cena para manter *mopping up aquilo que Jesus já conquistou!
Você vê que Jesus expôs os principados e as potestades abertamente. Isto quer dizer
que ele os expôs diante dos três mundos -- Céu, Terra, e Inferno -- triunfando sobre estes
poderes na cruz (Colossenses 2.15)!
A Palavra declara que somos mais que vencedores e que nós temos vencido o mundo
por meio de Jesus Cristo. A Palavra declara que fomos resgatados da maldição da lei --
da pobreza, da enfermidade, e da morte espiritual.
A Palvara também diz que nós recebemos autoridade sobre o diabo no nome de Jesus
e que podemos usar esta autoridade e reivindicar o suprimento das nossas necessidades.
Então aprenda a pensar e falar em linha com o que a Palavra diz. Você pode ter o que a
Palavra diz que você pode ter, e você é quem a Palavra diz que você é. Você é nascido de
Deus!
1 João 4.4
4 Filhinhos, VÓS SOIS DE DEUS, e tendes vencido os falsos
profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que
está no mundo.
Ora, no Antigo Testamento, há páginas inteiras somente com genealogias -- e era
necessário para os Israelitas ter sua genealogia registrada. Havia páginas e páginas com
apenas "Fulano gerou Sicrano" (todos aqueles nomes que você dificilmente consegue
pronunciar!)
Depois de um tempo, você pode se cansar de ler todos aqueles nomes, e
simplesmente ter vontade de pular tudo aquilo e começar a ler alguma coisa diferente!
Mas no Novo Testamento, nós podemos escrever nossa genealogia em quatro
palavrinhas só: "Eu sou de Deus." Aleluia! Se você já nasceu de novo, diga em alta voz:
"Eu sou de Deus!" ( 1João4.4).
Olhe em João novamente, agora no terceiro capitulo.
1 João 3.1
Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos
chamados FILHOS DE DEUS; e, de fato, somos filhos. Por essa
razão, o mundo nào nos conhece, porquanto não o conheceu a ele
mesmo.
É isto o que nós somos! Sabemos exatamente quem nós somos. De acordo com a
Palavra, nós somos "de Deus"! Somos filhos de Deus. Somos novas criaturas em Cristo
Jesus. Seu Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Romanos
8.16)
Louvado seja Deus, "Filhinhos, sois de Deus..." (1 João 4.4). Esta é a nossa
genealogia.
Quem Nasce de Deus é Vencedor!
Dê uma olhada na próxima declaração de 1 João 4.4 "...e tendes vencido...." Vencido
o quê? Todos os demônios e espíritos malignos sobre os quais João falou no capítulo 3.
Ele estava dizendo, "Vós os tendes vencido".
"Ora, " alguém poderia perguntar, "se eu os venci, por que estou tendo tantos
problemas com eles?" Porque você não sabe que os venceu! E porque você não sabe
disso, você não age de acordo com esta realidade!
Veja que ele não disse que você irá vencê-los. Este versículo diz claramente que nós
já vencemos. Este tempo verbal é passado: "...TENDES vencido..." (1 João 4.4). Como
foi isso? Pelo que diz o resto desse versículo: vocês os venceram porque maior é aquele
que está em vós do que aquele que está no mundo!
1 João 4.4
4 Filhinhos, vós sois de Deus, e tendes vencido os falsos profetas,
PORQUE MAIOR É AQUELE QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE
AQUELE QUE ESTÁ NO MUNDO.
Paulo escreveu à igreja em Colosso e disse que "...Cristo em vós, (é) a esperança da
glória"(Colossenses 1.27).
Colossenses 1.27
27 Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a RIQUEZA DA
GLÓRIA DESTE MINISTÉRIO entre os gentios, isto é, Cristo em
vós, a esperança da glória.
Este é o mistério: Através do Esp'rito Santo, Cristo habita em nós, e nós somos o
Corpo de Cristo. Ele é a Cabeça, e nós somos o Corpo.
Agora, sua cabeça pode ter uma experiência e seu corpo ter outra? Não é impossível.
Da mesma forma, a vitória do Senhor Jesus é a nossa vitória. Quando ele venceu os
demônios e os espíritos malignos e os reduziu a nada, tudo isso foi creditado a nós. Veja
que está escrito: "[VÓS] os tendes vencido..."(1 João 4.4).
Então por que as pessoas tem tanto problema com os espíritos malignos? Por causa
de seus pensamentos errados! Elas não sabem que em Cristo, já venceram demônios e
espíritos malignos . E porque não sabem disso, não agem de acordo com esta realidade.
Mas crentes realmente tem autoridade sobre Satanás. Eles só precisam acreditar e
exercitar esta autoridade em todas as áreas de suas vidas, incluindo na área das finanças.
Jesus Destruiu as Obras do Diabo,
Incluindo a Carência e a Pobreza
Há outra passagem das Escrituras que nos ajudará em nosso pensamento a respeito
deste assunto.
1 Coríntios 2.4-6 (página 29)
4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem
persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de
Deus.
6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a
sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a
nada;
Lembre-se do que lemos em Colossenses 2.15: "E, despojando os principados e as
potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz."
Jesus despojou principados e potestades! Se você olhar nas margens de uma boa Bíblia
de referências, ela dirá que ele "reduziu os principados e potestades a nada ". Em outras
palavras, ele os reduziu a nada no sentido de serem capazes de nos dominar. *as far as their
being able to dominate us. Portanto, eles não podem nos dominar financeiramente também.
Já que estes principados e potestades estão destronizados, então por que eles ainda estão
governando o mundo? Porque o mundo não sabe que eles foram destronizados
*destituídos. Eles não tem conhecimento sobre o assunto, portanto, não podem agir em
linha com esta verdade!
Esta é a razão de Jesus ter dito que foi ungido pelo Espírito (e nós também fomos) para
pregar libertação!
Alguém perguntou: "O que você quer dizer com pregar libertação?"
Pregar aos cativos: "Vocês estão livres! Jesus libertou vocês! Estas potestades foram
reduzidas a nada! São potestades destronizadas!"
1 João 4.4
4 Filhinhos, vós sois de Deus, e TENDES VENCIDO os falsos profetas, porque
maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.
"Ora, eu estou tentando vencê-los", alguém disse.
Não, não tente. Simplesmente aceite pela fé o que Jesus fez. O que ele fez, ele o fez
por você! A vitória de Cristo é a sua vitória. Glória a Deus!
Exercitando Nossa Autoridade
Foi por isso que quando o Senhor me disse para reivindicar o dinheiro que eu
precisava, eu entendi o que ele queria dizer. Ele estava me dizendo para acreditar e
exercitar minha autoridade espiritual na área das finanças.
O Senhor tinha me dito, "O dinheiro que você precisa não está aqui em cima no céu.
Eu não tenho dinheiro algum aqui em cima. O dinheiro que você precisa está aí em
baixo. É Satanás que o está impedindo de chegar a você, e não eu."
"Satanás irá permanecer aí até que o tempo de arrendamento feito a Adão chegue ao
fim" (E então, graças a Deus, Satanás será posto no mais profundo abismo por um breve
tempo, e finalmente lançado no lago de fogo).
O Senhor me disse, "Não ore sobre dinheiro como você tem feito. O que você
precisar, reivindique em nome de Jesus. E então diga: Satanás, tire suas mãos do meu
dinheiro. E em seguida diga: Vão espíritos ministradores, e façam o dinheiro chegar".
Isto foi em 1950. E desde aquele dia, até hoje, não orei mais sobre dinheiro. Eu estou
falando para mim individualmente -- pessoalmente. Agora quando diz respeito ao Centro
de Treinamento Bíblico RHEMA, é uma coisa diferente. Nós apresentamos as
necessidades do centro de treinamento às pessoas para que nos ajudem, porque esta não é
uma responsabilidade apenas minha.
Da mesma forma com a igreja local. Não é a responsabilidade de uma pessoa só.
Todos nós devemos crer em Deus, não apenas o pastor.
Ainda assim, por outro lado, o pastor tem uma responsabilidade também, porque ele
está em autoridade. Ele tem que fazer algumas coisas e tomar certas decisões na igreja. E
esta é uma grande responsabilidade.
Anjos São Espíritos Ministradores
Em 1950 quando eu comecei a ver como a fé funcionava na área das finanças, foi
tudo novo para mim.
De fato, eu disse ao Senhor: "O que você quer dizer? Eu consigo entender a parte
sobre como podemos exercitar nossa autoridade sobre o inimigo, reivindicar as finanças
que precisamos, e dizer a Satanás: Tire suas mãos do meu dinheiro. Mas, o que você quer
dizer com a outra parte: Vão espíritos ministradores, e façam o dinheiro chegar?"
O Senhor disse: "Você nunca leu em minha Palavra onde diz que os anjos são
espíritos ministradores enviados para ministrar a serviço dos que são herdeiros da
salvação?" (Hebreus 1.14).
Por que eu pensava que dizia "ministrar a nós", eu tive que pegar minha Bíblia e lêla.
Não é estranho como podemos ler as Escrituras por anos e anos, e ler por cima das
coisas e não pegar o que a Palavra disse?
Hebreus 1.13,14
13 Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu
ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?
14 Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço A FAVOR
dos que hão de herdar a salvação?
Veja que o versículo 13 diz: "Ora, a qual dos ANJOS...." Então, ele está falando
sobre anjos. Agora veja o versículo 14: "Não são todos eles espíritos ministradores...?"
Agora veja o que diz: "Não são TODOS eles [Quantos deles? Todos eles] espíritos
ministradores...?"
São seres espirituais. Eles são "...espíritos ministradores, enviados para serviço A
FAVOR DOS QUE HÃO DE HERDAR A SALVAÇÃO" (Hebreus 1.14).
Ora, estes somos nós! Estes anjos são espíritos ministradores que são enviados para
serviço a nosso favor. A nosso "favor", significa que eles foram enviados para fazer
alguma coisa para nós!
Podemos dizer que no reino de Satanás, ele é o chefe. E, você sabe, todos os
demônios e os outros espíritos estão fazendo o trabalho dele. Você ouve o povo dizer
algumas vezes: "Satanás me influenciou a fazer aquilo". Ora, ele poderia até não estar ali
presente naquele momento, mas um dos seus embaixadores estava. Estes demônios e
espíritos malignos influenciam as pessoas. Eles influenciarão até cristãos, se os cristãos
deixarem.
Ora, assim como os espíritos demoníacos influenciam as pessoas, os bons espíritos
ou espíritos ministradores podem influenciar também
Eu Pus em Prática Aquilo que Recebi
Depois que o Senhor me mostrou isto, eu fui para a igreja onde eu estava ministrando
aqueles dias e fiquei lá em pé na plataforma. Serei honesto com você, como era uma
nova revelação para mim, meus joelhos estavam tremendo.
Eu estava tremendo, não porque estava com medo como alguém poderia ter medo de
uma cáscavel ou de uma tempestade braba. Eu estou falando sobre um temor santo,
reverente. Lembre-se que o apóstolo Paulo disse "E foi em... temor e grande tremor que
eu estive entre vós" (1 Coríntios 2.3). O que eu experimentei foi uma coisa inteiramente
diferente do medo atormentador. Foi um temor santo.
Veja, o que o Senhor me mostrara era novo para mim, e minha cabeça ficava me
dizendo: "Isso não vai funcionar". Eu simplesmente fiquei lá, em pé na plataforma, e
disse baixinho para mim mesmo: "Bem, agora vejamos. Eu preciso de U$ 150 por
semana para cobrir meu orçamento". (Não parece muito hoje em dia, mas era muito
naquela época).
Eu teria que estar naquela igreja por uma semana. Então eu disse, "em nome de
Jesus, eu reivindico U$ 150 para esta semana." E então eu disse, "Satanás, tire suas mãos
do meu dinheiro em nome de Jesus. E disse também: "Vão, espíritos ministradores, e
façam o dinheiro chegar". Foi isso -- foi tudo o que eu fiz.
Depois eu disse ao pastor, "Irmão, não faça qualquer pedido especial por dinheiro.
Quando você estiver pronto para tirar a minha oferta, simplesmente fale o mínimo a
respeito que você puder. Não fale muito sobre isso".
"Bem," o pastor me disse, "você conhece nosso costume. Nós tiramos uma oferta na
Terça, Sexta, e Domingo a noite para o evangelista. Estamos habituados a fazer os apelos
para as ofertas. Se eu disser apenas: Agora vamos tirar a oferta do irmão Hagin, e passar
a salva, você não vai receber mais do que 10 centavos".
Eu disse: "Se eu receber somente 10 centavos, você não vai me ouvir dizer nada
sobre o assunto."
Eu tinha pregado naquela mesma igreja um ano antes. Havia um pastor diferente
desta vez, e a outra única diferença na igreja era que eles tinham mais dois membros na
igreja esse ano do que tinham no ano anterior. A igreja tinha quase o mesmo tamanho.
Ninguém tinha sido salvo.
No último ano que eu tinha pregado naquela igreja, eles me pagaram U$ 57,15 por
semana, durante duas semanas. Um total de U$ 114,30. E quando me deram aquela
oferta, eles pensaram que tinham comprado a lua! *they thought they'd hung the moon
(pág 35)!
O pastor que estava lá naquela época tinha gastado trinta ou quarenta minutos para
conseguir aquela oferta, dizendo, "Quem dará mais um dólar?..." (Não me entenda mal.
Não há problema algum em agir assim quando o Senhor lhe guia a fazer isso. De fato, eu
já fui ungido algumas vezes para tirar tais ofertas.)
Mas agora que eu tinha percebido como a fé funcionava para as finanças, eu disse ao
pastor: "Não faça qualquer apelo para a oferta".
"Bem, hã... se é assim que você quer," o pastor disse.
"É assim que eu quero."
As reuniões tinham começado e estavam indo bem, e o pastor me perguntou: "Você
poderia ficar mais um tempo?"
Eu disse: "Eu participarei de um outro evento em breve, mas eu iria tirar um
tempinho extra entre os dois eventos para ir para casa".
Mas ao decorrer do tempo, ele me persuadiu a ficar até quarta feira a noite da semana
seguinte, o que nos deu um evento de mais ou menos 10 dias.
Então eu mudei a quantia de dinheiro que eu tinha reivindicado -- a quantia que eu
precisava para cobrir meu orçamento. Em vez de U$ 150, agora eu estava reivindicando
U$ 200. Eu não orei a respeito. Eu reivindiquei o que eu precisava em nome de Jesus, e
disse: "Satanás, tire suas mãos das minhas finanças." Então eu disse: "Vão, espíritos
ministradores, façam o dinheiro chegar."
Ao final do evento, o pastor contou as ofertas coletadas para mim, e descobriu que a
quantia que tinha entrado era de U$ 243,15! Ele estava espantado. "Isto supera qualquer
coisa que eu já tenha visto," ele disse. "Esta é a maior quantia que já conseguimos
coletar. E sem apelo -- apenas passamos a salva!"
Veja, minha experiência de entrar na prosperidade não aconteceu da noite para o dia.
Daquele tempo em diante, eu fazia o mesmo pedido a cada pastor para o qual pregava. O
resultado era o mesmo. Sem ênfase ou pressão, a quantia das minhas ofertas começaram
a crescer, e as necessidades da minha família e do meu ministério foram supridas.
Eu comeceu a por em prática a revelação que o Senhor me dera. Sempre que você
receber uma revelação de Deus, não saia correndo para pregá-la. Mesmo tendo o Senhor
me mostrado aquela revelação em 1950, eu não comecei a pregá-la até quatro anos
depois em 1954.
Prove Todas as Coisas
Se você receber qualquer revelação de Deus, amigo, verifique-a em linha com a Palavra
de Deus, e então ponha-a em prática para si mesmo antes de começar a pregá-la. Se não
funcionar para você, não funcionará para mais ninguém.
E não apenas isso, compartilhe também sua revelação com aqueles que estão sobre você
e que são mais maduros no ministério.
Em Dezembro de 1954, eu ministrei em um evento para o irmão A.A. Swift em Nova
Jersey, exatamente na outra margem do rio de Nova Iorque. Ele era um ministro das
Assembléias de Deus e presbítero executivo da denominação. Ele estava com os seus 70
anos naquela época e tinha servido como missionário na China. Posteriormente ele
supervisionou um escola Bíblica Pentecostal por aproximadamente dezessete anos.
Eu estive com o irmão Swift em sua casa pastoral e tive maravilhosos momentos de
comunhão com ele. Em respeito a sua maturidade e experiência, eu comecei a compartilhar
um pouquinho daquilo que Deus tinha me mostrado e colocado em meu coração. Depois de
um tempo, ele disse: "Eu vejo que o Senhor tem falado com você. Eu recebi essa revelação
em 1911 na China."
O irmão Swift pegou suas anotações sobre prosperidade e as deu a mim. Elas se
encaixaram perfeitamente com o que eu tinha recebido do Senhor. Posteriormente eu
escrevi um livro intitulado Redimidos da Miséria, da Enfermidade e da Morte, baseado em
parte nas excelentes notas de estudo que ele me deu.
Quando o evento na igreja do irmão Swift terminou e estávamos nos despedindo, este
respeitado homem de Deus me disse: "Irmão Hagin, pregue essa mensagem onde você for!"
Então eu comecei a incluir a mensagem sobre prosperidade em alguns dos cultos de
reavivamento que ministrei. Em alguns lugares, a mentalidade de pobreza era tão forte que
minha mensagem não era tão bem recebida. Mas em outros lugares, as pessoas ficavam
fascinadas e famintas pela exposição da Palavra sobre este assunto. Havia também grande
interesse entre alguns dos ministros que conheci.
Um pastor ouvia com atenção arrebatadora enquanto eu compartilhava o que Deus tinha
me revelado sobre como os crentes poderiam reivindicar as finanças que eles precisavam
baseados na Palavra de Deus. Ele era um cavalheiro idoso que tinha devotado sua vida ao
ministério. Na maior parte do tempo, ele e sua família tinha vivido em terrível pobreza, com
roupas surradas, um carro aos pedaços, e uma casa velha arruinada.
Enquanto eu falava, lágrimas saiam de seus olhos e corriam pelo seu rosto.
"Você vê, meu irmão?" Eu perguntei.
Ele balançou a cabeça suavemente e disse de forma melancólica: "Oh, irmão Hagin, eu
gostaria de poder acreditar que Deus queria que eu tivesse alguma coisa."
Quão Muito Mais
Eu gostaria que ele pudesse ter crido também. Ele era um bom homem, honesto e
sincero. Quem sabe o que ele poderia ter sido capaz de fazer para o Reino de Deus se ele
tivesse tido mais recursos?
Eu pensei sobre o que Jesus disse no Sermão da Montanha. "Ora, se vós, que sois maus,
sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, QUANTO MAIS vosso Pai, que está nos céus,
dará boas coisas aos que lhe pedirem?" (Mateus 7.11).
Quantos pais querem que seus filhos tenham uma vida arrasada pela miséria, carente e
necessitada? Não, os pais trabalharam até perderem os dedos para que seus filhos tenham
uma educação melhor, recebam um cuidado especial, e tenham mais do que os próprios pais
tiveram. Eles querem que seus descendentes tenham coisas boas. Jesus disse: "Vocês acham
que Deus fará menos pelos seus filhos que um pai terreno? Não, ele dará boas coisas
aqueles que lhe pedirem."
A fé em Deus e em sua Palavra que tem ações correspondentes, sempre trará os
resultados. Eu poderia contar-lhe história após história de como a Palavra funcionou para
mim mesmo em meio a circunstâncias terríveis.
No entanto, existe o lado humano e o lado divino para o recebimento das bênçãos de
Deus. Você lembra que lemos Isaías 1.19: "Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor
desta terra."
Antes de você poder exercitar efetivamente sua fé por finanças ou por quaisquer outras
bênçãos de Deus, você deve estar querendo e ouvindo (ou obedecendo). Então você deve
pensar e crer em linha com a Palavra de Deus e andar à luz desta Palavra. Quando você
fizer isto, sua fé trará a manifestação o que Deus providenciou para você em seu grande
plano de redenção.
Capítulo 3
Jesus Era Pobre?
Um dos argumentos usados por aqueles que se opõem a idéia da prosperidade material
para os cristãos é que Jesus foi pobre durante o tempo em que viveu sobre a terra. Dizem
que ele viveu uma vida empobrecida desde o momento que nasceu em um estábulo e foi
colocado em uma manjedoura, durante todo o seu ministério quando ele nem sequer tinha
uma casa, até quando foi crucificado e sepultado em sepulcro emprestado.
A idéia da pobreza de Jesus tem sido repetida tão freqüentemente e contada por tanto
tempo que a maioria das pessoas nunca parou para questiona-la e ver se é biblicamente
válida. Mas isso não faz com que esta idéia seja certa. De fato, eu creio que este ensino
comumente aceito é totalmente contrário ao ensino claro das Escrituras.
A verdade é que de forma alguma Jesus viveu uma vida “destituída, inferior, indigente,
necessitada, empobrecida, fraca, insignificante, carente, insuficiente”. Todos estes termos
são usados na definição do significado da palavra “pobre.”
Sim, na noite que Jesus nasceu, José e Maria tiveram que se abrigar em um estábulo.
Eles envolveram Jesus em panos *swaddling clothes e o deitaram em uma manjedoura. Mas
em lugar algum dos registros bíblicos diz-se que eles estavam no estábulo porque não
tinham dinheiro suficiente para alugar um quarto.
Naqueles dias em particular, muitas tinham convergido para a pequena cidade de Belém
para o recenseamento decretado pelo imperador romano, César Augusto, que havia lugar
nas hospedarias. Em outras palavras, no momento em que José e Maria chegaram, todos os
hotéis tinham um aviso de Vagas Esgotadas. Então, não haver lugar disponível na
superlotada cidade de Belém certamente não foi uma indicação de pobreza.
Outra coisa, vamos dar uma olhada nas duas passagens principais usadas para tentar
comprovar a idéia de que Jesus era pobre.
Lucas 9.58
58 Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do
céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a
cabeça.
2 Coríntios 8.9
9 Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo
rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos
tornásseis ricos.
O versículo em Lucas é freqüentemente interpretado como se Jesus tivesse tido uma
vida tão desprovida que nunca chegara a possuir uma casa ou mesmo um lugar para ficar
depois que começou seu ministério terreno. Nós veremos o verdadeiro significado deste
versículo um pouco depois ainda neste capítulo.
Quando Jesus Se Fez Pobre?
A passagem em Segunda Coríntios declara inegavelmente que Jesus se fez pobre e
experimentou a pobreza. Mas quando? Foi durante toda sua vida terrena? durante seus anos
de ministério? Exatamente quando Jesus se fez pobre?
Eu quero lhe dizer que Jesus não foi um homem pobre durante os trinta e três anos de
sua vida terrena, incluindo os três anos de seu ministério terreno. Ele se fez pobre na cruz
quando ele se tornou nosso substituto e pagou a penalidade e o preço por nosso pecado.
Isaías 53, o mais importante capítulo da Bíblia sobre a substituição, fala sobre como
Jesus levou os nossos pecados e tudo o que estava relacionado a eles. Jesus levou sobre si o
que era nosso para que pudéssemos levar aquilo que era dele.
Isaías 53.4-6,10
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
10 Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele
a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os
seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
A palavra traduzida “paz” no versículo 5 é a palavra hebraica “shalom,” que tem as
seguintes significações e conotações: seguro, bem, feliz, bem-estar, saúde, prosperidade, e
descanço. Em outras palavras, esta passagem nos mostra que Deus permitiu que Jesus
levasse nossos pecados e enfermidades para que pelas suas pisaduras, nós pudéssemos ter
cura, paz, segurança, bem-estar, felicidade, descanso e prosperidade.
Existem outros versículos importantes a se considerar que também falam sobre a
“substituição.”
2 Coríntios 5.21
21 Aquele que não conheceu pecado, ele [Deus] o fez pecado por nós; para que,
nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Gálatas 3.13,14
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em
nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em
madeiro),
14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de
que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
No Calvário, Cristo tomou a enfermidade para nos prover saúde. Ele foi feito pecado
para que pudéssemos ser feitos a justiça de Deus. Ele foi feito maldição para que
pudéssemos receber a bênção.
Vejamos novamente em Segunda Coríntios 8.9 Pois conheceis a graça de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos
tornásseis ricos.
Vemos que por meio de seu sacrifício na cruz, Jesus levou nossa pobreza para nos
prover as riquezas de sua graça. Ele se tornou pobre para que pudéssemos ser ricos, que
significa ter provisão abundante!
Quando Jesus levou nosso pecado, enfermidade, maldição e pobreza? Na cruz! Ele fez
isso para que pudéssemos receber saúde, justiça, bênção, e prosperidade. Ele tomou a
punicão que era nossa para que pudéssemos receber as bênçãos que eram dele.
A razão pela qual eu tenho tanta certeza de que é isso o que as Escrituras estão dizendo
é que os Evangelhos, quando devidamente examinados e bem manejados, não retratam
Jesus como um indivíduo abatido pela pobreza. Pelo contrário, Jesus é visto como um
homem cujas necessidades eram supridas e que estava regularmente envolvido no
suprimento das necessidades de outros.
Tesouros Como Oferta
Vamos começar bem do início da vida de Jesus. Ainda como bebê, Jesus recebeu alguns
presentes muito caros e valiosos por parte dos sábios, ou magos, que viajaram da Pérsia
para encontrar e adorar o recém nascido “Rei dos Judeus” cuja estrela eles tinham visto no
oriente. A bíblia deixa muito claro que os presentes que eles trouxeram para ofertar a Jesus
não eram meras bugigangas ou bijuterias baratas.
Mateus 2.11
11 Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o
adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro,
incenso e mirra.
Outras traduções do mesmo versículo confirmam que os sábios trouxeram presentes
ricos e valiosos. A tradução de Williams fala sobre seus “sacos de tesouros,” e a Bíblia
Amplificada diz “bolsas de tesouros.” A tradução da Linguagem Moderna diz “caixas de
tesouros, ” O Novo Testamento do Século Vinte diz “tesouros,” enquanto que a tradução de
Knox fala sobre “estoque de tesouros.”
Herodes, o rei, a quem as autoridades romanas tinham permitido ser o soberano dos
judeu no local, ficou muito ciumento e cheio de suspeitas quanto ao rei recém nascido que
possivelmente um dia o destronaria. Então, ele ordenou o assassinato de todas as crianças
do sexo masculino na região de Belém que tivessem dois anos ou menos.
Sendo avisado por um anjo em sonho, José pegou Maria e o bebê Jesus e fugiu a noite,
fazendo a longa jornada para o Egito. Então é possível -- até mesmo provável -- que a
“prosperidade” dos presentes dos sábios tenham assistido a família de Jesus na mudança par
ao Egito e talvez em seu sustento por todos os meses que eles estiveram lá.
Jesus Tinha Parceiros no Ministério
Quando Jesus lançou-se em seu ministério público, ele chamou doze discípulos para
viajarem com ele. Por três anos, ele e o seu pequeno bando viajaram por toda a Palestina,
através da região da Galiléia, desde o Rio Jordão até os outeiros da Judéia, e também
Jerusalém.
Mesmo naqueles dias, quando viajar significava caminhar ou montar algum animal,
algumas vezes dormir a céu aberto ou procurar abrigo em casa de amigos, manter todas
aquelas pessoas na estrada deve ter envolvido gastos consideráveis. Alimento e vestes para
doze ou mais pessoas, um dia após o outro, semana após semana, requeria que Jesus tivesse
condições financeiras suficientes para pagar os custos.
De onde vinha o dinheiro? A Bíblia nos conta que Jesus tinha parceiros ministeriais que
ajudavam a prover-lhe o sustento.
Lucas 8.1-3
1 Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em
aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam
com ele,
2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e
de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;
3 e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as
quais lhe prestavam assistência com os seus bens.
Observe como se encontra o versículo 3 em algumas outras traduções.
A versão Wuest diz, “...e outras, muitas delas, que eram de uma natureza tal que
mantinham-nos supridos com comida e em outras necessidades da vida por meio de suas
próprias posses.” A tradução de Williams diz “...e muitas outras mulheres, que continuavam
a contribuir em suas necessidades por meios pessoais.” A tradução de Phillips diz, “...e
muitas outras que costumavam cuidar do seu conforto [de JESUS] a partir dos seus próprios
recursos.”
Isto soa como se Jesus e seus discípulos fossem pobres e destituídos, um bando de
mendigos viajantes em pele e osso, que viviam à margem da sociedade? *hand-to-mouth
*lived off the land. Absolutamente, não! Suas necessidades eram supridas através da
generosidade de muitos parceiros que mantinham o ministério de Jesus financeiramente de
forma fiel e consistente.
Jesus Não Tinha Onde Morar?
Contrariamente ao pensamento tradicional, Jesus tinha sim um lugar para sua
residência. A passagem mais freqüentemente citada pelas pessoas na tentativa de provar que
Jesus nunca teve uma casa ou uma residência se encontra em Lucas capítulo 9. Leiamos
todos os versículos relacionados em contexto.
Lucas 9.51-58
51 E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao
céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém
52 e enviou mensageiros que o antecedessem. Indo eles, entraram numa aldeia
de samaritanos para lhe preparar pousada.
53 Mas não o receberam, porque o aspecto dele era de quem, decisivamente, ia
para Jerusalém.
54 Vendo isto, os discípulos Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que
mandemos descer fogo do céu para os consumir?
55 Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que
espírito sois.
56 Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas
para salvá-las. E seguiram para outra aldeia.
57 Indo eles caminho fora, alguém lhe disse: Seguir-te-ei para onde quer que
fores.
58 Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu,
ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
Lendo em contexto, podemos perceber que no versículo 58 Jesus estava simplesmente
dizendo, “Neste momento em minha vida, eu estou com pressa *on the move. Estou
seguindo em meu caminho para cumprir minha missão. Não estou me estabelecendo aqui
em baixo na terra, mas estou em meu caminho, prestes a ser tomado para o Céu.”
Observe que existem outras passagens que parecem indicar que Jesus tinha realmente
uma casa ou residência.
Mateus 4.12,13
12 Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galiléia;
13 e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos
confins de Zebulom e Naftali;
A tradução de Williams no versículo 13 diz, “Mas ele deixou Nazaré e fez o seu lar em
Cafarnaum...” Wuest coloca da seguinte forma o mesmo versículo: “E tendo abandonado
Nazaré... ele estabeleceu sua moradia permanente em Cafarnaum...”
Agora veja Mateus 9.1. Diz, “Entrando Jesus num barco, passou para o outro lado e foi
para a sua própria cidade.”
Williams traduz este versículo assim: “E ele entrou em um barco e atravessou para o
outro lado, e foi para sua cidade natal.” A versão de Wuest diz, “E tendo ido de barco,
atravessou e entrou em sua própria cidade.”
Como alguém tem sua “cidade natal” e sua “própria cidade” a não ser que ele more lá?
E como ele mora lá a não ser que tenha um lugar pra morar?
Marcos 2.1 também é muito interessante. Está escrito “Dias depois, entrou Jesus de
novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa.”
Na versão de Williams, este versículo está assim, “Depois de alguns dias ele voltou a
Cafarnaum, e disseram que ele estava em casa.” A tradução de Wuest diz, “E tendo
novamente entrado em Cafarnaum, depois de alguns dias ouviu-se de que ele estaria em
casa.”
Jesus não poderia “ir pra casa” ou mesmo as pessoas dizerem sobre ele que “estava em
casa” se ele não tivesse tido uma casa.
O argumento de que Jesus não tinha casa não pode ser usado como prova da pobreza de
Jesus porque as Escrituras indicam que Jesus de fato teve uma casa.
Pescando Ouro
Existem outras indicações bíblicas de que Jesus não viveu uma vida assolada pela
pobreza. Por exemplo, quando era necessário, o poder milagroso de Deus operava através
de Jesus para suprir suas necessidades e as necessidaddes materiais de outros.
Mateus 17.24-27
24 Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o
imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas
dracmas?
25 Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou,
dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou
tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?
26 Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os
filhos.
27 Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o
primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter.
Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti.
Duas outras passagens em Mateus também ilustram o poder de Deus que opera milagres
para prover às necessidades materiais das pessoas. Mateus 14.15-21 nos mostra a história da
alimentação de cinco mil homens com cinco pães e dois peixes. Mateus 15.32-39 relata a
história da alimentação de quatro mil homens com sete pães e poucos peixes.
Durante seu ministério na terra, Jesus demonstrou repetidamente que os recursos
necessários para suprir cada necessidade estavam disponíveis a ele.
Dando Assistência aos Pobres
Uma outra razão pela qual eu creio que Jesus era próspero é que a Bíblia indica que o
ministério de Jesus dava assistência financeira aos pobres regularmente.
O relato do apóstolo João sobre a última ceia é uma das passagens mais tocantes e mais
poderosas do Novo Testamento, cheia de eventos importantes e significativos. O Capítulo
13 de João nos mostra Jesus lavando os pés dos seus discípulos, predizendo sua traição,
dando o novo mandamento de amar uns aos outros, e avisando Pedro de sua iminente
negação do Senhor.
Mas as pessoas algumas vezes ignoram três versículos muito importantes sobre Judas
que enfatizam o fato de que o ministério de Jesus tinha meios suficientes para assistir
financeiramente aos pobres -- aparentemente de uma forma regular.
Quando Satanás entrou em Judas e pôs em seu coração de trair Jesus, ele levantou-se
para sair. A história está em João 13.
João 13.27-29
27 E, após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O
que pretendes fazer, faze -o depressa.
28 Nenhum, porém, dos que estavam à mesa percebeu a que fim lhe dissera
isto.
29 Pois, como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe
dissera: Compra o que precisamos para a festa ou lhe ordenara que desse
alguma coisa aos pobres.
Por que os outros discípulos teriam pensado que Judas iria comprar alguma coisa ou dar
dinheiro aos pobres a não ser que fosse alguma coisa que ele já houvesse sido enviado a
fazer antes, ou talvez estivesse habituado a fazer aquilo regularmente? É óbvio que
nenhuma destas possíveis ações pareciam incomuns ou dignas de serem observadas pelos
onze, provavelmente indicando que eles tivessem visto as duas coisas acontecerem com
certa freqüência no passado.
Comprar provisões para uma festa e dar alguma coisa aos pobres eram, aparentemente,
acontecimentos comuns aos discípulos. E uma pessoa não pode fazer nenhuma destas duas
coisas sem ter dinheiro.
Judas o Tesoureiro
Sabemos que Jesus tinha, pelo menos, algum dinheiro, porque ele tinha um tesoureiro
que regularmente desviava o dinheiro dos fundos que eram confiados aos seus cuidados.
João 12.6 diz, “...tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava.”
A tradução de Williams de João 16.2 é “...como transportador da bolsa para os doze ele
tinha o hábito de tirar o que se colocava nela.”
Creio que é razoável assumir que pessoas pobres, sem um tostão, ou destituídas, não
tem um tesoureiro ou uma pessoa designada para carregar o seu dinheiro por aí. Jesus e os
discípulos tinham dinheiro suficiente que eles puseram alguém na responsabilidade de
manuseá-lo.
Além disso, o relato bíblico sugere que havia fundos suficientes na tesouraria que Judas
podia roubar algum de vez em quando sem ser percebido de imediatamente. Um tesoureiro
não poderia desviar dinheiro regularmente da bolsa a não ser que houvesse um suprimento
de dinheiro contínuo entrando ali. Se havia dinheiro suficiente na bolsa para que Judas o
desviasse regularmente e ainda ter o suficiente para manter o grupo, Jesus não pode ter sido
pobre.
Jesus Distinguiu-se dos Pobres
Durante uma visita a Betânia o lar de Lázaro, Marta e Maria, Jesus disse aos convidados
para a ceia, “porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me
tendes” João 12.8. Observe que Jesus não se chamou de pobre. Ele fez uma distinção clara
entre os pobre e ele mesmo.
Algumas pessoas tem pensado erroneamente que esta declaração implicasse que Jesus
estava dizendo que ajudar aos pobres não é importante. Contudo, a referência do Velho
Testamento que ele estava citando indica fortemente que não era isto o que Jesus queria
dizer. Deuteronômio 15.11 diz “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te
ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua
terra.”
De fato, Jesus estava dizendo “Sempre haverá pessoas pobres que precisam de ajudam,
e vocês deveriam ajudá-las o máximo que puderem. Mas eu vou estar por aqui apenas por
um curto espaço de tempo, e esta mulher [que tinha ungido seus pés com o bálsamo
precioso] aproveitou-se de uma oportunidade muito rara. Vocês sempre terão oportunidade
de judar os pobres, mas eu não estarei aqui por muito tempo.”
O ponto é que Jesus nem sequer uma vez identificou-se com um dos pobres. Ele não
disse “Sempre haverá pessoas pobres como eu”. Em vez disso, ele fez uma distinção clara
entre os pobres e ele mesmo.
Bálsamo Precioso
Encontramos outra indicação bíblica de que Jesus não era pobre no fato de que ele não
ficou um pouco sequer embaraçado quando aquele bálsamo que custava o salário de um ano
foi usado para ungir os seus pés.
Vamos examinar esta história conforme registrada no evangelho de João.
João 12.1-8
1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem
ele ressuscitara dentre os mortos.
2 Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que
estavam com ele à mesa.
3 Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso,
ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa
com o perfume do bálsamo.
4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse:
5 Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos
pobres?
6 Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão
e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava.
7 Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! Que ela guarde isto para o dia em que me
embalsamarem;
8 porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me
tendes.
Um homem pobre, que nunca teve coisa alguma, provavelmente nunca teria tido uma
atitude tão relaxada diante de um salário de um ano sendo derramado aos seus pés. Mas
Jesus não ficou intimidado, preocupado, ou inconfortável em hipótese alguma quanto ao
valor do bálsamo que Maria usou para ungir os seus pés. Como pode ser isto?
Considere Quem Jesus Realmente Era!
Jesus era -- e é -- o Criador do universo e deste mundo! No Evangelho de João está
escrito “Todas as coisa foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se
fez” (1.3)
Colossenses 1.16 diz “pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra,
as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer
potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.”
Agora considere o verdadeiro lar de Jesus, o lugar que ele criou para si mesmo e, no
final, para todos nós habitar também. Lembre-se, todos tentam fazer sua própria casa um
lugar que seja adequado ao seu próprio gosto, um lugar que seja confortável para esta
pessoa morar. O lar de Jesus foi descrito para nós no livro de Apocalipse.
Apocalipse 21.10-12, 18, 19, 21 (*ARA, originalmente: NVI )
10 a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
11 a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra
preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina.
12 Tinha grande e alta muralha, com doze portas...
18 A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro,
semelhante a vidro límpido.
19 Os fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de
pedras preciosas...
21 As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só
pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.
Quem poderia designar e criar um lugar de habitação de tamanha magnificência? Salmo
24.10 nos dá a resposta: “Quem é esse Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei
da Glória”.
Vamos olhar em algumas passagens bíblicas que nos ajudam a ter um vislumbre da
majestade e do poder de Deus. (E lembre-se, se estas coisas são ditas sobre Deus, elas
também dizem respeito a Jesus. Em João 10.30 Jesus disse “eu e o Pai somos um” e em
João 14.9 “quem me vê a mim vê o Pai”.
Melquisedeque se referiu a Deus como o “...Deus Altíssimo, que possui os céus e a
terra.” Gênesis 14.19
Moisés disse que “a terra é do Senhor.” Êxodo 9.29
Josué disse que Deus é “...o Senhor de toda a terra.” Josué 3.11
O Rei Davi disse “Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade;
porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste
por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há
força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.” 1 Crônicas 29.11,12
Deus falando de si mesmo a Jó disse “Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja
de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.” Jó 41.11
O salmista Davi declarou “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o
mundo e os que nele habitam.” Salmo 24.1
Davi também disse “Cheia está a terra das tuas riquezas” Salmo 104.24
Deus disse de si mesmo “Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos
milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os
animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e
quanto nele se contém.” Salmo 50.10-12
Deus disse a Isaías “o céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés.” Isaías 66.1
Através de Ageu, Deus disse “minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos
Exércitos” Ageu 2.8
Zacarias fala de Deus como o “Senhor de toda terra” Zacarias 4.14, 6.5
Paulo disse duas vezes em Primeira Coríntios 10 que "do Senhor é a terra, e toda a sua
plenitude" 1 Coríntios 10.26,28
Escrevendo aos filipenses Paulo disse que Jesus “subsistindo em forma de Deus, não
julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a
forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,a
si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também
Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao
nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.“ Filipenses 2.6-11
Jesus estava com o Pai no início da criação e morava no céu com o Pai e os anjos. Em
Apocalipse 21.21 diz que as ruas do Céu são de ouro puro. Ouro pra Jesus é como o asfalto
pra nós!
Jesus criou este mundo com todo o ouro, prata, diamantes, rubis, safiras, e todo tipo de
recurso natural que ele contém. As alimárias aos milhares sobre as montanhas são suas. Ele
as criou todas.
Não admira que ele não estivesse nem um pouco incomodado por um pouquinho de
bálsamo ter sido derramado sobre os seus pés.
Jesus Nunca Teve Falta
No final do ministério terreno de Jesus, seus próprios discípulos testificaram que eles
nunca tiveram falata de coisa alguma.
Lucas 22.35
35 A seguir, Jesus lhes perguntou: Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem
sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Nada, disseram eles.
Se os discípulos testificaram que eles não tinham experimentado falta alguma a medida
que cumpriam suas responsabilidades ministeriais, podemos assumir que eles tiveram
suprimento pleno e uma provisão abundante. No mínimo, eles tiveram o suficiente -- um
suprimento adequado para suas necessidades. E isto não é ser pobre!
Jesus Vestia Boas Roupas
Quando Jesus foi crucificado, suas vestes eram tão boas que os soldados as repartiram
entre si e jogaram sortes para ver quem ficariam com sua túnica.
João 19.23,24
23 Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e
fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a
túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo.
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre
ela para ver a quem caberá-para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si
as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram
os soldados.
Os soldados romanos lançariam sortes por trapos rasgados e esfarrapos de um mendigo
ou por roupas surradas e desgatadas de um homem pobre? Não, claro que não!
Jesus Era Pobre ou Próspero?
Voltemos a nossa questão inicial. Eu creio que a Bíblia fala sobre o assunto em detalhe
e oferece uma resposta clara e convincente. Com base nos versículos que examinamos neste
capítulo você acha que Jesus se encaixa na definição da palavra “pobre”? Em outras
palavras, você acha que Jesus era indigente, empobrecido, necessitado, carente de bens
materiais, destituído, fraco, deprimente, digno de pena ou compaixão, inferior, comovente,
segunda classe, segunda categoria, carente, ou insuficiente?
Por outro lado, considere a definição da palavra “próspero” -- marcado pelo sucesso ou
bem estar econômico, desfrutar de saudável e vigoroso crescimento, florecimento
*flourishing, bem sucedido, forte, progressivo, favorável.
Qual definição melhor descreve o Jesus bíblico? Vamos rever as informações sobre
Jesus que descobrimos na Palavra de Deus:
Quando criança, Jeus recebeu presentes de ouro, incenso e mirra.
Jesus tinha muitos parceiros que sustentavam financeiramente seu ministério de forma
fiel e consistente.
A Bíblia indica que Jesus tinha uma casa ou uma residência.
Quando era necessário, o poder milagroso de Deus operava através de Jesus para suprir
as suas necessidades e a de outros.
A Bíblia indica que o ministério de Jesus assistia aos pobres financeiramente de forma
regular.
Jesus tinha um tesoureiro que regularmente desviava dinheiro dos fundos que lhe eram
confiados.
Jesus distinguiu-se dos pobres.
Jesus não ficou nem sequer um pouco incomodado quando o bálsamo que custava um
ano de salário foi usado para ungir os seus pés.
O testemunho dos próprios discípulos de Jesus no final do seu ministério terreno foi de
que eles não tiveram falta alguma.
Quando Jesus foi crucificado, suas roupas eram tão boas que os soldados lançaram
sortes por elas.
Acredito que estes fatos bíblicos são provas convincentes de que Jesus não um homem
pobre, mas próspero. Agora, eu não estou sugerindo que ele tinha um estilo de vida
extravagente ou esbanjador *lavish or extravagant lifestyle. -- Não teria sido viável para ele.
Mas Jesus tinha suas necessidades supridas durante sua vida na terra, e ele teve condições
de fazer o que Deus lhe pediu para fazer.
A prosperidade de Jesus não deveria nos surpreender. A Antiga Aliança prometia
prosperidade àqueles que andavam na vontade de Deus (veja Deuteronômio 29.9, Josué 1.7,
1 Reis 2.3, 1 Crônicas 22.13, 2 Crônicas 20.20 e 26.5, Jó 36.11, Neemias 1.11 e Salmos 1.1-
3).
Você acha que Jesus teve as qualificações de quem anda na vontade de Deus? Claro que
sim. Ele declarou em João 6.38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria
vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.”
Você acha que o Pai cumpriu sua palavra e abençou Jesus porque ele andou na vontade
do Pai? Absolutamente! Números 23.19 diz “Deus não é homem, para que minta; nem filho
de homem, para que se arrependa.Porventura, tendo ele pormetido, não o fará? Ou, tendo
falado, não o cumprirá?
Jesus não foi pobre. Ele andou em posperidade de acordo com a Aliança Abraâmica
Capítulo 4
O Propósito da Prosperidade
Expliquei cuidadosamente a você porque eu creio que Jesus era próspero.
Contudo, sua prosperidade não era medida pelo acumulo de grande riqueza e possessões
mundanas. Ele não morou em um palácio com quartos cheios de ouro, cuidando dos seus
campos cheios de gado e ovelhas. Seu estilo de vida não foi leviano ou extravagante, e ele
não era dominado pela *possessiveness possessividade e cobiça.
Embora estivesse em um pequeno país dominado pelo grande poder de Roma, onde a
maioria das pessoas eram oprimidas e exploradas, as necessidaddes pessoais de Jesus eram
supridas. Ele podia pagar para se mover pelo país livremente, cuidado dos negócios do seu
Pai. Ele tinha até mesmo condições de manter 12 discípulos que viajavam com ele por toda
a Galiléia e regiões vizinhas.
Por que Jesus tinha relativamente tamanha abundância de recursos? Esses recursos
deram-lhe condições de fazer a vontade de Deus. Talvez você já tenha ouvido o dito
popular: "Quando Deus guia, ele providencia." Bem, eu creio que o propósito da
prosperidade para um cristão seja fazer a obra e a vontade de Deus.
Qual é a vontade de Deus? João 3.16 e 17 expressam-na de forma muito simples:
"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigêncito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu
Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por
ele." O interesse primeiro de Deus é salvar o perdido! É por isso que ele enviou o seu filho.
A Bíblia também é muita clara sobre o que Jesus fez quando ele veio a terra. Mateus
9.35: "E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando
o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades."
Jesus é o nosso grande exemplo. O que ele fez, nós devemos fazer. O seu propósito
deve ser o nosso propósito. Jesus disse, "Digo-lhes a verdade: aquele que crê em mim fará
também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu
estou indo para o Pai" (João 14.12)
Determine Suas Motivações
Podemos esperar ser prósperos? Sim, podemos, assm como Jesus era. Mas isso dignifica
que nossa motivação para ser próspero deve também ser a mesma que ele tinha. Ele quer
que o seu povo - incluindo seus pregadores - tenham abundância para que tenham condição
de ir e ensinar, pregar e curar as pessoas em aldeias e cidades do mundo ou para que ajudem
outros a ir. Na economia de Deus, a properidade é o meio para um fim - o evangelismo
mundial.
Por que queremos prosperar? O nosso desejo é ministrar aos outros ou a nós mesmos?
Procuramos prosperidade para ajudar a financiar a obra de Deus ou para desfrutar de uma
vida suntuosa *luxuries - casas grandes, carros vistosos, roupas caras, comida sofisticada,
entretenimento extravagante?
Não estou sugerindo que Deus espera que vivamos com um orçamento reduzido,
apertado e com o qual não se faz quase nada *barely-get-by. Numerosos versículos do
Velho Testamento prometem prosperidade - abundância ou suprimento mais do que
suficiente - para aqueles que fazem a vontade de Deus. O Salmo 35.27 diz: "Glorificado
seja o Senhor, que se compraz na prosperidade do seu servo."
Deus é glorificado pela sua falta de suprimentos e vida de sobrevivência? *your
scraping along, living hand to mouth? Não. Ele é glorificado se você estiver vivendo
extravagantemente focando toda a sua atenção e tempo em dinheiro e possessões
mundanas? Não. Deve haver equilíbrio e bom senso em nossa vida material.
Quando lemos os Evangelhos e estudamos a vida de Cristo, vemos a imagem de um
homem que andava pelas ruas das aldeias e cidades pelas quais ele passava, pagando suas
despesas, misturando-se confortavelmente com as pessoas comuns, e ajudando os pobres.
Mas ele também na sua própria casa recebia visitas dos ricos e poderosos. Ele ia nas casas
dos Fariseus e dos líderes religiosos, tanto quanto nas dos pecadores, como o coletor de
impostos, Zaqueu. O primeiro milagre de Jesus registrado aconteceu em um banquete de
casamento em Caná, onde ele transformou vários jarros enormes de água em vinho para a
festa (veja João 2).
No Sermão da Montanha, Jesus ensinou que não temos que nos preocupar sobre
comida, bebida, ou vestes. Jesus disse, "...pois o vosso Pai celeste sabe que necessitais de
todas elas. Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça E TODAS ESTAS
COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS" (Mateus 6.32,33). Ele ainda disse mais: "Dêem,
e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordantes será dada a vocês.
Pois a medida que usarem, também será usada para vocês" (Lucas 6.38 NVI).
Isto soa como se Deus quisesse limitar o quanto nós temos? Absolutamente não. Ele
simplesmente quer que mantenhamos nossas prioridades em ordem. Filipenses 4.19 diz: "E
o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de
vossas necessidades." Nós já descobrimos que as riquezas de Deus são absolutamente
ilimitadas; tudo pertence a ele.
Paulo incitou a Igreja em Corinto a dar generosamente e alegremente para a obra de
Deus. Então ele continuo dizendo: "Deus pode ajeitar isso para vocês, dando-lhes tudo o
que necessitam - e mais ainda - para que não só haja o suficiente para suas próprias
necessidades, mas também sobre em abundância para darem prazerosamente aos outros" (2
Coríntios 9.8 BLH)
O Povo de Deus Deve Prosperar
Para Cumprir a Grande Comissão
Como cristãos, podemos esperar sermos abençoados e prósperos se buscamos a
properidade como um meio de ajudar a cumprir a vontade e o propósito de Deus. Jesus
disse sobre si mesmo, "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido" (Lucas
19.10).
Jesus comissionou todos os crentes a cumprirem a mesma missão. Em Marcos 16.15,
ele declarou: "...Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura." Isto parece
suficientemente claro - vá por todo o mundo e pregue o Evangelho a toda criatura! Como
mais de seis bilhões de pessoas no mundo hoje, vemos que temos um grande e poderoso
trabalho por fazer.
Jesus também indicou que precisamos do poder do Espírito Santo em nossas vidas para
cumprirmos sua grande comissão. Atos 1.8 diz: "Mas recebeis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como toda Judéia e
Samaria e até os confins da Terra."
Como devemos cumprir a grande comissão? Primeiro, devemos começar em nossa
Jerusalém, ou nossa própria cidade natal. Jerusalém era o lar para a maioria daqueles cento
e vinte que se reuniam no cenáculo no dia de pentecostes. Em segundo lugar, devemos ser
testemunhas em nossa região, nossa Judéia, e na região próxima a nós, ou nossa Samaria.
Finalmente, devemos levar o Evangelho aos confins da terra.
Uma coisa é óbvia: Pessoas arrasadas pela miséria são limitadas em sua habilidade de
cumprir a grande comissão. Sem fundos, elas têm dificuldade em ir por todo o mundo e
nem podem ajudar a enviar uma outra pessoa. Então, se Deus requer que todo crente ajude a
cumprir esta missão, então deve ser o seu plano e a sua vontade que seu povo prospere.
Por toda a Bíblia, a obra de Deus tem sido financiada pelos dízimos e ofertas do seu
povo. O dízimo é dez por cento da colheita ou ganho ou aumento recebido. A doação do
povo de Deus cuidava da casa de Deus e daqueles que trabalhavam nela e provia os fundos
para cumprir a sua obra na terra.
Talvez o texto da Bíblia mais familiar sobre o assunto dos dízimos seja encontrado no
livro de Malaquias.
Malaquias 3.10-12 (ARA, *originalmente: NVI)
10 Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento na
minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir
as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o
fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos
Exércitos.
12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa,
diz o Senhor dos Exércitos.
Nós vemos nesta passagem que o dízimo está vinculado a prosperidade. A Palavra de
Deus diz que se nós dermos o dízimo da nossa renda ao Senhor, ele derramará bênçãos sem
medida. Observe que ele disse que iria abençoar o dizimista de duas formas - em abundante
crescimento e na proteção dos seus bens para que não fossem prejudicados. *Em Malaquias
3.11 na versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida diz, "...por vossa causa,
repreenderei o devorador...."
Dízimo - O Plano de Deus Para Financiar
a Igreja e Suas Atividades
Por que nós experimentamos tamanha bênção quando pagamos de volta a Deus dez por
cento de nossa renda? Certamente não é porque ele precisa do dinheiro ou de qualquer outra
coisa que pudéssemos oferecer a ele. Não, dar o dízimo é uma maneira poderosa de ligar-se
ao que Deus está fazendo no mundo. O dízimo de toda uma congregação prover os fundos
para manter as atividades da igreja, tais como, salvar pessoas, edificar o Corpo de Cristo,
ministrar aos pobres, manter missionários, e talvez divulgar o Evangelho pelo rádio ou
televisão, e ajudar a prover um meio de vida ao pastor e ao corpo ministerial.
Como princípio geral, eu creio que as pessoas devem dar o dízimo em sua igreja local.
Eu sempre cri e ensinei que a igreja local é o meio primário que Deus usa para abençoar as
pessoas na terra. A igreja local é o lugar onde os santos recebem assistência , e deve ser a
base para todas as outras atividades.
Vários outros ministérios podem e devem ser mantidos por ofertas e por outras formas
de suporte financeiro que vem de indivíduos e de igrejas. Mas na maioria dos casos, o
dízimo deve ir para a igreja local.
Ser capaz de participar do plano de Deus é a razão e o propósito pelo qual pagamos
nossos dízimos e damos nossas ofertas. Compreender que podemos nos tornar parceiros de
Deus em cumprir sua vontade traz grande senso de realização e satisfação - mental,
emocional, e espritual. E também abre as janelas do céu para um derramamento de bênçãos
materiais.
Um dos ensinos mais interessantes sobre dízimo que já encontrei veio de um livro
intitulado O Caminho Para a Riqueza, publicado em 1888 por T.S. Linscott. Ele disse o
seguinte:
É um fato singular que todas as bênçãos que recebemos, temporais e espirituais, venham
dos céus. Existem três céus; um onde os pássaros voam, ou nossa atmosfera; um outro onde
o sol, a lua e as estrelas estão; e o outro onde Deus habita. Todas nossa bênçãos temporais;
toda a nossa prosperidade nacional e individual; toda a riqueza material; em um palavra,
todas as nossas riquezas vem da terra e dos céus; e, na medida que o campo da terra
depende inteiramente do ar, do orvalho, da chuva e da luz do sol, quem vem dos céus,
podemos dizer praticamente, que todas as nossas bênçãos temporais vem do céu. Ora, Deus
compromete-se a abrir as janelas do céu e derramar sobre nós as bênçãos mais divinas - o
tipo de bênção sem medida, "recalcada, sacudida e transbordante," que "não haverá espaço
suficiente para recebê-lá."
Aqui está a promessa direta de Deus para bênçãos temporais; e eu sou suficientemente
simples para crer nela, e ter a intenção de cumprir as condições e ariscar as
consenqüências. É uma coisa muito fácil para Deus reter ou conceder prosperidade
temporal. Armazenado em cima nos céus há riqueza suficiente para tornar rico cada
homem vivo sobre a terra; e meu Deus, de quem a promessa eu tenho, pode a qualquer
momento abrir uma janelinha e deixar cair sobre mim uma agradável enxurrada das suas
bênçãos, que dará provisão para mim e para os meus durante todo o tempo em que nós
precisarmos dos bens temporais. "Confia no Senhor e faze o bem, pois habitarás a terra, e
certamente serás alimentado." "*he that watereth sall be watered also himself." "Honra ao
Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente
os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares." Estas são ricas e preciosas
promessas, e e elas se cumprirão somente quando nós cumprirmos as condicões e pagarmos
a nossa décima parte a Deus.
Muitas das nossas pregações, pensamentos, e até mesmo nossas devoções, ou
vaporizam ou espiritualizam as promessas de Deus. Nossa incredulidade natural tende a
por o cumprimento delas para quando chegarmos no céu, ou para um tempo qualquer no
futuro. A incredulidade odeia as promessas literais e do tempo presente. Mas estas
promessas são literais e materiais; elas são para o aqui e agora; elas devem ser desfrutadas
sobre a terra; elas nos desafiam a um contrato ou negócio com Deus. Como foi dito antes,
ele promete dinheiro pelo dinheiro; você me paga a déciam parte, Deus diz, e eu te darei
bênçãos terrenas e materiais. Eu te darei perícia para as mãos como de máquinas; farei com
que empregados sejam propensos a você; você receberá as mais altas remunerações; greves
não te afetarão; eu estou contigo, e cuidarei para que você tenha provisão.
Farei de você um próspero homem de negócios; eu te conduzirei a lugares onde você
poderá fazer bons negócios; enviarei pessoas ao seu redor para comprarem de ti; enquanto
o homem da casa ao lado, que negligencia minha causa, pode até falir, esta maldição não te
tocará. Eu cuidarei das suas contas quando chegar o dia para o pagamento (*when they are
coming due); cuidarei para que sua conta bancária esteja suficientemente gorda; em uma
palavra, eu sou seu sócio e tormarei conta dos interesses dos seus negócios.
E a vocês pensadores, que ganham a vida com seus cérebros, farei com seus
pensamentos sejam claros; darei a vocês o santo impulso de originar "pensamentos que
respiram, e palavras que queimam"; suas produções comoverão o coração das pessoas;
seus trabalhos serão procurados; farei com as pessoas comprem o que o coração e o cérebro
de vocês produzirem; apenas paguem-me sua décima parte, vocês serão muito bem
cuidados.
O tempo de semear e colher nunca acabará em suas fazendas; abençoarei a vossa
sementeira; multiplicarei o seu estoque; a improdutividade ou esterilidade não entrarão em
suas fazendas; lembrem-se, eu sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó; farei por vocês aquilo
que fiz por eles, apenas lembrem-se de mim como eles lembraram.
Darei saúde a todos os seus; a morte não tocará em seus pequeninos; eles viverão até
uma idade madura e avançada; eu abrirei as janelas do céu e derramarei sobre vocês uma
bênção tal que não haverá espaço suficiente para contê-la. Estas são bênçãos prometidas
por Deus na Bíblia. Quem dentre esta multidão irá hoje garantir sua décima parte a Deus?
Como foi dito a pouco, esta maravilhosa bênção prometida nesta passagem das
Escrituras, e em outras passagens também, como resultado da obediência, é mais do que
meramente prosperidade temporal. Deus não apenas abrirá as janelas do céu a partir do
qual vem riqueza material, mas também abrirá as janelas do céu dos céus onde ele habita, o
centro do universo; e de sua graciosa plenitude ele derramará sobre aqueles que são
obedientes, bênçãos que são inexprimíveis e cheias de glória.
Compreenda Porquê e
Como Você Deve Dar o Dízimo
Há aproximadamente cinqüenta anos atrás, eu estava pastoreando uma igreja nos
campos de petróleo do leste do Texas. Um dos diáconos da igreja tinha um bom emprego
trabalhano para uma determinada compania de petróleo. E ele sempre foi fiel em ofertar à
igreja.
Um dia ele me disse: "Irmão Hagin, você pode me explicar uma coisa? Tenho sido
cristão por treze anos, e tenho sido fiel em pagar os meus dízimos e em dar ofertas."
Eu sabia que era verdade. Ele era um dizimista regular cujo suporte realmente
abençoava a igreja. "O que você quer saber?" Perguntei.
Ele disse, "Bem, eu não sei porque estou fazendo isso. Nunca ouvi qualquer
ensinamento ou pregação sobre o dízimo. Quando fui salvo, eles me disseram que eu
deveria fazê-lo, então eu fiz. Mas eu não sei de coisa alguma que tenha sido resultado disto
já por treze anos. Se já recebi alguma bênção por causa disto, eu não sei."
Eu estava espantado. Ele era um bom homem que estivera dando o dízimo estritamente
do ponto de vista do dever servil, e não tinha funcionado para ele. Então usei alguns
minutos para contar-lhe um pouco do que estou compartilhando com você neste capítulo.
Então eu lhe disse: "Da próxima vez que você pegar o seu envelope para dar o dízimo,
diga, Senhor, eu estou fazendo isto pela fé. Estou dando com o propósito de manter esta
igreja local funcionando, a qual está beneficiando o Corpo de Cristo por meio da ajuda
oferecida as pessoas. Estou ajudando a espalhar o Evangelho de maneira que as pessoas
possam ser salvas. Obrigado, Deus, por tornar possível a mim ser participante da tua obra.
Estou dando em fé e expectativa de ser abençoado de acordo com tua Palavra."
"Certamente eu irei tentar isso," ele disse. E ele o fez.
Depois de uns trinta dias, ele voltou a mim com um largo sorriso no rosto. "Eu fiz o que
você disse, irmão Hagin. Estive orando toda semana quando me aprontava para dar o meu
dízimo. E rapaz," ele declarou, "está realmente funcionando. Eu posso dizer definitivamente
que há uma diferença em minhas finanças!"
Em uma outra oportunidade, em outra igreja do leste do Texas, um homem veio até
mim e disse: "irmão Hagin, minha esposa e eu temos pagado o dízimo desde que fomos
salvos, há aproximadamente vinte e cinco anos. Mas nunca ouvimos nenhum ensinamento
bíblico sobre o assunto. Muitos dos nossos amigos na igreja são fazendeiros. Eles pegam
dinheiro emprestado para comprar semente para plantar, e quando o algodão está pronto,
eles contratam pessoas para apanhá-lo. Como eles podem pagar o dízimo?"
"Eu conversei com um ou dois dos diáconos," ele disse, "e eles não tem muito
conhecimento sobre isso tampouco. Eles disseram que pensaram em pedir a você que
pregasse sobre o assunto, mas eles não queriam que você pensasse que eles estavam
tentando dizer a você o que pregar. Então eu gostaria de saber se você estaria pensando em
falar sobre isso qualquer dia desses."
Eu disse ao homem: "irmão Wlliams, estou feliz que você tenha tocado no assunto.
Deus vinha tratando comigo sobre isso antes mesmo de você ter dito qualquer coisa a
respeito. Então eu irei fazer isso imediatamente."
Naqueles dias, o maior número de pessoas que tínhamos em nossa igreja era sempre no
domingo a noite. O prédio comumente ficava cheio, e se o tempo estivesse bom, algumas
vezes pessoas ficavam em pé do lado de fora. Por que eu queria que o maior número
possível de pessoas ouvisse o que a Bíblia diz sobre dar o dízimo e ofertar, eu peguei um
domingo a noite e gastei cerca de uma hora falando sobre o assunto, entrando em grande
detalhe.
Eu sempre tinha tentado pregar uma mensagem equilibrada para a igreja. Já tinha
pregado sobre salvação, batismo no Espírito Santo, e os dons do Espírito. Já tinha pregado
sobre cura, fé, e sobre viver uma vida de amor e de serviço aos outros. Então o povo sabia
que eu não estava tentando enfiar algo pela goela deles abaixo quando preguei sobre
finanças; era uma coisa que eles precisavam e queriam saber.
Depois do culto, muita gente me contou como estava feliz por eu ter pregado sobre
dízimos e ofertas - disseram que eu os tinha ajudado a entender o que a Bíblia dizia e
também o propósito de dar a Deus. Dava para ver que eles tinham recebido de coração.
Dar o Dízimo Traz
As Bênçãos Prometidas Por Deus
Bem, imediatamente a renda da igreja triplicou! Sem qualquer ênfase especial ou
pressão, houve uma resposta generosa quando passamos a salva. Até mesmo pecadores
começaram a pagar seus dízimos. Havia duas senhoras na igreja que tinham se casado com
homens não-salvos. Estes dois homens vieram a igreja com seus familiares no domingo a
noite.
Exatamente no próximo dia após eu ter pregado sobre dízimo, um destes homens passou
na casa pastoral. "Irmão Hagin," ele disse. "Minha esposa e eu conversamos sobre seu
sermão no caminho de volta para casa ontem a noite. Nós cremos que Deus nos abençoará
se obedecermos sua Palavara. Eu acabei de recolher (*I just got off my first bales of cotton)
meus primeiros feixes de algodão e então eu quis passar por aqui e pagar nossos dízimos."
Ora, aqueles dois indivíduos não-salvos continuaram pagando seus dízimos. E não
demorou muito para que os dois fossem salvos e cheios com o Espírito Santo. Seus
familiares também foram abençoados. Posteriormente, uma dessas esposas foi chamada
para pregar, e a família entrou no ministério de campo. A última notícia que tive deles, foi
que estavam viajando por alguns lugares e evangelizando.
Nos meus mais que sessenta e cinco anos de ministério, tenho ouvido milhares de
testemunhos de pessoas que tem praticado o plano bíblico de retornar um décimo da sua
renda ao Senhor através da igreja local. Na grande maioria dos casos, a princípio, eles não
tinham certeza de como conseguiriam sobreviver com os noventa por cento de suas rendas
pois quase já não conseguiam antes. Mas de alguma forma eles conseguiram. Oh, nem
sempre foi fácil. Foi preciso paciência, determinação, fé, e algum tempo.
Mas se eles perssistissem, as bênçãos prometidas vinham. Algumas vezes eles
percebiam que Deus tinha "repreendido o devorador" em suas vidas - o carro ou os
utensílios não quebravam como freqüentemente ou os filhos não ficavam tão doentes,
resultando em uma conta médica menor. Se trabalhavam em construções ou como
fazendeiros, um tempo ruim não os impedia de trabalhar. E muitas vezes, renda extra vinha
de fontes totalmente inesperadas. Talvez ganhassem um aumento, algumas horas extras, ou
mesmo um bônus! Outros relataram que receberam um seguro de estabelecimento, coletado
de uma dívida antiga (*insurance sttlement, collected on an old debt), ou que receberam
uma herança.
A questão é que quando eles pagavam seus dízimos, eles tinham mais finanças e
passavam melhor. E maioria das pessoas também era abençoada espiritualmente com um
relacionamento mais íntimo com Deus, fisicamente com uma saúde melhor, e mentalmente
e emocionalmente com um senso de alegria e bem-estar ainda maiores. A Bíblia diz: "A
bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto" (Provérbios 10.22).
Dar o Dízimo ou Não Dar o Dízimo
De tempos em tempos ao longo dos anos, pessoas tem me perguntado se a prática do
dízimo ainda é válida para a Igreja hoje. "O Novo Testamento realmente fala muito pouco
sobre o assunto," dizem. "Os pastores e outros ministros deveriam pregar e encorajar a dar o
dízimo com tão pouca informação no Novo Testamento sobre o assunto? Os cristãos devem
ficar presos pela Lei do Antigo Testamento?"
É verdade que há bem pouca menção sobre dízimo no Novo Testamento. Os
Evangelhos de Mateus e Lucas, relatam o único incidente registrado de Jesus falando
alguma coisa sobre isso. Mas nesse instante, Jesus afirma claramente sua crença na prática
do dízimo:
Mateus 23.23 (BLH)
23 Sim, ai de vocês, fariseus, e demais líderes religiosos - fingidos! Pois, dão o
dízimo até da última folha de hortelã da sua plantação, mas se esqucem das
coisas importantes - a justiça, a misericórdia e a fé. Sim, vocês deve dar o
dízimo, mas não devem deixar de fazer as coisas mais importantes.
Jesus reprovou os líderes religiosos hipócritas dos seus dias que ignoravam partes da
Lei vitalmente importantes tais como justiça, misericórdia, e fé, enquanto pagavam
meticulosamente o dízimo até mesmo da última folha de hortelã da sua plantação. Ele
estava dizendo que dar dinheiro não toma o lugar de viver corretamente. Deus não está tão
interessado no dinheiro de uma pessoa como ele está em seu coração. Mas Jesus realmente
disse que a pessoa deve dar o dízimo.
Embora a maioria das referências bíblicas quanto ao dízimo façam claramente parte do
Antigo Testamento, a verdade, é que o dízimo não foi introduzido sob a Lei. Foi meramente
regulamentado sobre a Lei. O dízimo teve sua origem como um ato de fé, e a fé transcende
tanto o Antigo como o Novo Testamento! E "pela fé" é como devemos dar o dízimo hoje
em dia - não como um ato de legalismo, mas como um ato de fé.
Em Gênesis 14 vemos como Abraão pagou dízimos a Melquesedeque, rei de Salém e
sacerdote do Deus Altíssimo, quatrocentos anos antes do tempo de Moisés e da Lei.
Obviamente, ele não pagou dízimos por requerimentos legalistas porque ele viveu antes da
Lei. Isaque e Jacó também viveram antes da Lei e pagaram dízimos (Gênesis 18.19,20;
28.22).
Pela fé, Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo, que era
um tipo de Cristo. Vemos isso no livro de Hebreus, que também nos diz que, "Jesus tornouse
a garantia de uma aliança superior" (Hebreus 7.22 NVI).
Gálatas capítulo 3 faz algumas declarações crucialmente importantes.
Gálatas 3.11-14
11 E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o
justo viverá pela fé.
12 Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por
eles viverá.
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em
nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em
madeiro),
14 para que a Bênção de Abraão chegasse aos gentios em Jesus Cristo, a fim de
que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
Então, devemos pagar dízimos hoje? Absolutamente! Mas nós pagamos como Abraão
os pagou - não pela Lei, mas pela fé. E além disso, se o povo de Deus pagava dez por cento
antes da Lei e dez por cento sob a Lei, nós os que vivemos pela graça, devemos fazer
qualquer coisa que seja inferior a isso quando temos uma aliança superior?
Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo, que era um tipo
de Cristo. E ele recebeu a bênção, que era tripla - espiritual, física, e material ou financeira.
Por que somos redimidos da maldiçãoda Lei pelo sacrifício de Cristo, nós recebemos a
bênção de Abraão - espiritualmente, fisicamente, e financeiramente.
Nós, então, pela fé seguimos o exemplo de Abraão em pagar os dízimos. Pagamos
nossos dízimos a Cristo! A Bíblia diz em Efésios que quando Deus ressucitou Jesus dentre
os mortos, para ser o cabeça de todas as coisas, ele o deu a igreja , que é o seu Corpo
(Efésios 1.22,23). Então quando pagamos dízimos a Cristo, a Cabeça, eles fluem pelo seu
Corpo, a Igreja. Você percebe? Através da Igreja, temos o grande privilégio de dar a Jesus
para que ele faça sua vontade e sua obra.
Eu creio que se todo cristão fosse fiel em dar o dízimo e ofertar, haveria fundos mais do
que suficiente para a Igreja cumprir sua missão no mundo. Pesquisas tem demonstrado que
espantosamente poucos americanos nascidos de novo dão o dízimo regularmente, e um
grande e surpreendente número não dão coisa alguma! Imagine o que poderia ser feito se
todos os cristãos fossem fieis em seus dízimos e ofertas!
Mais Dinheiro
Resulta em Mais Ministério
Anos atrás, eu fiz parte de uma associação chamada a Voz da Cura, fundada por Gordon
Lindsay, um grande homem de Deus e um maravilhoso escritor. A organização é conhecida
hoje como Cristo Para as Nações. Lindsay escreveu o seguinte em 1961, e ainda é
extremamente pertinente:
O pricipal empecílio para o evanglismo mundial não tem sido a falta de missionários
devotos, nem a carência de nativos treinados, que foi um problema sério por muitos anos.
Chegou a hora em que temos um ávido exército de soldados do evangelho prontos para
serem lançados em fé para pregar o evangelho apostólico. E eles estão fazendo isso! Nem
sequer há falta de resposta das pessoas para com a mensagem. Qualquer missionário poderá
lhe dizer que em quase todos os lugares que um esforço evangelístico é empreendido,
centenas e em muitos casos até mesmo milhares responderão. O que está faltando então? A
falta está na assitência financeira necessária que freqüentemente não está disponível no
momento que o Espírito de Deus se move em uma comunidade.
Quanto mais sua igreja podereia estar fazendo para ministrar em sua cidade, em sua
comunidade, em nossa nação, e ao redor do mundo se mais fundos estivessem disponíveis?
Suponha que a renda da sua igreja subitamente fosse multiplicada por quatro. Isso poderia
ter um impacto maior no alcance de mais almas, no serviço a mais santos, na ajuda para
mais pobres, ou financiando mais missionários? Quantos projetos tem permanecido no
estágio dos sonhos ou planos porque o dinheiro para torná-los em realidade nunca esteve
disponível?
Vamos olhar uma outra parte do livro de T. S. Linscott escrito em 1888, O Caminho
Para a Riqueza:
Vemos a Igreja de Deus descendo ao nível dos métodos dos negócios para levantar
dinheiro suficiente para pagar suas despesas; daí, nós temos as reuniões para chá, bazares,
concertos... e todo tipo de esquemas para levantar dinheiro; enquanto a grande maioria está
roubando a Deus dos seus dízimos, e hipocritamente cantam:
"Todo o reino da natureza era meu,
esse fora um presente pequeno demais;
Amor tão grande, tão divino,
Exige que eu dê minha alma, minha vida, meu tudo." (*página 88)
Se os cristãos vivessem a exigência bíblica, e pagassem a Deus um décimo de sua
renda, não haveria necessidade para tais métodos para se levantar dinheiro - haveria
suficiente e de sobra; e eu crio que o Milênio brevemente chegaria até nós; pois a
conversão do mundo é, em minha opnião, está agora reduzida a uma questão de dinheiro.
Nós temos os homens e mulheres cujos corações Deus tocou, e cujas almas estão em
chamas com o zelo missionário; temos um Evangelho que atende aos requerimentos e
condições humanas de toda sorte; provisão plena foi feita para a salvação do mundo.
Romanos 10.13-15
13 Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há
quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados?....
E como eles podem ser enviados sem dinheiro? E como como eles receberão o dinheiro
se não dado da forma que Deus designou, por meio dos dízimos do povo "que conhece os
vivas de júbilo?"
Estes são pensamentos desafiadores. E eu creio que eles são tão atuais e apropriados
hoje quanto eram há mais de cem anos atrás quando form pela primeira vez publicados.
Parceiria Com Deus
Através do dízimo que damos a nossa igreja local e as ofertas que damos a outros
ministérios dignos, podemos ser participantes do que Deus está fazendo no mundo hoje.
Nossa motivação e propósito para dar devem ser puros e altruístas.
1. Devemos fazer isso porque amamos a Deus. Dar é uma expressão natural do amor.
João 3.16 diz, "Deus amou o mundo de tal maneira que deu." E devemos fazer o mesmo;
devemos dar a Deus porque nós o amamos.
2. Devemos dar a Deus em obediência a sua Palavra. A Bíblia nos ensina a dar ao
Senhor e manter sua obra. Além das passagens que já examinamos, há muitas outras que
trazem inquestionávelmente a instrução de ofertar.
3. Devemos dar como um meio de ajudar a cumprir a Grande Comissão de Cristo e
manter a obra daqueles que estão indo por todo o mundo com o Evangelho.
4. Devemos dar porque queremos ver as pessoas serem abençoadas. Nossos dízimos e
ofertas ajudam a manter as atividades da igreja local e outras organizações que ministram
aos pobres, evangelizam o perdido e o inalcançado, e ajudam a edificar os santos ao equipálos
para o serviço cristão.
5. E, finalmente, no final da lista, devemos dar com expectativa, crendo que Deus
honrará as promessas em sua Palavra de nos abençoar e prosperar. Observe que eu listei
cinco razões para darmos, e eu creio que a ordem desta lista refete prioridades que são
muito importantes. Me parece que muitos pregadores estão super-enfatizando o item
número cinco e apresentando-o como a maior razão para o povo dar.
Contudo, ofertar é uma maneira testada e provada de plantar sementes para um colheita
que resultará no sumprimento das nossas necessidades. A lei do plantar e colher certametne
se aplica na área das finanças pessoais. A Bíblia é verdadeira quando diz: "dai, e dar-sevos-
á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante vos darão; porque com a medida
com que tiverdes medido vos medirão também..." (Lucas 6.38).
Todas estas razões que citamos são razões boas e válidas para se ofertar. E eu creio que
elas conduzirão à verdadeira prosperidade - espírito, alma e corpo.
Capítulo 5
Os Pregadores Podem Ser Prósperos?
Equívocos quanto a questão do dinheiro tem ferido muitos cristãos ao longo dos anos -
tanto ministros como membros comuns.
Ao longo dos séculos, de tempos em tempos, a Igreja tem se guiado para estar em uma
vala da estrada ou em outra, com respeito a este assunto. No entanto, a Palavra de Deus
oferece ensinamento claro e específico quanto ao suporte da obra do ministério e daqueles
chamados por Deus para ministrar.
Pela minha própria experiência pessoal em mais de sessenta e cinco anos de ministério,
observei igrejas que falharam em prover adequadamente para as necessidades de seus
pastores. Muitas congregações mantinham seus pastores pobres e sem recursos, sem ter a
mesma média de padrão de vida que os membros desfrutavam.
Vi alguns ministros debaterem-se por causa de sua falta de finanças. Seus testemunhos
pessoais eram afetados porque eles não tinham condição de pagar suas contas. Aqueles que
viam um ministro tão obviamente humilhado financeiramente não queriam fazer parte de
sua igreja. E quanto mais a igreja retinha do seu pastor, pior ela ficava financeiramente -
uma falta ainda maior ela experimentava.
Em meus cinco anos no campo evangelístico, sempre encorajei as congregações locais a
cuidarem bem dos seus pastores. E em todos os casos que eu conheço, aqueles que
cuidaram bem dos seus pastores cresceram e properaram, tanto espiritualmente quanto
financeiramente.
Por outro lado, houveram alguns pregadores - uma minoria de pastores, evangelistas, e
outros ministros - que abusaram de suas posições e influência para buscarem ganho
financeiro pessoal exorbitante acima de qualquer coisa. Seus esforços manipulativos e
insasiáveis feriram o Corpo de Cristo e geraram munição de críticas incrédulas para o
ataque e descrédito da obra de Deus.
Já está na hora para os ministros e crentes de hoje sairem das duas valas de erro e
voltarem para o meio da auto-estrada na qual Deus intencionou que andássemos. Enquanto
a properidade bíblica para todos os crentes tem um fundamento bíblico sólido, as
motivações erradas e o abuso destas verdades podem criar pedras de tropeço que causam
ofensa e prejuízo a muitos.
Cuidando do Mensageiro
A Bíblia tem muito a dizer tanto no Antigo como no Novo Testamento sobre como os
ministros devem ser mantidos. Uma das passagens mais importantes e iluminadoras se
encontra na primeira carta de Paulo à Igreja em Corinto.
1 Coríntios 9.7-11, 13, 14 (Amplificada)
7 ...Que soldado a qualquer tempo serve às suas próprias custas? Quem planta
uma vinha e não come sequer um dos seus frutos? Quem cuida de um rebanho
e não bebe do leite do rebanho?
8 Eu digo isso apenas baseado em autoridade e razões humanas? A Lei não
endorsa o mesmo princípio?
9 Pois na Lei de Moisés está escrito, Não atarás a boca do boi que debulha. É
[somente] com bois que Deus se importa?
10 Ou ele o diz inteiramente e certamente por nossa causa? [Asseguradamente]
está escrito por nossa causa, porque o lavrador deve lavrar em esperança; e o
bedulhador deve debulhar com a expectativa de participar da colheita.
11 Se nós semeamos [a semente do] bem espiritual entre vocês, [é coisa demais]
colhermos dos seus benefícios materiais?
13 Vocês não sabem que os homens encarregados dos serviços do templo tiram
seu sustento do templo? E quem cuida do altar compartilha do altar [nas
ofertas que são trazidas]?
14 [Sobre o mesmo princípio] o Senhor ordenou que aqueles que publicam as
boas novas (o Evangelho) devem viver (receber seu sustento) pelo Evangelho.
Uma outra tradução do versículo 14 diz: "Sobre o mesmo princípio o Senhor ordenou
que aqueles que proclamam o evangelho devem ter seu meio de vida a partir daqueles que
aceitam o evangelho" (Phillips).
Gálatas 6.6 reforça a mesma verdade: "Que aquele que recebe instrução na Palavra [de
Deus] compartilhe todas as coisas boas com seu mestre [contribuindo com o seu suporte]"
(Amplificada). A tradução de Phillips deste versículo diz, "O homem sob instrução cristã
deve estar querendo contribuir para com o meio de vida do seu mestre".
Primeira Timóteo 5.17 na Bíblia Viva (*BLH) diz: "Os pastores que fazem bem o seu
trabalho, devem ser bem pagos e altamente estimados, de maneira especial aqueles que
trabalham arduamente tanto pregando como ensinando". A tradução de Williams diz:
"Prebíteros que cumprem bem com o seu dever devem ser considerados como merecedores
de receber duas vezes o salário que recebem, especialmente aqueles que se mantem
trabalhando arduamente pregando e ensinando".
Então a Palavra de Deus deixa bem claro que os ministros do Evangelho devem ser bem
mantidos por aqueles a quem eles ministram. Esta tem sido a prática e o modelo por séculos
de acordo com a direção e instrução do Senhor.
Hoje em dia nos Estados Unidos muitos ministros que estão no corpo pastoral das
igrejas recebem um salário e são providos com alguns benefícios básicos, muito parecido
com o que recebe pessoas em outras profissões. Eu acredito que de forma geral esta seja
uma situação saudável porque ajuda a garantir que a renda do pregador não seja
influenciada ou dependente do que ele prega. Contudo, em momento oportuno, as pessoas
podem decidir abençoar ao seu pastor com uma oferta de amor ou com algum outro
presente especical.
Dízimos e Ofertas nos Anos 30 e Anos 40
Quando eu era pastor, a prática mais comum na maioria das igrejas do Evangelho Pleno
era pegar os dízimos e as ofertas recebidas no domingo pela manhã e dá-los ao pastor como
sendo a sua renda. As ofertas do domingo a noite e dos cultos do meio da semana eram
usadas para pagar as despesas gerais e os gastos da igreja. Algumas vezes ofertas adicionais
eram recebidas para projetos especiais, missões, e outras atividades. Durante reuniões de
reavivamento, ofertas eram recebidas todas as noites tanto para manter o evanlista como
para cobrir as dispesas adicionais da igreja.
Minha renda semanal como pastor tinha dava uma média de U$45 por mês. Lmebre-se,
iso era durante os anos 30 e 40. Embora eu soubesse que muitas pessoas da minha
congregação não estavam pagam o dízimo da sua renda, eu nunca tentei fazer questão por
isso. Eu ensinava o que a Bíblia diz sobre dar os dízimos e as ofertas, mas era cuidadoso
para não enfatizar demais somente essa parte da mensagem cristã.
Se os dízimos e ofertas do domingo pela manhã não fossem uma grande quantia, eu
rapidamente sentiria o aperto (*I would quickly feel the pinch). Depois de uma semana ou
duas recebendo menos que o meu orçamento operacional básico, eu me encontraria incapaz
da pagar as contas do mês (*to make my Montgomery Ward or Sears and Roebuck payment)
e ainda por combustível no carro e alimentar minha família.
Então eu me poria diante da igreja em um domingo a noite e diria: "Gente, eu vou tirar
uma oferta extra hoje a noite para o pastor. Ora, nós sabemos que se todos pagassem os seus
dízimos, haveria bastante dinheiro para minhas necessidades e as necessidades da igreja.
Poderíamos construir um novo prédio para a igreja e uma nova casa pastoral. Mas não está
entrando o suficiente para cobrir as necessidades. Eu não estou (*fussing at you) exigindo
de vocês, mas eu preciso de tal-e-tal quantia para pagar minhas contas". Quase sempre
várias pessoas começavam a falar, dizendo que dariam um dólar ou cinqüenta centavos.Em
tempo algum a necessidade seria suprida. Então eu provavelmente nunca mencionaria o
assunto novamente até a próxima vez que minha renda ficasse abaixo do orçamento.
Eu poderia ter me concentrado em levantar meu suporte financeiro toda semana
ensinando sobre dar e fazer uma "pressão" no momento do ofertório. Mas eu nunca me
sentia confortável para fazer isso. Eu cria naquela época - e agora também - que focar
constantemente somente sobre um tema ou tópico não estava no melhor dos interesses do
povo. Minha responsabilidade era abençoar e ajudar as pessoas, a suprir todas as suas
necessidades. E isso significava pregar o evangelho Pleno - todo conselho da Palavra de
Deus.
Ofereça uma Mensagem Equilibrada
Muito cedo em meu ministério, o Senhor tratou comigo sobre a importância crucial da
mensagem da fé, dizendo: "Vá ensinar a fé ao meu povo". Alguns tem pensado que desde
esse tempo em diante, tudo o que eu fiz foi falar sobre fé. Mas não é isso. Mesmo sempre
incluindo uma ênfase sobre a fé quando era apropriado, eu me sentia constrangido a
apresentar todo o Envangelho, uma mensagem equilibrada.
Conheci pastores que colocaram o foco mais em dinheiro, ofertas e prosperidade do que
em qualquer outro assunto. Algumas vezes eles colocavam um pouco de culpa (*guilt trip)
no povo se eles não dessem, ou então eles usavam táticas de alta pressão para motivar os
indivíduos a responderem.
Eu nunca achei que esta fosse a maneira correta de apresentar esta importante verdade
para o povo de Deus. Sim, eu conheço todos os versículos das Escrituras que ensinam tanto
sobre a responsabilidade como sobre a bênção do dar. A Bíblia realmente diz: "Dai, e darse-
vos-á..." (Lucas 6.38). Diz: "...buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus, e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6.33). Estas verdades
definitivamente devem ser ensinadas a todos os crentes. Mas a Bíblia também diz: "Cada
um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade;
porque Deus ama a quem dá com alegria". (2 Coríntios 9.7)
Uma outra versão desta passagem diz: "Eu quero que cada um de vocês tire bastante
tempo para pensar sobre isso, e decidam em sua própria mente o que vocês darão. Isto
protegerá vocês contra histórias que causam suspiros e do torcer de braços. Deus ama
quando o doador se deleita em dar" (Message).
Eu também já ouvi pregadores tentarem pressionar os cristãos pela citação de Malaquias
capítulo 3 dizendo que eles são amaldiçoados se eles não pagarem os dízimos e as ofertas.
Obviamente, isto não está correto. Enquanto o povo dos dias de Malaquias estava debaixo
da Lei de Moisés, o Novo Testamento declara com muita clareza que Cristo nos resgatou da
maldição da Lei (Gálatas 3.13).
Isto significa que o dízimo não é mais válido? Absolutamente. Como eu disse no último
capítulo, o povo de Deus era dizimista quatrocentos anos antes da Lei, e Jesus reafirmou a
validade do dízimo em seus ensinamentos. No único instante registrado em que Jesus se
referiu ao dízimo, ele disse que deveria ser feito!
Mas não há maldição hoje por não se dar o dízimo. Estamos livres dos requerimentos
legalistas da Lei Mosaica. Existe alguma outra conseqüência? Sim, se não dermos o dízimo,
nos limitamos a nós mesmos de receber as bênçãos que Deus prometeu àqueles que pagam
os dízimos e dão as ofertas pela fé.
Dar é uma parte essencial da vida cristã. Todo líder cristão tem uma responsabilidade de
praticar e ensinar o que a Bíblia diz sobre dar. Mas a ênfase deve ser mantida em equilíbrio
com ensinamentos sobre outras verdades e doutrinas na Palavra de Deus. Os pastores
causam dano às suas congregações tanto por nunca ensinarem sobre dízimos e ofertas,
como por falarem sobre isso o tempo todo. Deve haver equilíbrio. E o propósito da
instrução deve ser para o benefício e bênção do povo - não apenas pelo que o pregador
ganhará disto.
A Bíblia diz que Jesus percorria todos os lugares ensinando, pregando e curando
(Mateus 9.35). Não diz que ele gastou muito tempo tirando ofertas e enfatizando a
prosperidade. Nós sabemos que ele tinha parceiros que mantinham seu ministério. Podemos
encontrar referências bíblicas onde Jesus falou sobre dinheiro e sobre dar, especialmente em
referência a ajudar os pobres. Mas mesmo os críticos de Jesus nunca puderam dizer que ele
estava fazendo o que fazia por causa de dinheiro. Em vez disso, o relatório que foi
publicado por toda Judéia foi que ele percorreu todos os lugares fazendo o bem e curando a
todos os oprimidos do diabo (Atos 10.38).
Considere as Qualificações de Um Pastor
Ser responsável por buscar suporte financeiro para a obra de Deus é um tremendo
encargo para aqueles que são chamados para o ministério. Cícero, um grande estadista
romano que morreu poucos anos antes do nascimento de Cristo, disse, "Mas a coisa
principal em toda administração e serviço público é evitar mesmo a mais insignificante
suspeita do benefício próprio". Se isto é verdadeiro para os servidores públicos, quão muito
mais deve ser aplicado aos servos de Deus.
A Bíblia oferece uma lista de qualificações para aqueles que buscam o ofício pastoral.
Primeira Timóteo 3.2, 3 diz: "É necessário, portanto, que o bispo [pastor] seja
irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto
para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não
avarento".
A Bíblia amplificada traz o argumento de forma até mais forte. Primeira Timóteo 3.3
diz, "...que não ame o dinheiro [e não seja insaciável pela riqueza e pronto para obtê-la por
meios questináveis]".
Então, enquanto é absolutamente apropriado par um pastor ou outro ministro esperar um
suporte fiananceiro adequado, ele não deve andar ao por aí gastando todo seu tempo e
esforço procurando obter ganho financeiro pessoal. O perigo não está em ter dinheiro ou
coisas, mas em tornar-se avarento. A mentira da avareza diz: "Se apenas eu tivesse um
pouco mais de dinheiro ou um pouco mais de posses materiais, eu seria feliz". Mas isto não
é verdade, porque comumente quanto mais as pessoas tem, mais elas querem.
Hebreus 13.5 (na versão em Inglês) diz: "Seja a vossa conversação sem avareza...." No
Grego, a palavra traduzida "conversação" aqui realmente significa conduta ou modo de
vida. Então a passagem está dizendo: "Seja a vossa conduta sem avareza". E o versículo 5
continua: "...contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: de maneira
alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei".
A tradução de Phillips traz este texto da seguinte forma: "Mantenham vossa vida livre
da cobiça pelo dinheiro: Estejam contentes com o que vocês têm".
Veja na ênfase que encontramos na Bíblia Amplificada
Hebreus 13.5
Que vosso caráter ou disposição mental seja livre do amor do dinheiro
[incluindo mesquinharia, avareza, cobiça, e ambição por possessões terrenas] e
estejam satisfeitos com seu presente [circunstâncias e o que vocês tem]; pois ele
[Deus] mesmo disse, eu nunca falharei com você de qualquer forma e nem
desistirei de você nem te deixarei sem suporte. Eu não deixarei, não [deixarei],
não [deixarei], que você fique sem ajuda, em qualquer nível que seja, nem [te]
abandonarei, nem [te] deixarei que (relaxe meu cuidado sobre você)!
[Asseguradamente não!]
Fuga do Amor do Dinheiro
O quanto é perigosa a avareza, especialmente a cobiça pelo dinheiro? A Palavra de
Deus é abundantemente clara sobre isso, avisando a todos - tanto ministros como membros
de forma geral. Primeira Timóteo 6.10 diz: "Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os
males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores". Veja que ele não diz que o dinheiro é a raiz de todos os males, o que muitos
tem erroneamente ensinado, mas diz que o amor do dinheiro - ou avareza - é a raiz de todos
os males.
De fato, o Apóstolo Paulo sob a unção do Espírito Santo escreveu esta carta para o
jovem ministro, Timóteo. Ele enfatizou o fato de que as "coisas" em si mesmas não são
ruins. E ele encarregou Timóteo de avisar aos ricos que não confiassem em suas riquezas
mas em Deus. Veja o que Primeira Timóteo 6.17 diz: "Exorta aos ricos do presente século
que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza,
mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento".
Então coisas - até mesmo as riquezas - são presentes de Deus, dadas para o nosso
prazer! Nós devemos apreciar as boas coisas da vida, mas nunca devemos permitir que os
presentes que desfrutamos tornem-se mais importantes que o doador!
O que fazer se alguém - mesmo um pregador - deliberadamente deixa a estrada
principal da verdade e cai na vala do erro? A Bíblia diz para se afastar dessa pessoa!
Primeira Timóteo 6.5 diz, "contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da
verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais" (ARC).
A Bíblia Amplificada diz que tais indivíduos, "... imaginam que a piedade ou justiça é
uma fonte de proveito [um ngócio para fazer dinheiro, um meio de vida]. Aparta-te dos tais"
(1 Timóteo 6.5).
Em Primeira Timóteo 6.11, Paulo dá um conselho a Timóteo e a nós: "Tu, porém, ó
homem de Deus, foge destas coisas...". Como uma versão com linguagem contemporânea
diz, "mas você, Timóteo, homem de Deus: Corra de todas estas coisas pela sua vida. Tenha
uma vida justa - uma vida prodigiosa, de fé, amor, constância, reverência. Corra muito e
corra rápido na fé" (1 Timóteo 6.11,12 Message).
Há anos atrás, participei de uma cruzada dirigida por um ministro que fazia parte do
reavivamento de cura. Ele era um pregador talentoso que sabia como edificar a fé nas
pessoas e motivá-las a esperar e receber o poder curador do Senhor. Naquela noite em
particular, a unção para cura estava fluindo poderosamente, e vários surdos foram curados -
um logo após o outro. Todos estavam conscientes do poderoso mover de Deus estava
acontecendo ali, e havia uma grande onde de alegria e entusiasmo naquele lugar.
De repente, o ministro parou e disse: "Iremos receber uma oferta especial". Embora já
houvesse sido tirada uma oferta antes no culto, o ministro obviamente decidiu aproveitar-se
do alto nível de emocionalismo. Ele disse, "Iremos passar as salvas novamente, mas se você
tem uma oferta especial, você pode trazê-la para mim aqui na frente. Não venha a não ser
que você venha trazer pelo menos U$ 50!"
Eu vi quando as pessoas quase corriam umas por cima das outras em sua pressa de
entregar a ele os seus U$ 50. Meu espírito chorava enquanto eu via o que estava
acontecendo. Aquelas pessoas não estavam dando porque haviam proposto em seus
corações de ajudar o Evangelho a se expandir ou de ver outras pessoas serem curadas. Não
creio que eles tenham sequer pensado sobre o assunto ou feito qualquer consideração em
oração, absolutamente.
Em vez disso, eles foram apanhados pela explosão emocional. Querendo fazer parte da
excitação e emoção do momento, eles foram manipulados e explorados por esse ministro.
Me perguntei como aquelas pessoas se sentiram depois sobre o que havia acontecido
quando suas emoções tinham se acalmado. (*I can't help believeing) Não posso acreditar
que pelo menos alguns deles não se sentiram usados e insultados. Creio que depois alguns
deles disseram para si mesmos: "Eu não tinha condições de dar aqueles U$ 50. Não tirei
tempo para pensar sobre isso, eu não deveria ter feito isso".
Em meus cinqüenta anos de ministério de campo enquanto estive realizando eventos por
toda a nação, eu decidi deliberadamente nunca tirar oferta quando as emoções do povo
estivesse altamente carregada. Se houvesse muita excitação e exuberância quando chegava
o momento do ofertório eu esperava um pouco até o ânimo do povo ter se acalmado.
Eu acredito que o ofertório tem que ser uma ação consciente que é feita propositalmente
em uma atitude de oração e consideração. Um ministro nunca deve recorrer a uma
persuassão pesada, apelativa, ou por pressão para forçar as pessoas a darem. Usar truques
ou fazer promessas ireais é inapropriado e fora de cogitação (*out of order). A decisão de
uma pessoa em dar a Deus nunca deve ser uma coisa da qual ela se arrependerá depois.
A Direção que Recebi do Senhor
Em Setembro de 1950, eu tive uma dramática experiência espiritual que causou um
tremendo impacto em minha vida e ministério. Eu tive uma visão na qual o Senhor Jesus
Cristo apareceu a mim e deu-me direção e instruções específicas. Nas próximas páginas eu
quero contar sobre essa aparição divina que me foi concedida.
No tempo em que esta experiência aconteceu, eu estava realizando um reavivamento em
tendas em Rockwall, Texas, durante os últimos dias do mês de Agosto e os primeiros dias
do mês de Setembro de 1950. No Sábado, dia 02 de Setembro, choveu durante todo o dia -
não era uma chuva pesada ou forte, mas uma chuva suave, gentil, e ensopante.
Ainda estava chovendo aquela noite na hora do culto, e quando chegamos na tenda,
havia somente umas quarenta pessoas presentes.
Rockwall está localizada nas terras negras da parte norte e central do Texas, há um
ditado popular que diz que se você mexer com as terras negras quando ela estiver seca, ela
mexerá com você quando estiver molhada (*p107). Muitas das pessoas que estavam vindo
para os cultos moravam no campo, e eles não puderam sair para o culto aquela por causa da
chuva e da lama. Por isso o grupo era tão pequeno.
Por que todos presentes eram cristãos, eu dei uma lição bíblica e então convidei o povo
para vir à frente para orar. Era mais ou menos 21h30mim (quero dizer aqui que eu não
esperava o que estava para acontecer, tanto quanto não esperava ser o primeiro homem a
pisar na lua! Eu não estivera orando para que tivesse tal experiência. De fato, eu nem sequer
tinha pensado sobre tal coisa).
Todos estavam orando na parte da frente, e eu me ajoelhei na plataforma ao lado de uma
cadeira dobrável próxima ao púlpito. Comecei a orar em outras línguas, e ouvi uma voz
dizendo: "Sobe até aqui". A princípio, eu não percebi que aquela voz estava falando
comigo. Pensei que todos a tinham ouvido.
Vejo Jesus
"Sobe até aqui", a voz disse novamente. Então, eu olhei e vi Jesus em pé onde o topo da
tenda deveria estar. Quando eu olhei novamente, a tenda tinha desaparecido, as cadeiras
tinham desaparecido, todas as estacas da tenda tinham desaparecido, o púlpito tinha
desaparecido, e Deus permitiu-me ver no reino do espírito.
Jesus estava alí em pé, e eu em pé em sua presença. Ele estava segurando uma coroa em
suas mãos. Esta coroa era tão extraordinariamente bonita que a linguagem humana não tem
como descrevê-la.
Jesus me disse: "Esta é a coroa de um ganhador de almas. O meu povo está tão
desinteressado e indiferente. Esta coroa é para cada um dos meus filhos. Eu falo e digo: Vá
falar com tal pessoa ou ore por aquela outra, mas meu povo está ocupado demais. Eles
deixam isso para depois, e as almas são perdidas porque eles não me obedecerão."
Quando Jesus disse isso, eu chorei diante dele. Eu me ajoelhei e me arrependi das
minhas falhas. Então Jesus disse para mim novamente, "Sobre até aqui". Pareceu como se
eu tivesse ido com ele pelo ar até chegarmos em uma bonita cidade. Nós realmente não
entramos na cidade, mas nós a olhávamos a uma distância pequena como alguém que sobre
em uma montanha e olha para baixo e vê toda uma cidade situada no vale. Sua beleza
estava além das palavras!
Jesus disse que as pessoas falam egoisticamente que estão prontas para o céu. Falam
sobre suas mansões e as glórias do céu enquanto muitos ao seu redor vivem em trevas e sem
esperança. Jesus disse que eu devia compartilhar minha esperança com eles e convidá-los
para virem ao céu comigo.
Então Jesus se voltou para mim e disse: "Agora vamos descer ao inferno".
Nós descíamos ao voltar do céu, e quando chegamos na terra não paramos, mas
continuamos descendo. Inúmeras passagens da Bíblia se referem ao inferno como sendo
abaixo de nós. Por exemplo, Isaías 14.9,15 "o inferno desde o profundo se turbou por ti,
para te sair ao encontro na tua vinda... levado serás ao inferno, ao mais profundo do
abismo...", e Isaías 5.14, "Por isso a sepultura [o Seol] aumentou o seu apetite, e abriu a
sua boca desmensuradamente... e... a ela desceram" (ARC).
Nós descemos ao inferno, e enquanto íamos àquele lugar, eu via o que pareciam ser
seres humanos envoltos em chamas. Eu disse, "Senhor, isto parece exatamente com a
situação quando eu morri e vim a este lugar no dia 22 de Abril de 1933. Você falou, e eu
voltei para fora daqui. Então me arrependi e orei, buscando teu perdão, e você me salvou.
Somente agora me sinto tão diferente: não estou com medo e nem aterrorizado, como eu
estava então".
Jesus me disse: "Avise os homens e as mulheres sobre este lugar", e eu falei com
lágrimas que faria isso.
Então ele me trouxe de volta à terra. Tornei-me consciente de que estava ajoelhado
sobre a plataforma ao lado da cadeira dobrável e Jesus estava em pé ao meu lado. Enquanto
ele esteve ali, ele falou comigo sobre meu ministério. Ele me disse algumas coisas de forma
geral que ele posteriormente me explicou em mais detalhes em uma outra visão. Então
Jesus desapareceu, e compreendi que eu ainda estava ajoelhado sobre a plataforma. Eu
podia ouvir as pessoas orando ao meu redor.
O Trono de Deus
Alguns minutos depois eu vi Jesus novamente em pé no lugar onde deveria estar o topo
da tenda, e eu fui até ele pelo ar. Quando eu o alcancei, juntos continuamos indo até o céu.
Fomos até o trono de Deus, e o contemplamos em todo o seu esplendor. Não fui capaz de
olhar para a face de Deus; apenas contemplei sua forma.
A primeira coisa que chamou minha atenção foi o arco-íris ao redor do trono. Era tão
bonito. A segunda coisa que observei foram as criaturas aladas dos dois lados do trono.
Eram criaturas de aparência bastante peculiar, e quando eu andava com Jesus, estas
criaturas ficavam com as asas estendidas. Elas estavam dizendo alguma coisa, mas quando
nos aproximamos, elas cessaram e dobraram suas asas. Elas tinham olhos de fogo por toda a
cabeça, e olhavam em todas as direções ao mesmo tempo.
Fiquei em pé com Jesus no meio, a uma distância de cinco a sete metros do trono.
Primeiro eu olhei para o arco-íris, para as criaturas aladas, e então comecei a olhar para
aquele que estava sentado no trono. Jesus me disse para não olhar para a sua face. Eu podia
ver apenas a forma de um ser sentado sobre o trono.
Jesus falou comigo por aproximadamente uma hora. Eu o vi tão claramente como já vi
qualquer outra pessoa em toda minha vida. Eu o ouvia falar.
Olhando Para o Amor
E, pela primeira vez, eu realmente olhei para os olhos de Jesus. Muitas vezes quando
relato esta experiência, me perguntam, "Como eram os seus olhos?" Tudo que posso dizer é
que eles pareciam como poços de vivo amor. Parecia que alguém poderia ver até oitocentos
metros de profundidade dentro de seus olhos, e o olhar terno do seu amor é indescritível.
Quando olhei para seu rosto e em seus olhos, caí aos seus pés.
Notei que seus pés estavam descalços, e eu pus as palmas das minhas mãos no topo dos
seus pés e minha testa sobre minhas mãos. Chorando, eu disse: "Senhor, ninguém tão
indigno quanto eu deveria olhar a tua face!"
Jesus me disse para levantar-me e ficar em pé. Eu levantei. Ele me chamou de digno de
olhar em sua face, porque ele tinha me chamado e tinha me limpado de todo pecado. Ele me
contou coisas sobre meu ministério. Ele continuou e disse que tinha me chamado antes de
eu nascer. Ele disse que embora Satanás tivesse tentado destruir minha vida muitas vezes,
seus anjos tinham me guardado e cuidado de mim.
Jesus me contou até mesmo como ele apareceu a minha mãe antes de eu nascer e a
disse: "Não temas, a criança nascerá", disse que eu ministraria no poder do Espírito e que
cumpriria o ministério para o qual ele houvera me chamado.
Então ele falou comigo sobre a última igreja que eu havia pastoreado, dizendo que
naquela época, em Fevereiro de 1949, eu tinha entrado na primeira fase do meu ministério.
Ele disse que alguns ministros que ele havia chamado para o ministério viviam e morriam
sem nem mesmo entrar na primeira fase do que ele tinha para eles. Jesus acrescentou que a
razão pela qual muitos ministros morrem prematuramente - é que eles estão vivendo
somente em sua vontade permissiva!
A Vontade Permissiva de Deus
Por quinze anos eu estivera somente em sua vontade permissiva. Eu tinha sido pastor
por doze anos e tinha estado no trabalho evangelístico por três. Durante aqueles anos Deus
permitiu-me fazer isso, mas não era a sua vontade perfeita para minha vida. E ele disse que,
Eu não estivera esperando nele; e sim, ele que estivera esperando eu obedecê-lo.
Então ele falou sobre o tempo em que entrei na primeira fase do meu ministério em
1949. Ele disse que eu tinha sido infiel e não tinha feito o que ele tinha me dito para fazer;
eu não tinha dito às pessoas o que ele tinha me dito para dizer-lhes. Eu respondi, "Senhor,
eu não fui infiel. Eu te obedeci. Eu deixei minha igreja e entrei no campo evangelístico".
"Sim", ele disse, "você deixou a igreja e entrou no trabalho evangelístico. Mas você não
fez o que eu disse para fazer. A razão pela qual você não fez é que, você duvidou que tinha
sido meu Espírito que houvera falado com você. Você sabe, a fé obedece minha Palavra,
quer seja a Palavra de Deus escrita ou pelo meu Espírito que tem falado ao homem.
Curvei-me diante dele, dizendo, "Sim, Senhor, eu falhei, eu sinto muito". Arrependi-me
com muitas lágrimas porque eu tinha perdido de vista sua vontade e tinha duvidado do que
ele tratava comigo.
"Fique em pé", ele disse. Quando fiquei em pé diante dele novamente, ele me disse que
eu tinha entrado na segunda fase do meu ministério em Janeiro de 1950, e naquele tempo
ele tinha falado comigo por profecia e pela voz mansa e suave em meu coração. Nos oito
meses seguintes, durante esta segunda fase do meu ministério, eu tinha crido, eu tinha sido
fiel, e eu tinha obedecido.
Agora eu estava para entrar na terceira fase, ele disse. Se eu fosse fiel ao que ele me
disse - se eu acreditasse e fosse obediente - ele apareceria a mim novamente. Nessa época
eu entraria no quarto e último estágio do meu ministério.
Vendo as Feridas de Jesus
Então o Senhor me disse: "Estende tua mão!" Ele ficou com suas próprias mãos
estendidas diante dele, e eu olhei para elas. Por alguma razão, eu esperava ver uma cicatriz
em cada uma das mãos onde os pregos tinham perfurado sua carne. Eu deveria ter sabido
melhor, mas muitas vezes nós temos idéias que não são realmente bíblicas, mesmo sendo
crenças aceitas.
Em vez de cicatrizes eu vi nas palmas das suas mãos as feridas da crucificação - três
buracos feitos de forma forçada (*three cornered, jagged holes). Cada buraco era grande o
suficiente para que eu pusesse o meu dedo dentro dele. Eu podia ver a luz do outro lado do
buraco.
Depois da visão, eu peguei minha Bíblia e a abri no vigésimo capítulo do Evangelho de
João para a respeito do momento em que Jesus apareceu aos seus discípulos logo após sua
ressurreição.
Quando ele primeiro lhes apareceum, Tomé não estava com eles. Eles contaram a Tomé
que tinham visto o Senhor, mas Tomé não estava crendo e disse, "...Se eu não vir nas suas
mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo
algum acreditarei" (João 20.25).
Oito dias depois enquanto os discípulos, incluindo Tomé, estavam juntos em um
determinado lugar, Jesus apareceu novamente em meio a eles. Ele voltou-se para Tomé e
disse: "Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado;
não sejas incrédulo, mas crente". Então Tomé, sabendo que era Jesus, exclamou: "Meu
Senhor e meu Deus!" (João 20.27,28).
Eu tive uma percepção mais profunda do que Tomé chegou a ver. Ele poderia ter posto
o seu dedo na ferida da mão de Jesus, e poderia ter chegado sua mão e pô-la no lado do
Senhor.
Enquanto eu olhava as feridas das suas mãos estendidas diante de mim, eu fiz conforme
ele me instruiu e estendi minhas mãos para frente. Ele pôs o dedo da sua mão direita na
palma da minha mão direita e depois na palma da minha mão esquerda. No momento em
que ele fez isso, minhas mãos começaram a queimar como se uma brasa viva tivesse sido
colocada nelas.
Jesus Me Dá uma Unção Especial
Então Jesus me disse para ajoelhar diante dele. Quando me ajoelhei, ele impôs sua mão
sobre minha cabeça, dizendo que ele tinha me chamado e tinha me dado uma unção especial
para ministrar aos enfermos.
Ele continuou instruindo-me que quando eu orasse e impusesse as mãos sobre os
enfermos, eu deveria por uma mão em cada um dos lados do corpo. Se eu sentisse o fogo
pular de uma mão para a outra, um espírito maligno ou demônio estaria presente naquele
corpo causando aflição. Eu deveria expulsá-lo em nome de Jesus, e o demônio ou demônios
teriam que sair.
Se o fogo, ou unção, em minhas mãos não pulasse de uma mão para a outra, seria um
caso que necessitaria apenas de cura. Eu deveria orar pela pessoa em nome de Jesus, e se
ela cresse e aceitasse, a unção sairia das minhas mãos e entraria em seu corpo, colocando
para fora a doença e trazendo a cura. Quando o fogo ou unção deixasse minhas mãos e
entrasse no corpo da pessoa, eu saberia que ela havia sido curada.
Caiu aos pés de Jesus e pedi, "Senhor, não me envie. Envie uma outra pessoa, Senhor.
Por favor não me envie. Dê-me apenas uma igrejinha para pastorear em algum lugar. Eu
preferiria não ir, Senhor. Eu tenho ouvido muita crítica contra os que oram pelos enfermos.
Eu quero apenas um ministério comum".
Jesus repreendeu-me, dizendo, "Eu irei contigo e estarei ao seu lado enquanto você
estiver orando pelos enfermos, e muitas vezes você me verá. Ocasionalmente, eu abrirei os
olhos de alguém no meio do povo e eles dirão: (*why, I saw Jesus standing by that man as
he prayed for the sick) Eu vi Jesus ao lado daquele homem enquanto ele estava orando
pelos enfermos".
Jesus ainda perguntou quem tinha me chamado: ele ou as pessoas?
"Bem, você chamou, Senhor".
Não Tema as Pessoas
Ele explicou que eu deveria temer a ele e não aos homens , porque mesmo embora eles
pudessem me criticar, eles não são meus juízes. Um dia eu estarei diante do seu trono para
ser julgado e dar conta do que eu fiz com meu ministério, não importando se eu o tenha
usado corretamente, ou erroneamente.
"Tudo bem, Senhor", eu disse, "eu irei se tu fores comigo".
Então ali inundou meu coração um amor tal como nunca houvera conhecido por aqueles
que criticam este tipo de ministério. Eu disse, "Senhor, eu orarei por eles, pois eles não tem
conhecimento, se tivessem, eles não diriam as coisas que dizem. Senhor, eu já disse coisas
parecidas, mas eu não entendia nem via como agora, e eles também não. Perdoa-os,
Senhor".
Então ele disse: "Vá meu filho, percorra seu caminho; cumpra seu ministério e seja fiel,
pois o tempo é curto".
À medida que me afastava do trono de Deus, Jesus me disse: "Certifique-se de dar-me
todo o louvor e toda a glória por tudo o que for feito, e seja cuidadoso com respeito a
dinheiro. Muitos dos meus servos a quem eu ungi para este tipo de ministério tornaram-se
orientados pelo dinheiro e tem perdido a unção e o ministério que os entreguei".
"Há muitos que pagariam uma grande quantia para serem libertos. Muitos pais no
mundo têm filhos cujos corpinhos estão deformados, e que dariam milhares de dólares pela
cura deles. Muitos serão curados quando você impuser as mãos sobre eles, mas você não
deve cobrar coisa alguma por seu ministério. Aceite ofertas como você já vem fazendo.
Você deve seguir seu caminho. Seja fiel, pois o tempo é curto".
Então Jesus voltou comigo a terra, e eu percebi que ainda estava sobre o meu rosto,
ajoelhado no chão. Ele conversou comigo ali por um momento e então desapareceu. Então,
a visão terminou.
Nunca mais fui o mesmo depois daquela experiência. Ao longo dos anos tenho sempre
procurado dar a Deus toda a glória por qualquer coisa que possa ter sido realizada através
dos meus esforços e também tenho procurado ser extremamente cuidadoso e leal em todas
as situações que envolveram dinheiro. Nenhuma quantia de dinheiro é digna de que eu
ponha em risco a unção e o chamado de Deus em minha vida.
Isto significa que eu nunca deveria receber qualquer recompensa financeira pelo meu
trabalho? Absolutamente não. De fato, o Senhor me disse para continuar recebendo as
ofertas das pessoas. Mas eu entendi que nunca deveria cobrar coisa alguma por meu
ministério - ou seja, fazer as pessoas sentirem-se obrigadas a pagar-me uma quantia
específica por tê-las ensinado ou orado por elas.
Desde o tempo que deixei o pastorado e entrei no ministério de campo como um
evangelista, eu estabeleci uma política pessoal (p119) de nunca tirar uma oferta para mim
mesmo. Eu pedia para que o pastor da igreja onde eu estava ministrando que simplesmente
dissesse ao povo: "Esta oferta é para o nosso evangelista, irmão Hagin".
Agora, freqüentemente eu tirava ofertas durante os cultos para a igreja ou para o pastor.
Algumas vezes a oferta seria para suprir uma necessidade ou para um projeto especial da
igreja. Por que eu compartilhava com eles os princípios do dar e da prosperidade, o povo
com freqüência respondia mais entusiasticamente e generosamente do que o habitual. Os
pastores me contavam que as ofertas que eu tirava eram as maiores que eles já haviam
recebido.
"Você tem certeza que não quer tirar sua própria oferta, irmão Hagin?" Perguntavamme.
E eu sempre recusava. Eu queria que minhas motivações e prioridades fossem
indubitavelmente claras. Meu maior propósito era abençoar as pessoas e o pastor - a igreja -
não me beneficiar de forma pessoal. Contudo, o Senhor sempre supria minhas necessidades
e provia um meio para minha família prosperar também".
Em todos os anos que ministrei como um evangelista itinerante em várias igrejas pelo
país, eu nunca tirei uma oferta para mim mesmo. (*I bent over backwards) Eu sempre me
guardava sobre isso para evitar até a mais leve possibilidade de alguém pensar que eu
estava buscando meus próprios interesses. Como o Apóstolo Paulo escreveu, eu queria me
abster de toda a aparência do mal (1 Tessalonicenses 5.22).
Não me entenda mal. Eu não estou sugerindo que se algum evangelista já chegou a tirar
sua própria oferta em algum evento na igreja que ele tenha violando as éticas ministeriais
ou que tenha falta de integridade pessoal. Tenho certeza que há muitos homens e mulheres
de Deus que já tiraram ofertas para o seu próprio ministério pessoal cujas motivações eram
puras e que jamais teriam violado a confiança das pessoas.
Mas no meu próprio caso, eu sentia que o Senhor tinha me dirigido especificamente a
ser extra cuidadoso no que diz respeito ao dinheiro. Então eu procurei estabelecer um
padrão pessoal que nunca me permitisse ser tentado e que não pudesse ser contestado por
qualquer pessoa racional. Creio que foi a coisa certa para mim e que Deus honrou minhas
ações.
Posteriormente quando iniciei os Ministérios Kenneth Hagin, freqüentemente
realizávamos cruzadas, seminários, conferências e acampamentos independentes, fora de
uma igreja local. Nestes eventos, recebíamos nossas próprias ofertas, mas elas iam para a
organização, nunca para mim pessoalmente.
Quando temos eventos independentes, claro, os Ministérios Kenneth Hagin são
responsáveis por todos os custos e despesas. Nós pagamos pelo aluguel do auditório, as
propagandas, as contas de hotel e restaurante, os custos da viagem, e todas as outras
despesas. Os membros da nossa equipe ministerial recebem salários regulares que são pagos
com a renda do ministério.
Sempre temos deixado as pessoas que vêem aos nossos cultos saberem no que as suas
ofertas estão sendo usadas. Uma vez que o orçamento para as necessidades do evento é
alcançado, qualquer recurso adicional recebido é encaminhado para um ou mais projetos ou
atividades do ministério.
Desde o começo, estabelecemos nosso ministério para que fosse financeiramente
responsável. Fundamos uma corporação sem fins lucrativos que é reconhecida e aprovada
pelo governo do nosso estado bem como pelo (*Internal Revenue Service) fisco dos Estados
Unidos. A corporação deste ministério tem um corpo de conselheiros formado por
respeitados homens de negócios que se reúnem e revêem todas as transações financeiras.
Além disso, os registros financeiros do ministério são auditados por um firma nacional de
contabilidade que se certifica de sua precisão e conformidade com todas as leis estaduais e
nacionais aplicáveis. Procuramos fazer o melhor possível para sermos administradores bons
e fieis de todo dólar colocado sob nosso cuidado.
Os Dízimos Pertencem a Igreja Local
Ao longo dos anos, eu tenho sempre (*championed) defendido o trabalho e o ministério
das igrejas locais e dos pastores. Eu creio que a Igreja, que é o Corpo de Cristo, é o
instrumento primário de Deus para realizar sua vontade e sua obra. Isto de forma alguma
diminui o valor e a necessidade de missionários, evangelistas, e de outras organizações
para-igrejas. Mas a igreja local é o lugar das ovelhas (*sheepfold) - o lugar onde os crentes
são alimentados e fortalecidos, nutridos e cuidados, treinados e equipados. A igreja local é
também a base para o ministério em meio a comunidade e de outras atividades que
beneficiam o mundo.
Como princípio geral, eu creio que as pessoas devem dar o dízimo em suas igrejas
locais. Fazendo isto, elas estarão mantendo os ministros que cuidam delas e de seus
familiares. Estarão também ajudando a manter uma presença e um testemunho positivos
em suas comunidades, e estarão dando assistência ao pobre e necessitado, tanto quanto
provendo suporte para missões e outras atividades.
Vários outros ministérios podem e devem ser mantidos por indivíduos e igrejas com
ofertas e outra formas de suporte financeiro. Estes ministérios e organizações realizam um
serviço vital e maravilhoso para a causa de Cristo e merecem as orações e as ofertas
financeiras de seus amigos e mantenedores.
Eu decidi jamais pedir o dízimo daqueles que vem aos nossos cultos, ou que sintonizam
em nossos programas de rádio ou televisão, ou que lêem nossas publicações. Em vez disso,
eu encorajo os amigos do nosso ministério a pagarem seus dízimos em suas igrejas locais e
a darem qualquer ajuda que eles querem que tenhamos como uma oferta. Eu creio que este
é o modelo bíblico e a forma apropriada de buscar suporte financeiro.
Houveram alguns casos nos quais as pessoas disseram que sentiam que deviam dar o
dízimo ao nosso ministério porque nós províamos o seu único alimento espiritual. Talvez
não houvesse uma igreja próxima a eles, e eles não tivessem condições de sair de casa.
Nossos programas de rádio e televisão, nossas fitas, livros, vídeos, e outros materiais
proviam para sua alimentação e cuidado espiritual. Nessas circunstâncias inusitadas, nós
recebíamos seus dízimos em atitude de oração. Mas na maioria esmagadora dos casos, nós
incentivamos as pessoas a darem o dízimo em suas igrejas locais.
Não Deixemos de Congregar-nos
A Palavra nos diz para nos reunirmos com outros crentes para adorar a Deus, para nos
encorajarmos uns aos outros, e para recebermos instrução e inspiração. A igreja é o melhor
lugar que eu conheço para que isso possa acontecer.
Hebreus 10.25 diz: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes,
façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se aproximam". Nunca
encontrei qualquer passagem que faça exceção a isto. Assistir a um programa televisivo
evangélico, ouvir programas de ministérios no rádio, ouvir estudos em fitas, CDs ou vídeos,
e ler livros cristãos são coisas boas e interessantes, e eu creio em tudo isso. Mas estas coisas
não tomam o lugar da igreja local.
Eu seis que há pessoas que dizem que não vão mais para a igreja porque a televisão é o
seu pastor. "Eu gosto de assistir ao irmão Smith", eles dizem. "É como se ele fosse o meu
pastor".
Mas o irmão Smith não pode ser o pastor deles porque ele não é um pastor; ele não
ministra nesse ofício. A não ser que ele tenha uma igreja, ele não é um pastor.
Alguns anos atrás, eu ouvi um evangelista bastante popular fazer uma declaração a um
pequeno grupo de ministros em um ambiente reservado que me deixou horrorizado. Ele
disse: "Bem, eu não creio muito na igreja local. Se as pessoas ouvirem meus programas,
ouvirem minhas mensagens, e lerem meus livros, elas podem ficar em casa e serem tão
bons cristãos como se fossem a uma igreja".
Eu comentei com uns dois ministros que o ouviram, "Não é uma vergonha que o pobre
e velho Jesus não tenha sido tão inteligente como ele? Evidentemente, o pobre e velho Deus
não sabia disto também. Pois, ele levantou homens para serem pastores e escreveu em sua
Palavra para que não deixássemos de nos congregar!"
Assim que tive a oportunidade, eu perguntei a este homem: "Você é pastor?"
"Oh, não, não", replicou. "Este não é o meu chamado".
"Então como alguém poderia ser um cristão bem sucedido somente ouvindo suas
mensagens e lendo seus livros?" Eu o perguntei. Ele não parecia ter uma boa resposta para a
minha pergunta.
Deus usa a igreja para ministrar e suprir as necessidades do dia-a-dia do seu povo. A
igreja é uma família, e nós todos precisamos do suporte de uma família. Nós entendemos
como uma família regular cuida de uma nova criança que nasce, alimentando e cuidando de
todas as suas necessidades enquanto ela cresce. Depois de um tempo, a família ajuda ao
pequenino a aprender a andar, a ter cuidado consigo mesmo, e então a começar a fazer
tarefas e atividades mais simples. Finalmente, a criança aprende como contribuir com a
família e a tornar-se um membro produtivo da sociedade.
A igreja como família realiza uma função similar para um novo convertido. Depois de
um tempo de cuidado e treinamento concentrados, cristãos novos são ensinados sobre como
adorar a Deus e a eles é dado a oportunidade de começarem a servir ao Senhor. Eles podem
começar com coisas bem simples tais como aprender a Bíblia e como adorar e orar. Então
eles começam a usar seus talentos para abençoar e ajudar a outros. Quaisquer que sejam
suas habilidades, eles logo descobrem alguma coisa que podem fazer para contribuir e
serem participantes da obra de Deus.
Somente a igreja como família pode prover este tipo de suporte e ambiente. Você não
pode ter esta experiência por meio de fitas ou livros. Os programas de rádio e televisão
tendem a fazer com que o povo se torne um espectador que simplesmente se assenta para
assistir ou ouvir alguma coisa. Rádio e Tele difusões evangélicas e outros materiais,
freqüentemente tem um conteúdo espiritual excelente que é agradável e edificante; tudo isso
tem um lugar válido no Reino de Deus. Mas estas coisas não podem substituir a função da
igreja local no treinamento e preparação do povo para o serviço cristão.
Quem Estará ao Seu Lado
Nas Crises da Vida?
Mais cedo ou mais tarde, todos nós experimentamos algumas das crises da vida, e é
importante ter algum lugar para o qual se voltar e encontrar pessoas que se importam para
nos sustentar.
Por exemplo, o que você faria se você contasse com um programa de televisão como
sendo o seu pastor e você fosse parar em um hospital com uma doença grave? Quem viria
para orar por você e encorajá-lo a confiar em Deus?
E se um dos seus entes queridos falecesse? Você poderia ligar para aquele pregador da
televisão para que visse confortá-lo, e ajudá-lo a resolver os detalhes finais, e ministrar no
funeral? Alguém prepararia comida e a traria para sua casa para aqueles que estivessem
sofrendo juntamente com você?
E se o seu filho ou filha quisesse casar? Quem faria o aconselhamento pré-nupcial,
(*minister to the wedding party,) quem faria a cerimônia de casamento? Você poderia
contar com o seu pastor do rádio ou com a igreja da televisão para fazer o que seria
necessário?
Não conte com isso!
Existem momentos em que você quer e precisa da presença e do toque de pessoas reais
em quem você pode confiar, ao vivo, em carne e ossso. Você precisa do suporte e da ajuda
das pessoas que conhecem e amam você - membros da família.
Atos capítulo quatro fala sobre um incidente na vida de Pedro e João que ilustra o que
eu estou falando. Depois de ministrar cura para um mendigo paralítico fora do templo em
Jerusalém e de pregar Jesus para a multidão que se ajuntou, Pedro e João foram presos
pelos líderes religiosos e postos na prisão para passar a noite. Depois de serem interrogados
e ameaçados, foram finalmente liberados.
O que você faz quando tenta ajudar os outros e testemunha do Senhor Jesus e tudo o que
lhe acontece é ser perseguido pelos seus esforços? Para onde você vai depois de ter sido
colocado na prisão para passar a noite e então é jogado fora nas ruas? O que fizeram Pedro
e João?
A Bíblia diz que, "uma vez soltos, procuraram os irmãos..." (Atos 4.23). Eles sabiam
onde ir quando tivessem algum problema. Eles não foram ouvir algumas fitas ou ler um
livro. Eles não foram ouvir ao programa de rádio do irmão Smith ou assistir ao seu
programa de televisão. Eles foram se encontrar com as pessoas que os conheciam e os
amavam - companheiros crentes que compartilhavam a mesma fé.
Creio que os "irmãos" que Pedro e João procuraram ofereceram-lhes um lugar para
tomar um banho e limparem-se e vestirem-se com roupas limpas. Então lhes preparam
alguma coisa para comer e enquanto ouviam Pedro e João contar o que acontecera com eles.
Finalmente, todos eles oraram juntos até que o Espírito Santo caiu e fez a casa tremer.
Então eles continuaram falando a Palavra de Deus com ousadia (veja Atos 4.31).
Todos nós precisamos dos nossos próprios amigos crentes, não precisamos? Se apenas
ficarmos em casa e ouvirmos alguém pregar no rádio ou na televisão, não teremos a
companhia de irmão algum! Precisamos de um lugar para ir onde possamos encontrar o
povo de Deus. Precisamos nos reunir para darmos suporte e nos ajudarmos uns aos outros e
também para mobilizarmos nossos recursos para a obra de Deus e cumprirmos a Grande
Comissão. Por isso Deus nos diz para não deixarmos de nos congregar na igreja local
(Hebreus 10.25).
Por isso é mais importante manter sua igreja local financeiramente do que dar a
qualquer outro lugar. Pague seus dízimos em sua igreja local para ajudá-la a cumprir todas
as suas tarefas e atividades. Sim, existem outros ministérios dignos que também merecem o
seu suporte. Não os deixe de fora; envie ofertas para dar assistência ao seu trabalho à
medida que Deus o abençoa e torna possível que você compartilhe.
Seguindo este modelo, eu creio que Deus usará você para ajudar a abençoar a sua igreja
e o corpo pastoral e para prosperar outros bons homens e mulheres de Deus que estão
realizando grandes coisas para o Senhor. E eu também creio que Deus suprirá todas as suas
necessidades e te abençoará abundantemente - espiritualmente, fisicamente, e
materialmente. Somente então você experimentará o verdadeiro significado da
prosperidade.
Capítulo 6
Evitando Abusos e Práticas Inapropriadas
O dinheiro é uma conveniência necessária na civilização de hoje em dia. Para a grande
maioria das pessoas, os dias em que os membros de uma família trabalhavam juntos para
serem amplamente auto-suficientes - construindo suas próprias casas, cultivando sua
própria alimentação, provendo sua própria água e combustível, confeccionando suas
próprias roupas, e usando meios de transportes "naturais" - são apenas lembranças.
Hoje todos os produtos e serviços necessários para um estilo de vida até bastante
comum devem ser comprados. Passar nem que seja um dia somente sem gastar dinheiro
com alguma coisa é bem difícil, se não impossível. Assim como esta dependência do
dinheiro afeta a maneira que a maioria das pessoas vivem o seu dia-a-dia, ela também tem
um impacto ainda maior na maneira que as igrejas e ministérios executam seus trabalhos.
Buscando Dinheiro Para o Ministério
Levantar fundos é algo que se tornou um fato da vida - uma parte necessária de toda
organização cristã eficaz se ela pretende sobreviver.
Gordon Lindsay foi um dos ministros que liderou o movimento pentecostal e o
reavivamento de cura no século vinte. Ele também foi o fundador da organização
ministerial conhecida como Cristo Para as Nações. Um prolífico escritor e editor, o
Reverendo Lindsay freqüentemente falava sobre os perigos e problemas que os ministros
enfrentavam ao buscar dinheiro para o ministério. Alguns dos seus comentários foram
incluídos em capítulo anterior. No seu livro O Ministério Carismático, ele escreveu o
seguinte:
O dinheiro é um elemento importante na promoção do trabalho cristão. Sua
disponibilidade, de forma consideravelmente extensa, governa o escopo das nossas
atividades. É, portanto, natural que um ministro procure por maneiras e meios pelos quais
ele possa asseguar fundos necessários para a obra que ele se sente chamado para fazer.
Mas é aí que se esconde muitas armadilhas nas quais o descuidado pode tropeçar. A
linha divisória entre o permissível e o questionável é muito tênue. Alguns homens
levantaram centenas e milhares de dólares para missões, e o seu trabalho deve ser
altamente louvado. Outros levantaram comparativamente quantias insignificantes, e a
maneira através da qual isso foi feito (*or the way they used it, p133) ou a forma que a
quantia foi usada, (*has called forth strong condemnatio) tem merecido forte condenação.
Se o povo recebe a informação de que o dinheiro será usado para um determinado
propósito, e é gasto em grande parte com outras coisas, tais como propaganda
(*promotion), então ele está sendo levantado por meios fraudulentos. Esta é uma verdade
dolorosa. Certamente existem custos para se levantar dinheiro para missões. Qualquer
pessoa que disser o contrário não estará falando a verdade. Mas se a maior parte dos fundos
assim levantados são usados para despesas gerais, então alguma coisa está errada....
A maneira que se tira as ofertas em uma campanha é extremamente importante. Se em
todo culto ou em um número considerável de cultos há longos apelos para grandes ofertas,
o efeito nas pessoas da comunidade será provavelmente desfavorável. Os ministros
encarregados desta tarefa brevemente serão considerados como contratados principalmente
para pedir dinheiro.
Lindsay também comentou sobre o uso de "truques" que ele vira ao longo dos anos, que
eram usados por vários grupos religiosos como um meio de levantar fundos. Ele declarou o
seguinte:
Os truques, que incluem o uso de relíquias, ossos, água benta ou abençoada,
indulgências, etc., causaram malefícios para a igreja medieval. Eles eram muito usados
nesse tempo como artifícios para levantar dinheiro, e apelavam para a ignorância e
supertição do povo. Hoje, certos pregadores estão recorrendo a truques para induzirem o
povo a dar parte do seu dinheiro....
O que nos referimos como sendo truques é o uso de artigos que nos dão a entender que
possuem algum poder misterioso ou suposta virtude contida neles - uma espécie de amuleto
ou fetiche - cujo uso não tem nenhum fundamento bíblico algum....
Quais são alguns destes truques? O número é aparentemente sem fim, pois ouviremos
com freqüência o aparecimento de outros novos. A lista, parcial, inclui tais coisas como: "a
carteira ungida", que faz com que o dinheiro se multiplique de forma "sobrenatural"; o
"dom" da prosperidade; "figuras mágicas" nas quais a imagem reaparece depois de a pessoa
ter fechado os seus olhos...; um "tapete de oração" especial; "óleo santo" ou "água benta"
ou "água ungida" os quais supostamente carregam uma virtude especial; roupas que
mudam de cor "sobrenaturalmente"; "pregos ungidos"; "fotos ungidas"; "pó de serragem
ungido", sobre o qual supostamente um anjo andou; um barril de água no qual um anjo
desce e o "agita"; "demônios engarrafados", etc. Estes são apenas alguns de uma longa lista
de truques, que têm sido apresentados ao público.
A Reforma realmente teve seu início quando Martinho Lutero se convenceu de que
todos os truques que a igreja usava - as relíquias, os ossos dos santos, pedaços da "própria
cruz de Cristo", etc. - eram realmente falsos e não tinham virtude alguma. Que Deus ajude
o ministro a permanecer na simplicidade e pureza do evangelho, e a não tentar conduzir o
povo erroneamente com tais coisas.
Lindsay também foi citado pelo respeitado autor, David Edwin Harrell, Jr., em seu
estudo do movimento pentecostal, Todas as Coisas São Possíveis. Registrando a
preocupação de líderes responsáveis do reavivamento de cura sobre a "ênfase inapropriada
dada ao dinheiro", o livro contém a advertência de Lindsay contra o espírito da cobiça.
Mas este reavivamento pode ser grandemente retardado se houver um contínuo
(*auctioneering) leilão por dinheiro nas campanhas. Existem alguns que estão tão cegos a
ponto de terem destruído sua utilidade para o Reino de Deus porque lidaram com as
finanças de forma ofensiva.
Harrel também citou Donald Gee, que, como vimos anteriormente, foi um influente
editor cristão inglês que chegou a acreditar que o movimento de cura acobertara fraudes e
promovera exploração. Ele declarou: "Tem que ser dito que em alguns casos lamentáveis o
comercialismo arruinou (rebaixou) o testemunho".
Em seu próprio livro Um Caminho de Escape, Gee disse: "A boa e fiel pregação do
evangelho pleno fora enfraquecida por apelos antibíblicos por dinheiro, para o tropeço de
muitos".
As advertências destes e de outros líderes cristãos precisam ser ouvidas e consideradas
novamente por todo ministro honesto e organização cristã de hoje em dia. Infelizmente, os
mesmos tipos de abusos e práticas errôneas envolvendo dinheiro que tem empestado a
igreja desde os dias dos apóstolos ainda estão florescendo hoje em dia.
Nenhum ministro está imune a tentações com respeito ao dinheiro. O diabo com certeza
estará por perto quando surgirem oportunidades de comprometer os padrões bíblicos e os
nossos princípios de integridade financeira. Seria fácil racionalizar e dar desculpas para a
busca inapropriada de suporte financeiro quando estivéssemos debaixo de pressão
financeira ou quando uma multidão admirada poderia facilmente ser influenciada a dar uma
significativa "oferta de amor" a um indivíduo.
Os perigos espirituais ao se ceder a este tipo de tentação são terríveis. A Bíblia faz uma
severa advertência que pode se aplicar em tais situações: "Aquele, pois, que pensa estar em
pé veja que não caia" (1 Coríntios 10.12).
Existem inúmeros ensinos e práticas na igreja hoje, particularmente entre os grupos
pentecostais, que podem levar a mal-entendidos e a problemas prejudiciais. Muitas vezes,
estes erros são o resultado de pessoas usarem um versículo da Bíblia, ou parte de um
versículo, fora do contexto ou por levar uma aplicação bíblica longe demais. Algumas vezes
tem havido uma tentativa quase descontrolada de criar uma aplicação do Novo Testamento
a partir de alguma frase do Antigo Testamento ou (*technicality) tecnicismo que
absolutamente não faz sentido. Levados ao extremo, estes ensinamentos podem tornar-se
abusos e práticas inapropriadas.
Vamos examinar vários exemplos específicos que estão sendo ensinados em vários
lugares por todo este país e em algumas outras nações também. Enquanto pode não haver
qualquer intenção maliciosa por parte daqueles que tem promovido estes ensinos, eu creio
que estes ensinamentos têm o potencial de prejudicar e vitimar pessoas inocentes.
A Prosperidade é um Sinal de Espiritualidade?
Há um ensinamento que supõe que a prosperidade financeira é um sinal certo de
espiritualidade. Este ensino sugere que por toda a Bíblia, Deus recompensou a fé e a
santidade com bênçãos materiais. A implicação é que se uma pessoa não estiver
experimentando abundância financeira, deve haver um déficit espiritual em sua vida -
provavelmente causado por não ter dado o suficiente.
Por exemplo, o pregador pode citar Mateus 6.33 e dizer, "Se você não está tendo todas
estas coisas acrescentadas em sua vida, você não deve estar buscando o Reino de Deus em
primeiro lugar". Este é o mesmo tipo de abuso que dizer a uma pessoa que não recebeu cura
para uma doença ou enfermidade que evidentemente ela simplesmente não tem fé
suficiente.
A verdade é que ter uma (*windfall) vantagem financeira inesperada não é um indicador
certo e absoluto das bênçãos de Deus. Poderia também ser um indicador de que a pessoa
roubou um banco ou "teve sorte" jogando em Las Vegas! Se a riqueza por si só fosse um
sinal de espiritualidade, então os traficantes de drogas e chefes do crime seriam gigantes
espirituais. A Bíblia diz que aqueles que supõe que a piedade é fonte de lucro são "homens
cujas mentes são pervertidas", cheios de contendas e privados da verdade (veja 1 Timóteo
6.5 ARC).
Enquanto várias passagens realmente ligam a prosperidade material com as bênçãos de
Deus, outros numerosos versículos fazem uma precisa distinção e diferenciação entre
riqueza material e bênçãos espirituais.
Provérbios 10.22 diz: "A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz
desgosto". Mas o Apóstolo Tiago escreve: "O irmão, porém, de condição humilde glorie-se
na sua dignidade, e o rico, na sua insignificância, porque ele passará com a flor da erva...
Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para
serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?" (Tiago 1.9,10;
2.5).
Na primeira carta de Paulo a Timóteo, ele lhe dá alguns conselhos.
1 Timóteo 6.6-9, 17
6 De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.
7 Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar
dele.
8 Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.
9 Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição....
17 Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem
depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo
nos proporciona ricamente para nosso aprazimento.
Vários versículos no livro de Provérbios indicam que existem alguns tipos de bênçãos
que são mais benéficas e desejáveis que bênçãos materiais, se e quando tal escolha for
necessária.
Provérbios 15.16
16 - Melhor é o pouco, havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro onde
há inquietação.
Provérbios 16.8
8 - Melhor é o pouco, havendo justiça, do que grandes rendimentos com
injustiça.
Provérbios 28.6
6 - Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso, nos seus
caminhos, ainda que seja rico.
Em resumo, a riqueza material pode estar conectada às bênçãos de Deus ou pode estar
totalmente desconectada das bênçãos de Deus. Certamente, a prosperidade financeira não é
a medida da espiritualidade de uma pessoa.
Dando Para Ter
Um ensino popular nos anos recentes tem sido que o dar deve estar mecanicamente
ligado ao receber. Se você precisa de alguma coisa, dê alguma coisa. Plante um carro para
colher um carro. Semeie um terno para receber um terno.
Este é um outro exemplo do uso de uma verdade básica sendo levada ao extremo. Como
qualquer outra verdade bíblica, há uma vala de erro nos dois lados da estrada.
Existem pessoas que parecem não entender que Deus quer abençoá-las. Elas não têm
compreensão alguma da aplicação prática da lei do (*semeadura?) plantio e colheita em
suas vidas pessoais. Como resultado, dar, para elas, é estritamente uma questão de dever.
Elas podem até dar, mas não tem fé ou qualquer tipo de expectativa quanto a receber
alguma coisa de Deus. Isto é triste porque tais pessoas indubitavelmente perdem algumas
das bênçãos que Deus tem para elas.
Por outro lado, existem aqueles que são insaciáveis e que estão tentando usar suas
doações para manipular a Deus. Eles tentam fazer da salva uma espécie de máquina de
venda celestial - ponha sua oferta, puxe a alavanca, e receba sua bênção de volta! Com
certeza esta é a motivação errada para dar.
Algumas pessoas vão tão longe neste tipo de pensamento que acabam fazendo besteira,
dando seus carros na esperança de conseguir um outro, presumivelmente um carro melhor.
Estas pessoas algumas vezes terminam ficando a pé por um longo período de tempo!
Eu estou inteiramente certo de que poderia haver uma ocasião em que Deus tratasse
com um indivíduo para dar o seu carro a alguma pessoa ou ministério. Se essa pessoa então
desse seu carro pela obediência e amor, como se fosse ao Senhor, eu creio que Deus a
abençoaria de volta, talvez com um outro veículo. Mas a direção específica e pessoal de
Deus para um indivíduo não se torna uma doutrina (*across-the-board) a ser divulgada para
toda a igreja. Não existe fórmula espiritual para se semear um Ford e colher um Mercedes.
Muitos pregadores têm usado a história da viúva de Sarepta como um exemplo de
alguém dando da sua necessidade e sendo feita próspera em retorno. De acordo com 1 Reis
17, houve fome na terra, e esta pobre viúva já estava com o seu último punhado de farinha e
poucas gotas de óleo. Ela estava para preparar uma última refeição para si mesma e seu
filho e então morrer de fome.
Elias, o profeta, pediu que ela preparasse um bocado de pão para ele primeiro e então
cozinhasse para ela mesma e seu filho. Ele a disse que o Senhor dissera: "A farinha da tua
panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia em que o Senhor fizer
chover sobre a terra" (veja 1 Reis 17.14). Quando ela obedeceu dando o pão para Elias, os
seus suprimentos foram milagrosamente multiplicados; ela recebeu pão.
Jesus fez referência especificamente a este episódio bem no começo do seu ministério
terreno. Ele disse: "Asseguro-lhes que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias,
quando o céu foi fechado por três anos e meio, e houve uma grande fome em toda a terra.
Contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, senão a uma viúva de Sarepta, na região
de Sidom. Também havia muitos leprosos em Israel no tempo de Eliseu, o profeta; todavia,
nenhum deles foi purificado; somente Naamã, o sírio" (Lucas 4.25-27 NVI).
A Bíblia ensina claramente que Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10.34). Seu
amor e bênçãos estão disponíveis para todos. Mas não há uma lei espiritual absoluta que
diga que todo indivíduo experimentará o amor e as bênçãos de Deus exatamente da mesma
forma.
Eu creio que a cura é para todos. Mas Jesus declarou que nem todas as pessoas serão
curadas da forma que foi Naamã, o leproso. Creio que a prosperidade é para todos, mas
Jesus disse que nem todas as pessoas irão prosperar da forma que a viúva de Sarepta
prosperou. Deus não mandou toda pessoa doente mergulhar sete vezes no Rio Jordão, e ele
não mandou toda pessoa necessitada dar sua última porção de comida para Elias. Não
existem regras de (*one-size-fits-all) uma só medida que sirvam para todas as situações de
cura e prosperidade.
Se o Senhor falar com você de forma clara e incisiva para dar seu casaco para alguém,
então faça-o. Mas dê-lo por amor e obediência a Deus. Nesse caso, eu creio que Deus
recompensará você e não te deixará com calafrios em sua camisa de mangas curtas. Mas
tenha certeza de suas motivações ao dar o seu casaco. Não faça isso somente porque você
ouviu o testemunho de alguma outra pessoa que deu o casaco e foi abençoada com uma
jaqueta nova de couro. Não diga, "eu quero uma jaqueta de couro também, então, eu darei o
meu casaco".
Nossas motivações são crucialmente importantes. Nós precisamos estar querendo dar
em obediência a Deus mesmo se nunca recebermos qualquer coisa de volta. Devemos
guardar os nossos corações corretamente e guardá-los contra a cobiça. Ao mesmo tempo,
precisamos compreender que Deus realmente deseja que tenhamos fé, esperando que ele
supra as nossas necessidades.
Nomeando Sua Semente
Alguns ministros têm dado uma grande ênfase à prática de "dar nome a sua semente".
Eles têm dito ao povo, "Quando você for dar a oferta, dê um nome a ela. Se um fazendeiro
quer colher milho, ele planta milho. Então nomeie a sua oferta como semente daquilo que
você quer receber".
Não não diria que "nomear sua semente" seja necessariamente bíblico. Eu não posso
encontrar um só versículo que sustente especificamente esta prática. Talvez para alguns seja
uma forma de ser específico com respeito ao que eles estão crendo em Deus para receber. É
bom ser específico com nossa fé, mas eu também creio que é importante não tentar
restringir os benefícios de uma oferta em particular a uma resultado específico.
Não estou dizendo que semear seja errado; eu estou apenas falando sobre a prática de
dar nome a sua semente. A Bíblia deixa claro que Deus tem a intenção de que possamos
semear e colher, e isto inclui semear e colher na área financeira.
A Bíblia ensina que Deus abençoará seus filhos quando eles andarem de acordo com
sua Palavra (Deuteronômio 28). Eu creio que a maneira primaria pela qual Deus abençoará
você será através da lei da semeadura e colheita. Em outras palavras, quando você é fiel em
simplesmente dar o seu dízimo e as ofertas, Deus é fiel para "...abrir as janelas do céu e
derramar sobre vós bênção sem medida" (Malaquias 3.10).
Como eu disse em um capítulo anterior, o dízimo é dez porcento da nossa renda. As
ofertas são qualquer quantia que você propor em seu coração de dar, ou o que o Espírito
Santo lhe guiar a dar, além do dízimo. Dízimos e ofertas são o modelo primário do dar e
receber que Deus ordenou para a prosperidade dos seus filhos.
Eu, pessoalmente, não "dou nome a minha semente", dizendo que estou dando minha
oferta para que possa colher tal e tal coisa. Eu simplesmente creio que Deus suprirá todas as
minhas necessidades. Creio que o Senhor é o meu Pastor e que nada me faltará. Então eu
dou porque eu amo o Senhor.
Já que "nomear a sua semente" não é uma prática baseada na Bíblia, eu gostaria de
incentivar os pregadores a serem cuidadosos para não usarem isto como um truque para
persuadir o povo a dar.
Um ministro amigo meu disse uma vez: "Focalizar o que nós recebemos, como um
resultado daquilo que damos, corrompe a própria atitude de nossa natureza doadora. Em vez
disso, nosso foco precisa estar em dar como uma expressão do nosso amor ao nosso Senhor
e Salvador e ao fato de que isto o agrada".
Por vários anos, eu realizei Cruzadas da Fé Completa em igrejas e auditórios pelo país.
(*I have made ir a practice) Tenho tido o hábito de apresentar o trabalho do Centro de
Treinamento Bíblico RHEMA em algum momento durante a cruzada e também tenho usado
os rendimentos ou ofertas destes eventos para a Escola. Este recurso tem ajudado a manter
abertas as portas da Escola, já que as mensalidades recebidas dos alunos pagam
aproximadamente apenas um terço dos custos operacionais existentes.
Mas levantar fundos para o RHEMA não é o meu único propósito ao realizar estas
cruzadas - nem sequer é minha prioridade número um. Embora seja uma causa digna que
mereça suporte, eu não invisto meu tempo e esforço apenas para conseguir uma oferta para
a Escola.
Eu tenho uma lista de propósitos, em ordem de prioridade:
1. Fazer com que as pessoas nasçam de novo
2. Fazer com que as pessoas sejam cheias do Espírito Santo
3. Fazer com que as pessoas sejam curadas
4. Ajudar a estabelecer os crentes na fé
5. Apresentar o Centro de Treinamento Bíblico RHEMA para suporte financeiro.
Eu creio que todo crente deveria ter uma lista semelhante de prioridades em razões para
dar; tal lista deveria ser mais ou menos assim:
1. Porque eu amo a Deu
2. Porque eu quero obedecer a Deus
3. Porque eu quero dar suporte a Grande Comissão e a igreja
4. Porque eu quero ver pessoas abençoadas
5. Porque estou semeando para suprir minhas próprias necessidades
Cem Vezes Mais
A idéia de que Deus recompensará nossas ofertas pagando de volta cem vezes mais
daquilo que damos para sua obra se tornou um conceito muito popular. É quase trivial ouvir
ministros se referirem a isso no momento das ofertas, incentivando as pessoas a "darem
generosamente e crerem em Deus para uma bênção de cem vezes mais".
A base para este conceito é uma passagem das Escrituras incluída nos evangelhos de
Mateus, Marcos e Lucas.
Marcos 10.28-30 (NVI)
28 Então Pedro começou a dizer-lhe: "Nós deixamos tudo para seguir-te".
29 Respondeu Jesus: “Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho”,
30 deixará de receber CEM VEZES MAIS já no tempo presente casas, irmãos,
irmãs, mães, filhos e campos, e com eles perseguição; e, na era futura, a vida
eterna".
Observe que não há nada dito nesta passagem sobre dízimos e ofertas. O contexto se
refere a pessoas que fizeram um compromisso absoluto de seguir o chamado de Deus sobre
suas vidas, deixando suas antigas possessões, famílias, e estilos de vida para trás (veja
também Mateus 19.27-29 e Lucas 18.28-30).
Jesus respondeu a Pedro dizendo: "Todo homem que sacrifica tudo o que tem por causa
de mim e do evangelho, receberá cem vezes em sua vida de casas, irmãos, irmãs, mães,
filhos e campos, e com eles perseguição" (Marcos 10.29,30).
O que Jesus queria dizer? Estaria ele prometendo literalmente a cada discípulo uma
centena de imóveis reais para cada um que eles tinham abandonado, e uma centena de
irmãos ou irmãs para cada irmão ou irmã deixados em casa, e uma centena de pais e mães
ou esposas e filhos? Ao estudarmos as vidas dos discípulos, não encontramos registro
algum de que qualquer deles tenha jamais adquirido tais possessões - a não ser pelo fato das
perseguições.
As palavras de Jesus não se cumpriram? Ele estava exagerando? Eu não acho. Não há
registro de qualquer discípulo queixando-se das promessas que o Senhor tenha quebrado.
Em vez disso, eles testemunhavam que suas palavras eram verdadeiras!
O que Jesus queria dizer quando ele disse que eles receberiam cem vezes mais de casas
e família? Homens mais sábios do que eu, que tem gasto sua vida inteira estudando as
Escrituras e a vida e os momentos de Jesus têm dado sua interpretação. A estes evangelistas
itinerantes que se tornariam missionários para o mundo, viajando sozinhos com pouco mais
que roupas sobre suas costas, ele prometeu que casas em terras estranhas abririam suas
portas para eles - uma centena, se fosse preciso. Ele prometeu que, à medida que pregassem
o Evangelho do Reino e ganhassem almas para Cristo, eles desfrutariam de comunhão com
incontáveis irmãos, irmãs, mães, e pais - uma família da fé, multiplicada.
O retorno de cem vezes mais está disponível para nós hoje? Sim, claro, está disponível
para todos que tem deixado todas as coisas para comprometerem tudo o que tem para a
causa de Cristo e do Evangelho!
O retorno de cem vezes mais significa que, quando damos uma oferta, devemos pegar
uma calculadora e verificar o retorno monetário que esperamos receber na proporção de
cem para um? Em outras palavras, se damos um dólar para a obra de Deus, temos a
promessa de que ele nos dará cem dólares de volta?
Vamos considerar um exemplo hipotético do que aconteceria se isto realmente
acontecesse com um indivíduo por apenas sete vezes em toda sua vida. Já que o propósito
da prosperidade é prover recursos aos crentes para realizarem a obra de Deus, digamos que
uma vez que este indivíduo começou a dar um dólar e recebeu seu retorno multiplicado, ele
"reinvestiu" toda a quantia de volta no Reino de Deus dando mais uma vez.
Aqui está como esse cenário ficaria com o retorno de cem vezes mais funcionando
meramente sete vezes:
U$ 1 x o retorno de cem vezes mais = U$ 100
U$ 100 x o retorno de cem vezes mais = U$ 10.000
U$ 10.000 x o retorno de cem vezes mais = 1.000.000
(Nota: Se o retorno de cem vezes mais funcionasse apenas três vezes a partir da orferta
inicial de um dólar, o doador seria um milionário!)
U$ 1.000.000 x o retorno de cem vezes mais = U$ 100.000.000 (Isto é cem milhões de
dólares!)
U$ 100.000.000 x o retorno de cem vezes mais = U$ 10.000.000.000 (dez bilhões de
dólares)
U$10.000.000.000 x o retorno de cem vezes mais = U$ 1.000.000.000.000 (um trilhão
de dólares)
U$ 1.000.000.000.000 x o retorno de cem vezes mais = U$ 100.000.000.000.000 (cem
trilhões de dólares!)
No momento em que estou escrevendo isto, o homem com a maior riqueza no mundo é
considerado como sendo Bill Gates da Microsoft; seu (*net worth) lucro líquido é estimado
em U$ 85 bilhões. Então uma pessoa para quem o retorno de cem vezes mais funcionasse
como descrito acima teria 1.176 vezes mais dinheiro do que Bill Gates!
Talvez você conheça um cristão que tenha sido muito generoso em suas ofertas e que
tenha uma fé forte na habilidade e no desejo de Deus em dar prosperidade aos seus filhos.
Vamos dizer que ao longo dos anos esta pessoa acumule um lucro líquido de dez milhões de
dólares. A maioria das pessoas iria concordar em dizer que este indivíduo certamente é rico
- e que a prosperidade financeira é uma realidade para ele.
Contudo, estes dez milhões de dólares deste próspero cristão é uma fração microscópica
do que poderia acontecer no retorno de cem vezes mais com uma oferta inicial de um dólar
reinvestida sete vezes como descrito acima. De fato, esses dez milhões de dólares teriam
que ser multiplicados dez milhões de vezes para se igualar aos cem trilhões de dólares
hipoteticamente recebidos pelo indivíduo que tivera o seu único dólar de volta no valor de
cem vezes mais por apenas sete vezes.
Considere também que quase qualquer cristão que é fiel nos dízimos e nas ofertas não
teria começado com um único dólar, mas com centenas de dólares! Se o retorno de cem
vezes mais funcionasse literalmente e matematicamente para todos que dessem dinheiro no
ofertório, nós teríamos crentes andando por aí não com bilhões ou trilhões de dólares, mas
com quatrilhões de dólares!
Interprete a Palavra de Deus Corretamente
Por favor entenda que eu não estou tentando ser cínico, nem estou tentando tirar a fé de
alguém com respeito a Deus suprir suas necessidades. Mas eu creio que é importante que
sejamos realistas e saudáveis no que ensinamos. Devemos "manejar bem" a Palavra de
Deus e buscar cuidadosamente a verdade ao interpretarmos as Escrituras.
Superenfatizar ou acrescentar ao que a Bíblia realmente ensina, invariavelmente causa
mais prejuízo do que bem. Ao longo dos anos, tenho visto crentes (*leap) caírem em
conclusões falsas e totalmente ilusórias no que diz respeito a ensinamentos tais como o
retorno de cem vezes mais. Alguns pensando que tinham a promessa de um retorno
financeiro notável, extraordinário e fenomenal, acabaram desapontados e desiludidos
quando o resultado não se manifestou como eles tinham previsto.
Voltando a pergunta inicial - o crente deve esperar o retorno monetário na proporção de
cem para um quando ele paga seus dízimos e dá uma oferta? Absolutamente não!
Então por que alguns pregadores ensinam isso? Bem, ministros são apenas seres
humanos, assim como todo mundo. Algumas vezes cometemos erros. (*every now an then)
De vez em quando , surge uma idéia ou conceito que parece ser realmente interessante; as
pessoas ficam realmente tomadas por ele e ansiosas em responder positivamente. É fácil
simplesmente entrar na onda e seguir a multidão sem tirar um tempo para pesquisar nas
Escrituras e examinar a idéia detalhadamente.
Há vários anos atrás, eu cometi este erro com o conceito do retorno de cem vezes mais.
Eu peguei o que os outros estavam dizendo e comecei a dizer também. Quando eu tirava
uma oferta, eu orava para que Deus abençoasse as ofertas do povo enviando a eles um
retorno de cem vezes mais. Soavam muito bem. E o povo parecia empolgado e
entusiasmado com isto. Mas todas as vezes que eu dizia isso, eu me sentia vagamente
desconfortável. Alguma coisa realmente não estava certa, mas eu não conseguia apontar o
que era (*I couldn't put my finger on it).